Humanidades

As preocupações econa´micas da COVID significam que tudo o que reluz éouro agora
Com os prea§os do metal precioso perto de recordes nos mercados mundiais, o ouro superou outros investimentos e o entusiasmo dos investidores parece não ter fim.
Por Oxford - 23/08/2020


Crédito: Shutterstock O prea§o do ouro atingiu na­veis recordes a  medida que os investidores procuram uma aposta segura, temendo o custo do COVID nas economias

Com os prea§os do metal precioso perto de recordes nos mercados mundiais, o ouro superou outros investimentos e o entusiasmo dos investidores parece não ter fim. Mas, avisa o professor Bige Kahraman, da Saa¯d Business School, isso não representa uma nova era de ouro para a economia internacional - muito pelo contra¡rio.

O professor associado de finana§as do Saa¯d afirma que hámuitos motivos para se preocupar com o que o aumento do prea§o do ouro diz sobre a situação econa´mica - especialmente no Reino Unido. Ela diz: 'Houve uma queda enorme no PIB, o desemprego vai aumentar e o esquema de licena§a não ésustenta¡vel. Além disso, hámuita especulação de que a inflação éprova¡vel. '

De acordo com o professor Kahraman, o Reino Unido, com sua economia baseada em servia§os, éparticularmente vulnera¡vel na crise atual. Nãosão muitos empregos estãodiretamente relacionados com a indústria do lazer e outros setores duramente atingidos, como são indaºstrias que não se recuperara£o necessariamente com facilidade, se éque a recuperara£o. Economistas tem falado sobre recuperações em forma de V, L e atémesmo em forma de K, mas o professor Kahraman diz que a economia do Reino Unido estãoem uma situação difa­cil.

"Economistas tem falado sobre recuperações em forma de V, L e atémesmo em forma de K, mas a economia do Reino Unido estãoem uma jornada acidentada"


Se alguém suspendeu a compra de um carro, por causa da pandemia, uma concessiona¡ria ainda pode fazer essa venda antes do final do ano. Mas, se um cliente normal não sai para jantar háquatro meses, eles não va£o comer o equivalente a quatro meses de jantares para compensar isso. O professor Kahrman diz: 'Estou preocupado com a economia do Reino Unido depois dos números do segundo trimestre da semana passada. a‰ excessivamente dependente de servia§os, enquanto outros setores [como a manufatura] foram efetivamente terceirizados. '

Ela acrescenta: 'A economia dos EUA também tem um forte setor de servia§os, mas também tem tecnologia.'

Com a economia sofrendo com o impacto do bloqueio e da emergaªncia fiscal, com o custo de vários milhões de libras do esquema de licena§a ainda sendo contabilizado, o professor Kahraman estãopreocupado sobre de onde vira¡ a recuperação, já que 'as pessoas não estãogastos '.

"O professor Kahraman estãopreocupado com a origem da recuperação, já que 'as pessoas não estãogastando'. Contra esse pano de fundo, éfa¡cil ver por que o ouro estãose mostrando tão atraente"


Nesse contexto, éfa¡cil ver por que o ouro estãose mostrando tão atraente. Longe de ser uma coisa boa, um aumento nos prea§os dos metais preciosos éum indicador de que os investidores estãoem busca de uma aposta 'segura' - porque nada mais oferece retorno. O mercado de ações se recuperou para cerca de 80% de seunívelpré-COVID, mas as taxas de juros estãobaixas e hámuita incerteza na economia, globalmente e no Reino Unido. Ha¡ temores de que os esquemas de licena§a em todo o mundo possam ser inflaciona¡rios e, diz o professor Kahraman, 'Os consumidores estãoentesourando ... Isso poderia causar deflação [que étão ruim quanto a inflação].'

E a economia do Reino Unido não tem apenas que lidar com o pagamento do COVID, o Brexit estãovoltando, diz o professor Kahraman.

“COVID fez o Brexit parecer pequeno”, diz ela. 'Mas ainda éum problema e estãovoltando. Estou preocupado.'

"Quase todas as economias entraram em recessão, por causa da COVID, mas quem vai perder menos?"


O professor acrescenta: 'As políticas fiscais tem um custo. Ha¡ muita incerteza macroecona´mica no Reino Unido. No curto prazo, pode doer um pouco mais no Reino Unido. '

No futuro, diz o professor Kahraman, pode ser sensato pensar em maneiras de "diversificar" a economia. Mas, no momento, o foco seráem quaispaíses emergem como os 'melhores dos piores' em termos de situação econa´mica. Quase todas as economias entraram em recessão, por causa da COVID, mas se pergunta o Professor Kahraman, quem 'vai perder menos?'

 

.
.

Leia mais a seguir