Humanidades

Criana§as pequenas tem intuições de a³timos professores, descobriram os pesquisadores
Mesmo em tenra idade, as criana§as sabem que decidir o que ensinar étão importante quanto saber como ensinar. Essa capacidade de instruir um ao outro poderia explicar por que os seres humanos são tão adapta¡veis.
Por Flora Schwartz - 15/10/2019

Crédito da imagem: Getty Images
Desde tenra idade, as criana§as podem tomar decisaµes sobre que tipo de informação ensinar. 

Humanos são aprendizes incra­veis, em parte porque também são professores talentosos. Mesmo em tenra idade, as pessoas são ha¡beis em instruir os outros. Mas, embora tenha havido muita pesquisa sobre como as pessoas ensinam, houve muito menos pesquisas sobre como elas decidem o que ensinar em primeiro lugar - uma parte cra­tica do quebra-cabea§a educacional.

Agora, uma nova pesquisa dos cientistas de Stanford revela que atéas criana§as pequenas consideram o que seus alunos achara£o mais aºteis ou gratificantes ao decidir o que ensinar. Uma equipe liderada por Hyowon Gweon , professor assistente de psicologia, mostrou que criana§as de 5 a 7 anos decidem ensinar coisas que não são sera£o gratificantes, mas também desafiadoras para os alunos aprenderem por conta própria, maximizando o que o aluno obtanãm. da interação.

“As pessoas precisam ser exigentes com o que ensinam, porque éimpossí­vel ensinar tudo; nossos resultados sugerem que atécriana§as pequenas são capazes de raciocinar sobre a recompensa esperada e o custo do aprendizado da perspectiva do aluno para determinar o que émelhor ensinar ”, disse Gweon. O estudo, publicado em 14 de outubro na Nature Human Behavior, mostra que atécriana§as pequenas sabem o que éútil para o aluno.

Para descobrir como as criana§as pensam sobre o que ensinar, os pesquisadores pediram que as criana§as explorassem dois brinquedos por conta própria antes de decidir qual brinquedo ensinar outra pessoa a usar. Os brinquedos diferiam em quanto interessantes eram para brincar, em quanto eram difa­ceis de aprender, ou em ambos.

Antes do experimento, a equipe de Gweon havia descoberto que brinquedos constitua­dos por uma esfera que emitia cores diferentes eram geralmente mais interessantes para as criana§as do que brinquedos que tocavam música. Eles também sabiam que os brinquedos se tornavam mais difa­ceis de aprender, dependendo do número de botaµes e da combinação envolvida em fazer o brinquedo funcionar. Usando essas informações, a equipe desenvolveu um modelo computacional que prediz o que as criana§as poderiam escolher se entendessem como maximizar o benefa­cio do aluno.

Depois de as criana§as explorarem o par de brinquedos, o pesquisador disse a s criana§as que um amigo precisaria de ajuda para aprender a brincar com os brinquedos mais tarde. O pesquisador perguntou a s criana§as qual brinquedo eles queriam ensinar alguém a usar. Em seis condições diferentes, os pesquisadores descobriram que as decisaµes das criana§as sobre qual brinquedo ensinar minimizavam a dificuldade de aprender e maximizavam a diversão do brinquedo, consistente com o modelo computacional.

"As criana§as priorizaram ensinar tanto o brinquedo mais duro quanto o mais legal", disse a aluna de doutorado Sophie Bridgers, principal autora do estudo. "Isso mostra que as criana§as não apenas pensam no que édivertido para os outros aprenderem, mas também no que édesafiador." Julian Jara-Ettinger, professor assistente de psicologia da Universidade de Yale, também foi coautor do estudo.


Dois dos participantes mais velhos realmente escolheram o oposto do que os pesquisadores descobriram de maneira mais geral; eles queriam que o aluno explore o brinquedo mais difa­cil, em vez de ensina¡-lo a usa¡-lo. Quando os pesquisadores perguntaram por que tomaram essa decisão, as criana§as disseram que queriam dar ao aluno a chance de descobrir um problema desafiador. Em outras palavras, eles sabiam que descobrir algo caro poderia ser gratificante ", que éuma intuição que os grandes professores tem, mas exatamente quando percebemos o custo do aprendizado como negativo ou positivo éalgo que ainda não podemos explicar completamente", disse Gweon. .

O desenvolvimento de tais intuições desde o ini­cio pode explicar por que os humanos sempre foram aprendizes incra­veis, capazes de se adaptar ao seu ambiente. "O conteaºdo do que éútil para ensinar aos outros mudou ao longo do tempo, mas os principais fatores que determinam o que éútil são os mesmos", disse Gweon. “Se eu são posso te ensinar uma coisa, quero que seja algo útil; isto anã, algo que lhe traz recompensa e evita problemas”.

 

.
.

Leia mais a seguir