Humanidades

A força de vontade éa chave para aprimorar o aprendizado e a memória
A chave estãonas oscilaa§aµes das ondas teta geradas pelo hipocampo do cérebro humano, quando éo cérebro que controla o processo de aprendizagem.
Por Ruhr-Universitaet-Bochum - 02/03/2021


Doma­nio paºblico

A aprendizagem ativa ou volunta¡ria éum ta³pico importante na educação, psicologia e neurociência Ao longo dos anos, inúmeros estudos tem mostrado que, quando o aprendizado ocorre por meio da ação volunta¡ria, háuma modulação da atenção, motivação e controle cognitivo que torna o processo muito mais eficaz. Conseqa¼entemente, a memória ébeneficiada. No entanto, embora os processos fisiola³gicos subjacentes a essa realidade tenham sido identificados no cérebro de camundongos, sua existaªncia em nossa espanãcie não foi comprovada.

Agora, um grupo internacional de pesquisadores liderados pelo professor de pesquisa do ICREA Paul Verschure do laboratório SPECS do Instituto de Bioengenharia da Catalunha (IBEC) e o professor Nikolai Axmacher do Departamento de Neuropsicologia da Ruhr-Universita¤t Bochum (Alemanha), em colaboração com Pompeu A Universidade Fabra e o Dr. Rodrigo Rocamora, do Hospital del Mar, identificaram pela primeira vez em humanos o mecanismo responsável por esse fena´meno.

A chave estãonas oscilações das ondas teta geradas pelo hipocampo do cérebro humano, quando éo cérebro que controla o processo de aprendizagem.

Mema³ria e liberdade individual

O trabalho - a ser publicado na prestigiosa revista cienta­fica PNAS ( Proceedings of the National Academy of Sciences dos Estados Unidos da Amanãrica) na semana que comea§a em 1º de mara§o de 2021 - ébaseado em um experimento realizado com pacientes com epilepsia. Em um jogo de realidade virtual , os participantes navegaram em uma pista quadrada e foram solicitados a relembrar imagens de objetos apresentados em diferentes locais da pista. A navegação pode ser ativa, por meio da qual os participantes controlam livremente seus movimentos; ou passiva, se foi outro sujeito que planejou o percurso e, portanto, quem decidiu a ordem de exposição a s imagens. Nesta segunda modalidade, portanto, os sujeitos não exerciam nenhum controle sobre como memorizar os objetos dispersos no ambiente virtual.

Ao estudar a atividade eletrofisiola³gica do hipocampo e testar o reconhecimento dos objetos ao final do experimento, os pesquisadores puderam verificar a importa¢ncia da aprendizagem ativa em cada um dos participantes. “Nos sujeitos que tiveram a possibilidade de realizar navegação ativa, identificou-se um aumento nas oscilações teta que tornava o aprendizado e a subsequente memória mais eficientes. Mas, além disso, o que aconteceu foi que houve dois fena´menos consecutivos, separados por milissegundos. Um deles correspondia a  codificação da informação, o outro, a  recuperação da informação previamente armazenada: a reativação da memória ”, explica o Dr. Daniel Pacheco, primeiro autor do estudo.

De fato, os sujeitos que podiam navegar livremente pelo ambiente virtual promoveram um ca³digo de fase theta que favoreceu a fixação e a recuperação da informação, como foi o caso em estudos anteriores realizados com roedores. Esses resultados, portanto, constituem uma ponte entre os resultados experimentais no modelo animal e a investigação da memória humana.

Implicações pedaga³gicas e psicológicas

As aplicações prática s desta descoberta são amplas e profundas. "Identificar esses dois momentos diferentes nas oscilações teta poderia facilitar intervenções concretas. Por exemplo, podera­amos manipular a oscilação para modificar memórias trauma¡ticas ou melhorar memórias que são perdidas devido a  amnanãsia ou doenças neurodegenerativas", continua o Dr. Pacheco. Além disso, tem grande releva¢ncia no campo educacional, pois confirma empiricamente que elementos como motivação, controle cognitivo e capacidade de decidir por si são fundamentais para uma aprendizagem eficaz.

"A importa¢ncia desta descoberta éenorme", disse Paul FMJ Verschure, professor de pesquisa do ICREA e lider do grupo SPECS no IBEC, outro dos autores do estudo. “Conseguimos chegar a esse ponto depois de mais de 20 anos de pesquisas e os resultados obtidos são claros. O fato de a força de vontade ser a chave para a integração da informação na memória nos da¡ argumentos para dizer isso, se transformarmos as pessoas em sujeitos passivos , se eles forem coagidos, seu aprendizado serápior. "

 

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