O cientista polatico de Stanford, Kevin Mintz, diz que sua pesquisa sobre as liberdades sexuais foi moldada por tudo, desde sua própria experiência com paralisia cerebral atéseus encontros com as artes e seu estudo da teoria polatica.
Kevin Mintz, PhD 19, explora a interseção da filosofia polatica, da polatica dos EUA e da sexualidade humana no Departamento de Ciência Polatica de Stanford. Seus interesses de pesquisa incluem políticas sobre deficiência, a aplicação da sexologia (o estudo cientafico da sexualidade humana) a teoria polatica, anãtica nos nega³cios, polatica do cinema e cultura popular e ativismo para indivíduos com identidades sexuais e de gaªnero não normativas.Â
A Escola de Humanidades e Ciências falou com Mintz sobre as raazes de sua dissertação, Teoria Polatica Sexual-Positiva: Prazer, Poder, Polaticas Paºblicas e a Busca da Libertação Sexual , seus interesses fora da pesquisa e seus planos para depois de Stanford.Â
Quais são as origens de seus interesses de pesquisa e como isso se transformou em seu projeto de dissertação?Â
Eu nasci com uma deficiência, por mais desafiadora que tenha sido toda a minha vida, nasci com uma agenda de pesquisa. Mas em termos do aspecto da sexualidade, quando saa hásete anos, comecei a perceber que a infra-estrutura que me ajudava a ter sucesso na educação e todos os outros aspectos da minha vida realmente não falavam sobre minha sexualidade. Se eu não tivesse pais que fossem ricos o suficiente para pagar por terapia sexual, eu ainda estaria tão confusa como sempre. Esse foi realmente o começo de pensar sobre como as instituições políticas poderiam estender os benefacios a s pessoas no campo da saúde sexual.Â
E então um filme chamado The Sessionsestrelando Helen Hunt saiu em 2012 [sobre um poeta paralisado do pescoa§o para baixo da pa³lio que contrata um substituto sexual]. Eu nunca vou esquecer porque eu estava em Londres, e o teatro que eu fui não era acessavel naquele dia porque o elevador estava quebrado. Então meus amigos e eu tivemos que atravessar a cidade para ver. E eu sabia que tinha acabado de ver algo extraordina¡rio em termos de moldar o discurso sobre sexo e deficiência. Ao mesmo tempo, eu estava participando de uma aula de teoria feminista e tivemos que discutir se o trabalho sexual era mais ou mais explorador do que outros tipos de trabalho domanãstico. Foi onde eu li pela primeira vez o nome “Debra Satzâ€, por causa de sua pesquisa relacionada. Mais tarde ela se tornaria minha conselheira em Stanford.O Jornal de Filosofia, Ciência e Direito em 2014.Â
Eu soube no final disso que havia uma história muito maior para ser contada. Mas eu não tinha experiência suficiente para contar de forma eficaz, então comecei a procurar maneiras de me tornar treinada em sexualidade. Durante meu doutorado em Stanford, passei um ano no Instituto de Estudos Avana§ados sobre Sexualidade Humana, em Sa£o Francisco. O que eu aprendi no meu ano não foi emparico, mas realmente como avaliar meus pra³prios preconceitos e realmente conversar com as pessoas sobre sexo de uma maneira não cratica, para que eu pudesse, idealmente, ajuda¡-los, elaborando políticas melhores. Foi uma experiência de mudança de vida.
