Humanidades

O desejo de informação: ignora¢ncia feliz ou verdade dolorosa?
As pessoas responderam aos cenários hipotanãticos previram decisaµes reais e conseqa¼entes com as quais foram apresentadas para receber ou evitar a obtena§a£o de informaa§aµes.
Por Universidade Carnegie Mellon - 30/03/2020

Vivemos um tempo de acesso sem precedentes a  informação. E nesta era de abrigo nopaís e no mundo, o desejo de nota­cias pode ser maior do que nunca - pelo menos para algumas pessoas. Mas nosrealmente queremos toda essa informação, o tempo todo? Alguns podem de fato preferir ter pensamentos mais felizes e manter uma visão (excessivamente) otimista sobre a ameaça a  saúde que enfrentamos. Por outro lado, outros podem preferir não saber o que as oscilações do mercado estãofazendo com suas economias de aposentadoria.

Crédito: CC0 Public Domain

Trabalhos recentes descobriram que as pessoas a s vezes preferem menos informações , mesmo quando isso significa que elas podem não ser capazes de tomar decisaµes totalmente informadas. No entanto, pouco se sabe sobre a prevalaªncia de tal prevenção. Quem são as pessoas que escolhem a feliz ignora¢ncia em vez de encarar a realidade?

Embora o trabalho anterior tenha analisado decisaµes isoladas, pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, Northwestern e Harvard Universities se propuseram a medir o desejo de informações em diferentes áreas da vida. Algumas pessoas geralmente são avessas a aprender informações que podem ser dolorosas ou a maioria das pessoas tem algumas áreas de suas vidas nas quais gostariam de encarar a verdade e outras em que preferiam permanecer desinformadas? Para abordar questões como essas e medir as preferaªncias individuais para obter ou evitar informações, eles criaram 11 cenários envolvendo três doma­nios - saúde pessoal, finana§as e percepção de outras pessoas sobre si mesmo - nos quais havia informações que poderiam ajudar o entrevistado a tomar melhores decisaµes mas pode ser doloroso de aprender. Para cada cena¡rio, mais de 2,

"Os economistas hámuito pensam 'quanto mais, melhor' quando se trata de informação", disse George Loewenstein, professor de Economia e Psicologia da Universidade Herbert A. Simon da Carnegie Mellon. "Esse pensamento não reflete totalmente o relacionamento complexo das pessoas com as informações. Quera­amos criar uma maneira de medir a tendaªncia de um indiva­duo de buscar ou se esquivar das informações".

Em um cena¡rio, por exemplo, os participantes tiveram a opção de aprender, como parte de um exame médico de rotina, atéque ponto seu corpo havia sofrido danos duradouros do estresse: um tera§o dos entrevistados preferia não aprender essas informações. E se eles tivessem presenteado seu livro favorito a um amigo pra³ximo, 1 em cada 4 participantes preferiria não saber se o amigo havia lido e apreciado o livro.

"Este trabalho éum primeiro passo para entender a abrangaªncia e os recursos da prevenção de informações em muitos contextos da vida real", disse Emily Ho, autora principal do artigo e professora assistente de pesquisa do Departamento de Medicina Social da Northwestern University School of Medicine. Ciências.

O estudo mostrou que o desejo de evitar informações éamplo e que a maioria das pessoas tinha pelo menos alguns doma­nios, seja saúde, finana§as ou percepção de outras pessoas, nas quais preferiam permanecer desinformadas. O estudo também mostrou que o desejo de informação era consistente ao longo do tempo; aqueles que expressaram uma preferaªncia por evitar informações em determinado momento expressaram preferaªncias semelhantes quando perguntados novamente semanas depois. Além disso, como as pessoas responderam aos cenários hipotanãticos previram decisaµes reais e conseqa¼entes com as quais foram apresentadas para receber ou evitar a obtenção de informações.

Embora a informação possa parecer dolorosa no momento, esse conhecimento geralmente leva a melhores decisaµes no futuro. Os pesquisadores descobriram que as pessoas que são mais impacientes também tem mais probabilidade de evitar o aprendizado de informações, preferindo evitar a perspectiva de dor imediata em vez de tomar melhores decisaµes a longo prazo. As informações também são incertas, pois podem ser boas ou ma¡s , e os entrevistados que estavam mais dispostos a correr riscos com participações moneta¡rias também tinham maior probabilidade de querer aprender informações, arriscando ma¡s nota­cias pela possibilidade de boas nota­cias.

Alguns dados demogra¡ficos evitavam mais as informações do que outros? "a‰ tentador pensar que as pessoas do lado oposto do seu espectro pola­tico são as que se envolvem na prevenção de informações", disse David Hagmann, membro da Harvard Kennedy School e graduado em Carnegie Mellon. "Mas não encontramos diferenças na prevenção da informação por ideologia pola­tica, renda, gaªnero ou - talvez surpreendentemente - educação. Negociar a dor potencial de receber ma¡s nota­cias contra os benefa­cios incertos e atrasados ​​de tomar decisaµes mais informadas éalgo que todos parecem fazer . "

Ser capaz de medir as preferaªncias das pessoas em obter e evitar informações tem implicações abrangentes em muitas áreas da vida pública, desde a tomada de decisaµes financeiras atéintervenções em saúde. "Se hápessoas que simplesmente não respondem a campanhas informativas e vocêpode avaliar quem elas são, vocêpode criar uma intervenção diferente apenas para elas", disse Ho. "Isso pode ser para reduzir um comportamento indesejado, como fumar, ou incentivar um comportamento positivo, como obter uma vacina ou fazer exerca­cios regularmente. Assim como a medicina personalizada tem a promessa de revolucionar o tratamento, as intervenções informacionais podem ser adaptadas para levar em consideração conta o desejo de informações de um indiva­duo ".

O estudo, "Measuring Information Preferences", épublicado na revista Management Science.

 

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