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Estudo genanãtico detalhado fornece o mapa mais abrangente de risco atéo momento do risco de câncer de mama
Um grande estudo internacional da genanãtica do câncer de mama identificou mais de 350
Por Craig Brierley - 07/01/2020

qimono

Os resultados, publicados hoje na revista Nature Genetics , fornecem o mapa mais abrangente das variantes de risco de câncer de mama atéo momento. Os pesquisadores envolvidos, de mais de 450 departamentos e instituições em todo o mundo, dizem que as descobertas ajudara£o a fornecer a imagem mais detalhada de como as diferenças em nosso DNA colocam algumas mulheres em maior risco do que outras de desenvolver a doena§a.

O grande número de genes atualmente conhecidos por desempenhar um papel enfatiza a complexidade da doena§a.

Alison Dunning

A maioria do DNA éidaªntica entre os indiva­duos, mas existem algumas diferenças, conhecidas como variantes genanãticas, e essas alterações podem ter um efeito profundo, aumentando a suscetibilidade de um indiva­duo a  doena§a.

Nosso DNA - a planta do corpo humano - contanãm entre 20.000 a 25.000 genes. Muitos desses ca³digos de protea­nas, os blocos de construção que compõem o corpo humano. As variantes genanãticas podem ser localizadas dentro dos genes, alterando a protea­na. No entanto, a maioria das variantes genanãticas estãolocalizada fora dos genes, a s vezes regulando a função dos genes, aumentando ou diminuindo seu 'volume'. Nãoéfa¡cil descobrir qual gene éalvo dessas variantes.

A maioria das doenças écomplexa e poligaªnica - em outras palavras, nenhuma variante ou gene genanãtico causa a doena§a, mas a combinação de várias delas atua em conjunto para aumentar a probabilidade de um indiva­duo desenvolver uma doença especa­fica. O câncer de mama éuma dessas doena§as.

Estudos anteriores de associação ampla do genoma (GWAS), que envolvem a comparação do DNA de pacientes com o de controles sauda¡veis, descobriram cerca de 150 regiaµes do genoma que claramente afetam o risco de câncer de mama. Nessas regiaµes, os pesquisadores sabem que háuma ou mais alterações genanãticas que afetam o risco de desenvolver ca¢ncer, mas raramente conseguem identificar as variantes ou genes específicos envolvidos. Estudos de mapeamento fino, como este, permitem aos cientistas restringir quais variantes contribuem para a doena§a, como elas podem funcionar e prever quais são os genes envolvidos.

"Sabemos de estudos anteriores que variantes do nosso DNA contribuem para o risco de câncer de mama, mas raramente os cientistas foram capazes de identificar exatamente quais genes estãoenvolvidos", disse Laura Fachal, do Instituto Wellcome Sanger. "Precisamos dessas informações, pois elas nos da£o uma pista melhor do que estãocausando a doença e, portanto, como podemos trata¡-la ou atéevita¡-la".

Neste novo estudo, pesquisadores de centenas de instituições em todo o mundo colaboraram para comparar o DNA de 110.000 pacientes com câncer de mama com o de cerca de 90.000 controles sauda¡veis. Ao olhar com muito mais detalhes do que anteriormente era possí­vel, eles identificaram 352 variantes de risco. Ainda não estãoclaro exatamente quantos genes esses alvos tem, mas os pesquisadores identificaram 191 genes com razoa¡vel confiana§a; menos de um em cada cinco deles havia sido reconhecido anteriormente.

"Esse incra­vel número de genes de câncer de mama recanãm-descobertos nos fornece muito mais genes para trabalhar, a maioria dos quais não foram estudados antes", disse Alison Dunning, da Universidade de Cambridge. “Isso nos ajudara¡ a construir uma imagem muito mais detalhada de como o câncer de mama surge e se desenvolve. Mas o grande número de genes agora conhecidos por desempenhar um papel enfatiza a complexidade da doena§a. ”

Das variantes genanãticas recanãm-descobertas, um terceiro predispaµe as mulheres a desenvolver câncer de mama responsivo a horma´nios, o tipo de doença encontrada em quatro em cada cinco pacientes com câncer de mama, que respondem a tratamentos hormonais como o tamoxifeno. 15% das variantes genanãticas predispaµem as mulheres ao tipo mais raro, câncer de mama com receptor de estrogaªnio negativo. As variantes genanãticas restantes desempenham um papel nos dois tipos de câncer de mama.

Na maioria dos casos, a mudança genanãtica afetou a expressão gaªnica - em outras palavras, quanto ativo um determinado gene era e quanto de uma determinada protea­na ele criou - em vez de alterar o tipo de protea­na em si. Por exemplo, nove variantes diferentes regulam o mesmo gene, o gene Receptor de Estrogaªnio (ESR1). Muitas outras variantes afetam lugares no DNA onde a protea­na do receptor de estrogaªnio se liga e, por sua vez, regula outros genes. Isso destaca a importa¢ncia do gene ESR1 e de seu produto proteico, o Receptor de Estrogaªnio, no desenvolvimento do câncer de mama.

Embora cada variante genanãtica apenas aumente o risco de desenvolver câncer de mama em uma quantidade muito pequena, os pesquisadores dizem que, somados, eles permitira£o "ajustar" os testes genanãticos e dar a s mulheres uma imagem muito mais clara de seu risco genanãtico. Isso permitira¡ que médicos e clínicos aconselhem a melhor estratanãgia para reduzir seus riscos e prevenir o aparecimento da doena§a.

O professor Doug Easton, também da Universidade de Cambridge, disse: “Nosso trabalho não seria possí­vel sem a ajuda dos 200.000 voluntários que nos permitiram estudar seu DNA. a‰ também uma prova do trabalho de centenas de pesquisadores de todo o mundo que colaboraram neste estudo. ”

Referaªncia O mapeamento fino de 150 regiaµes de risco de câncer de mama identifica 191 genes-alvo prova¡veis. Genanãtica da Natureza; 7 de janeiro de 2020; DOI: 10.1038 / s41588-019-0537-1

 

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