Humanidades

Conhecimento sob ataque: o biblioteca¡rio-chefe de Bodleian se transforma em ativista cibernanãtico
Em um escrita³rio revestido de madeira com uma vista invejável dos pontos tura­sticos mais ica´nicos de Oxford, Richard Ovenden pode parecer um improva¡vel ativista cibernanãtico.
Por Sarah Whitebloom - 24/10/2020


Richard Ovenden pode parecer um ativista cibernanãtico improva¡vel. Mas o mais recente detentor do posto hista³rico de biblioteca¡rio do Bodleian, teme que "o conhecimento esteja sob ataque" do impacto do mundo online no discurso paºblico e na tomada de decisaµes

Em um escrita³rio revestido de madeira com uma vista invejável dos pontos tura­sticos mais ica´nicos de Oxford, Richard Ovenden pode parecer um improva¡vel ativista cibernanãtico. Mas o mais recente detentor do posto hista³rico de Biblioteca¡rio de Bodley (biblioteca¡rio chefe do Bodleian) teme que "o conhecimento esteja sob ataque" do impacto do mundo online no discurso paºblico e na tomada de decisaµes. E preservar esse conhecimento émuito da conta do professor Ovenden.

Em seu trabalho recente, Burning the Books: A History of Knowledge Under Attack , ele abordou as barricadas metafa³ricas sobre os desafios do discurso digital efaªmero para o trabalho de bibliotecas e arquivos. Mas suas preocupações são muito mais amplas - e ele alerta sobre o impacto da comunicação digital na sociedade de forma mais ampla. Um aspecto em particular éuma preocupação atual: quando as comunicações entre ministros de gabinete e funciona¡rios paºblicos e conselheiros especiais ocorrerem em plataformas digitais, com criptografia de ponta a ponta, onde, ele teme, sera£o os freios e contrapesos?

Como pode a história julgar, ele pergunta, quando a tomada de decisão estãoausente da publicação anual de documentos oficiais? Mas, criticamente, Richard pergunta: o que isso significara¡ para a responsabilidade, quando as figuras públicas agem com uma sensação de impunidade dada por plataformas digitais secretas? As únicas fontes disponí­veis para futuros historiadores sera£o memórias que servem para servir a si mesmas?

O que significara¡ para a responsabilização, quando as figuras públicas agem com uma sensação de impunidade dada por plataformas digitais secretas? As únicas fontes disponí­veis para futuros historiadores sera£o memórias que servem para servir a si mesmas?


Como biblioteca¡rio da Bodley, o 25 º em 420 anos da biblioteca, ele toma uma visão de longo prazo de tais coisas. A tecnologia pode ser uma ameaça muito moderna, mas Richard a vaª como a mais recente em uma longa linha de ataques ao conhecimento. Ele observa que isso incluiu a destruição da biblioteca da Universidade de Oxford na anãpoca da Reforma Protestante, o que levou a  criação do Bodleian - uma 'Arca' para salvar o conhecimento da devastação da anãpoca.

Para restaurar a responsabilidade - e para garantir que bibliotecas como a Bodleian possam cumprir seu papel hista³rico de manutenção de registros - Richard argumenta que novas medidas são urgentemente necessa¡rias para preservar as comunicações, muitas das quais estãoatualmente disponí­veis apenas para grandes empresas de tecnologia. a‰ uma tarefa gigantesca. Estamos escrevendo mais do que nunca - com e-mail e ma­dia social muitas vezes substituindo a conversa e correspondaªncia mais formal.

Richard argumenta que novas medidas são urgentemente necessa¡rias para preservar as comunicações, muitas das quais estãoatualmente disponí­veis apenas para grandes empresas de tecnologia. a‰ uma tarefa gigantesca. Estamos escrevendo mais do que nunca 


No entanto, nem tudo precisa ser guardado. As bibliotecas já mantem grandes quantidades de dados, mas muitos registros estãosendo perdidos - porque são realizados em plataformas controladas pela indústria de tecnologia comercial. Sera£o necessa¡rios recursos extras considera¡veis ​​e um esfora§o combinado de bibliotecas e arquivistas, e Richard propa´s um 'imposto de memória' sobre as empresas de tecnologia para pagar por isso. Mas, éessencial se quisermos preservar o conhecimento que agora écriado e gerenciado em plataformas digitais. Muitas delas estãodefinidas para serem perdidas para a posteridade - junto com todas aquelas fotos de familia em smartphones.

Nãosera¡ possí­vel, nem desejável, ficar com tudo, diz Richard. Mas, além da comunicação entre funciona¡rios do governo, háum propa³sito real em manter amostras de comunicação em plataformas de ma­dia social. Assim como os registros paºblicos hoje incluem uma visão fascinante sobre a vida das pessoas no passado, por causa de comenta¡rios casuais sobre as margens de documentos oficiais, a ma­dia social fornece insights sobre 21 st século de vida - verrugas e tudo.

 

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