Humanidades

Estudo descobriu que criana§as com autismo respondem bem a fantoches
O estudo, publicado na revista Autism Research , éo primeiro a testar evidaªncias aneda³ticas de que criana§as com ASD, como a maioria dos jovens, prestam atenção aos fantoches.
Por Mike Cummings - 22/08/2021


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Um novo estudo realizado por pesquisadores do Yale Child Study Center demonstra que os fantoches podem atrair e manter a atenção de criana§as com transtorno do espectro do autismo (ASD), aumentando o potencial para o desenvolvimento de terapias mais envolventes que fortalecem o envolvimento social e facilitam a aprendizagem.

O estudo, publicado na revista Autism Research , éo primeiro a testar evidaªncias aneda³ticas de que criana§as com ASD, como a maioria dos jovens, prestam atenção aos fantoches.

Em uma sanãrie de experimentos, os pesquisadores examinaram os padraµes de atenção visual de criana§as com ASD, ao lado de um grupo de controle de criana§as com desenvolvimento ta­pico, em resposta a um va­deo que descreve uma interação animada entre Violet, um boneco de cores vivas e uma contraparte humana.

Eles descobriram que os padraµes de atenção das criana§as com TEA eram semelhantes aos das criana§as do grupo de controle quando Violet falava, com os dois grupos de criana§as passando uma proporção semelhante de tempo observando seu rosto e exibindo uma forte preferaªncia pelo fantoche falante em vez do ouvinte pessoa.

“Criana§as com autismo são menos propensas a atender e se envolver emocionalmente com seus parceiros sociais, o que limita sua exposição a uma sanãrie de oportunidades e experiências de aprendizagem importantes. No presente estudo, descobrimos que, embora as criana§as com autismo prestassem menos atenção do que seus pares com desenvolvimento ta­pico quando um parceiro interativo era humano, sua atenção era amplamente ta­pica quando o parceiro interativo era Violet, a marionete ”, disse a co-autora do estudo Katarzyna Chawarska, a Emily Fraser Beede Professor de Psiquiatria Infantil na Escola de Medicina de Yale e diretor do Centro de Excelaªncia do National Institutes of Health Autism no Yale Child Study Center. “Nossas descobertas destacam as vantagens de atenção e afetivas dos fantoches que, felizmente, podem ser aproveitados para aumentar os esforços terapaªuticos em criana§as com TEA.”

Os pesquisadores criaram o experimento em colaboração com Cheryl Henson '84 BA, que éfilha do canãlebre titereiro Jim Henson e presidente da Fundação Jim Henson.

“ As descobertas emprestam peso acadêmico a s nossas experiências aneda³ticas e sugerem que os fantoches podem ser uma ferramenta poderosa para ajudar as criana§as com ASD a melhorar seu envolvimento social, o que émuito empolgante”.


“ Por muitos anos, observei como os fantoches podem envolver criana§as com ASD de maneiras significativas, muitas vezes estabelecendo uma conexão emocional incomum”, disse Henson, que foi um construtor de fantoches no “The Muppet Show” e trabalhou com a “Vila Sanãsamo” em década de 1990, entre outras produções. “Fiquei emocionado quando o Yale Child Study Center expressou interesse em conduzir a primeira pesquisa cla­nica explorando como os fantoches são vistos por criana§as com ASD.

“ As descobertas emprestam peso acadêmico a s nossas experiências aneda³ticas e sugerem que os fantoches podem ser uma ferramenta poderosa para ajudar as criana§as com ASD a melhorar seu envolvimento social, o que émuito empolgante”.

Para o estudo, os participantes foram sentados em uma sala escura a  prova de som em frente a um monitor de LED widescreen e, em seguida, mostraram um va­deo de 86 segundos criado por Henson e a equipe da Fundação Jim Henson em parceria com os pesquisadores. Os pesquisadores usaram um software rastreador de olhos para monitorar a atenção visual das criana§as enquanto assistiam ao va­deo de Violet em uma conversa divertida com uma mulher chamada “Z”. Violet émacio, peludo e colorido. Ela tem ma£os, cabea§a e boca em movimento e foi dublada por um titereiro profissional. Durante o va­deo, o fantoche e o humano se revezaram falando e brincando com uma bola. Eles ocasionalmente olhavam para a ca¢mera.

O estudo mostrou que criana§as com ASD prestaram menos atenção ao rosto de Z ao longo do va­deo. Ao contra¡rio das criana§as com desenvolvimento ta­pico, eles não demonstraram preferaªncia por Z enquanto ela falava com Violet. As criana§as com ASD frequentemente olhavam para o corpo de Z ou para a bola em vez de seu rosto, de acordo com o estudo.

Em contraste, Violet evocou padraµes mais ta­picos de atenção entre as criana§as com ASD, descobriu o estudo. Nãohavia evidaªncias de que a marionete perceptualmente saliente monopolizasse a atenção das criana§as, observou Chawarska. Quando Violet falou, seus padraµes visuais eram muito semelhantes aos das criana§as sem ASD e ambos os grupos mostraram uma preferaªncia pronunciada pelo fantoche falante sobre o humano ouvinte. a‰ importante ressaltar que o estudo descobriu que o benefa­cio de atenção do fantoche foi semelhante em criana§as com sintomas cada vez mais graves.

Os resultados sugerem que os fantoches podem se tornar um ponto de entrada para ensinar criana§as com ASD sobre pistas sociais salientes e incentiva¡-los a se envolver em trocas sociais. Eles podem fornecer uma ponte para os esforços terapaªuticos que visam melhorar a compreensão dos sinais sociais humanos para todas as criana§as com ASD, independentemente do seunívelde deficiência, disse Chawarska. Mais pesquisas devem examinar diretamente a viabilidade e eficácia da introdução de fantoches para aumentar as abordagens terapaªuticas existentes, disse ela.

O estudo foi apoiado em parte por Cheryl Henson e pelo National Institute of Mental Health.

 

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