Foto de Ker Than
Kevin Mintz, PhD 19 no Departamento de Ciência PolaticaÂ
Que questões vocêexplora especificamente em sua pesquisa de dissertação?Â
Minha dissertação discute se instituições políticas como polatica de saúde, escolas públicas e afins tem obrigações positivas para permitir que as pessoas exera§am suas liberdades sexuais. Vocaª poderia imaginar se a saúde sexual e o bem-estar eram algo que somente os ricos poderiam pagar para obter ajuda? Infelizmente, toda a indústria da terapia sexual tem essa noção de "Nãotomamos assistaªncia porque não confiamos no governo, portanto, fique fora do nosso caminho". a‰ uma cratica justa, mas o que acaba acontecendo éque vocêtem pessoas que gastam milhares de da³lares fora do bolso para obter acesso para ajudar a ser quem eles realmente são. E isso ésimplesmente triste.Â
Como seu tempo na Stanford ajudou a moldar seu trabalho?Â
Acho que minha orientadora Debra Satz, de todas as pessoas, me entendeu desde o primeiro dia de uma forma muito interessante, por causa de todo o trabalho que ela fez sobre igualdade de gaªnero. a‰ por isso que obtivemos permissão especial do departamento de ciências políticas para ela ser minha tese de dissertação. Ela éincravel.Â
Em termos de moldar a trajeta³ria real da minha pesquisa, a coisa mais importante que Stanford me deu foi a oportunidade de fazer meu terceiro ano para estudar no Instituto para o Estudo Avana§ado da Sexualidade Humana. Como Stanford não tem fronteiras disciplinares, também consegui realmente dizer ao meu programa o que eu precisava fazer para criar essa pesquisa.Â
E porque acredito em ensino e pesquisa, meus dois trimestres de ensino em Stanford foram alguns dos melhores momentos da minha vida. Eu não apenas tenho a alegria de ver mentes jovens crescerem, mas também tenho vários grandes assistentes de pesquisa de meus ex-graduandos.Â
O que vocêgosta de fazer por diversão quando não estãotrabalhando em sua pesquisa?Â
Eu vou a Sa£o Francisco, e eu vivo atéa cultura teatral, incluindo meu favorito pessoal: "Beach Blanket Babylon", que seráfechado em Sa£o Francisco logo após uma corrida de 45 anos. O que eu realmente amo no teatro, seja a³pera ou musical, éque não importa o que vocêpode ou não fazer fisicamente. Vocaª pode simplesmente sentar-se no teatro e absorver-se no mundo de outra pessoa. a‰ imersão em um mundo tão diferente do seu. A vita³ria de Ali Stroker como o primeiro usua¡rio de cadeira de rodas a ganhar um Tony recentemente fala sobre quanto inclusivas as artes podem ser e como éimportante dar a s pessoas com deficiência esse tipo de saada.Â
O que o futuro reserva para vocêagora que vocêse formou?Â
Eu vou ser um pa³s-doutorado no Departamento de Bioanãtica Clanica nos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) em Bethesda, Maryland. Eu nunca teria pensado que iria trabalhar para o principal hospital de pesquisa dopaís. Nãogosto muito do sistema médico de muitas maneiras. Um médico disse a minha famalia, quando eu tinha nove meses, que eu nunca viveria uma vida normal, e tive muita interação com médicos que não sabem como lidar com as deficiências além de trata¡-las ou cura¡-las. Nãofoi atéa minha entrevista com o NIH que eu sabia onde passaria a próxima parte da minha vida porque as pessoas la¡ são simplesmente incraveis.Â
No meu pa³s-doutorado, vou gastar metade do meu tempo pesquisando com o corpo docente de la¡ - eles tem um grande grupo de fila³sofos, advogados, médicos, todos os tipos de pessoas que se concentram basicamente em aplicar a teoria polatica aos cuidados de saúde. Mas a outra metade éum programa de treinamento clanico onde todos no departamento são chamados para aconselhar os médicos e pesquisadores do NIH sobre o que eles devem fazer em situações anãticas de área cinzenta.Â
Vocaª sabe, na sala de aula vocêensina essas questões de filosofia e vocêtem esses experimentos mentais principalmente para testar o pensamento do aluno, mas os resultados dos experimentos mentais não importam porque estãona sua cabea§a. Mas esses são alguns dos experimentos mentais mais ambiciosos que eu provavelmente irei trabalhar. E étão humilhante e excitante pensar em tudo que aprenderei e viverei nos pra³ximos dois anos.