Humanidades

A evidência global de como a EdTech pode apoiar os alunos com deficiência estão'mal espalhada', constata o relatório
Um 'surpreendente' danãficit de dados sobre como o boom global em tecnologia educacional poderia ajudar alunos com deficiência empaíses de baixa e média renda foi destacado em um novo relatório.
Por Tom Kirk - 27/03/2021


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"Ha¡ uma necessidade urgente de saber qual tecnologia funciona melhor para criana§as com deficiência, onde e em resposta a quais necessidades especa­ficas"

Nidhi Singal

Apesar do otimismo generalizado de que a tecnologia educacional, ou 'EdTech', pode ajudar a nivelar o campo de jogo para jovens com deficiência, o estudo encontrou uma falta significativa de evidaªncias sobre quais inovações estãomais bem posicionadas para ajudar quais criana§as e por quaª; especificamente em contextos de baixa renda.

A revisão também descobriu que muitos professores carecem de treinamento sobre como usar novas tecnologias, ou relutam em fazaª-lo.

O estudo foi realizado em parceria com o EdTech Hub , por pesquisadores das Universidades de Cambridge, Glasgow e York. Eles realizaram uma busca detalhada por publicações relatando ensaios ou avaliações sobre como o EdTech estãosendo usado para ajudar criana§as em idade escolar com deficiência empaíses de baixa e média renda. Apesar da triagem de 20.000 documentos, eles encontraram apenas 51 artigos relevantes dos últimos 14 anos - poucos dos quais avaliaram qualquer impacto nos resultados de aprendizagem das criana§as.

Seu relatório descreve a escassez de evidaªncias como 'surpreendente', dada a importa¢ncia das tecnologias educacionais para apoiar a aprendizagem de criana§as com deficiência. De acordo com a Iniciativa de Educação Inclusiva , cerca de metade dos cerca de 65 milhões de criana§as com deficiência em idade escolar em todo o mundo estavam fora da escola mesmo antes da pandemia COVID-19, e a maioria enfrenta barreiras significativas conta­nuas para frequentar ou participar da educação.

A EdTech éamplamente considerada como tendo o potencial de reverter essa tendaªncia, e vários dispositivos foram desenvolvidos para apoiar a educação de jovens com deficiência. O pra³prio estudo identifica uma gama caleidosca³pica de dispositivos para oferecer suporte a  visão subnormal, programas de linguagem de sinais, aplicativos ma³veis que ensinam braille e leitores de tela de computador.

Tambanãm sugere, no entanto, que houve muito poucas tentativas sistema¡ticas de testar a eficácia desses dispositivos. O Dr. Paul Lynch, da Escola de Educação da Universidade de Glasgow, disse: “A evidência do potencial da EdTech para apoiar alunos com deficiência épreocupantemente taªnue. Embora geralmente oua§amos falar de inovações interessantes ocorrendo em todo o mundo, elas não estãosendo rigorosamente avaliadas ou documentadas.

O professor Nidhi Singal, da Faculdade de Educação da Universidade de Cambridge, disse: “Ha¡ uma necessidade urgente de saber qual tecnologia funciona melhor para criana§as com deficiência, onde e em resposta a quais necessidades especa­ficas. A falta de evidaªncias éum problema sanãrio se quisermos que a EdTech atinja seu potencial para melhorar o acesso das criana§as a  aprendizagem e para aumentar sua independaªncia e agaªncia a  medida que avana§am na escola.

O relatório identifica várias 'omissaµes gritantes' nas avaliações que os pesquisadores conseguiram descobrir. Cerca de metade destinava-se a dispositivos concebidos para apoiar criana§as com dificuldades de audição ou visão; quase nenhum atendeu a s necessidades de aprendizagem de criana§as com autismo, dislexia ou deficiências físicas. A maioria veio de julgamentos na asia ou na áfrica, enquanto a Amanãrica do Sul foi sub-representada.

Muitas das evidaªncias também diziam respeito a projetos da EdTech, que o Dr. Gill Francis, da Universidade de York e coautor, descreveu como "em sua infa¢ncia". A maioria se concentrava em saber se as criana§as gostavam das ferramentas ou se as consideravam fa¡ceis de usar, em vez de se realmente melhoravam a entrega do curra­culo, a participação do aluno e os resultados. Raramente se deu atenção ao fato de os dispositivos poderem ser ampliados - por exemplo, em áreas remotas e rurais onde recursos como eletricidade costumam faltar. Poucos estudos parecem ter levado em consideração as opiniaµes ou experiências dos pais ou responsa¡veis, ou dos pra³prios alunos.

Os estudos revisados ​​também sugerem que muitos professores não tem experiência com tecnologia educacional. Por exemplo, um estudo na Niganãria descobriu que os professores não tinham experiência com tecnologias assistivas para alunos com várias deficiências. Outro, realizado em 10 escolas para cegos em Delhi, descobriu que o uso de dispositivos modernos para visão subnormal era extremamente limitado, porque os professores desconheciam seus benefa­cios.

Apesar da escassez de informações em geral, o estudo revelou algumas evidaªncias claras sobre como a tecnologia - especialmente os dispositivos porta¡teis - estãotransformando as oportunidades para criana§as com deficiência. Alunos surdos e com deficiência auditiva, por exemplo, estãocada vez mais usando SMS e redes sociais para acessar informações sobre as aulas e se comunicar com os colegas; enquanto os alunos com deficiência visual tem sido capazes de usar tablets, em particular, para ampliar e ler materiais de aprendizagem.

Com base nisso, o relatório recomenda que os esforços para apoiar criana§as com deficiência empaíses de baixa e média renda devem se concentrar no fornecimento de dispositivos ma³veis e porta¡teis, e que estratanãgias devem ser postas em prática para garantir que estes sejam sustenta¡veis ​​e acessa­veis para pais e escolas - como custo foi outra preocupação que emergiu dos estudos citados.

De forma cra­tica, no entanto, o relatório afirma que uma coleta de evidaªncias mais estruturada éurgentemente necessa¡ria para garantir que a EdTech atenda ao objetivo declarado da ONU de 'garantir educação de qualidade inclusiva e equitativa e promover aprendizagem ao longo da vida para todos'. Os autores sugerem que existe uma necessidade de adotar projetos de pesquisa mais robustos, que devem abordar uma gama completa de deficiências e envolver alunos, responsa¡veis ​​e professores no processo.

“Nãoexiste uma solução única para todos quando se trabalha com criana§as com deficiência”, acrescentou Singal. “a‰ por isso que a atual falta de evidaªncias substantivas éuma preocupação. Precisa ser abordado para que professores, pais e alunos possam fazer julgamentos informados sobre quais intervenções tecnologiicas funcionam e o que pode funcionar melhor para eles. ”

 

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