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Flavona³is vegetais reduzem significativamente o risco de Alzheimer
Um novo estudo publicado na revista Neurology em janeiro de 2020 conclui que o aumento da ingestãode flavona³is vegetais reduz acentuadamente o risco de demaªncia de Alzheimer (DA) em atémetade.
Por Por Dr. Liji Thomas, - 02/02/2020

Um novo estudo publicado na revista Neurology em janeiro de 2020 conclui que o aumento da ingestãode flavona³is vegetais reduz acentuadamente o risco de demaªncia de Alzheimer (DA) em atémetade. Em outras palavras, a DA pode ser evitada em muitas pessoas simplesmente comendo e bebendo regularmente mais alimentos contendo esses compostos, como cha¡, laranja e bra³colis.


Crédito de imagem: Peangdao / Shutterstock

Doena§a de Alzheimer

A DA éum distaºrbio cerebral progressivo no qual o indiva­duo perde habilidades cognitivas, incluindo habilidades de memória e pensamento, e a capacidade de executar tarefas simples. a‰ de longe a principal causa de tais distúrbios e afeta mais de 5 milhões de americanos.

Um estudo foi realizado com mais de 900 pessoas, que faziam parte de um projeto de pesquisa maior em andamento em toda a comunidade, chamado Projeto Mema³ria e Envelhecimento do Rush (MAP). Esses participantes foram avaliados anualmente por sua saúde neurola³gica e padraµes alimentares, por uma média de 6 anos, mas alguns por até12 anos. A idade média era de 81 anos e 3 em cada 4 eram do sexo feminino.

As evidaªncias

No primeiro estudo, 220/921 participantes desenvolveram DA durante o estudo. O risco de DA caiu com maior ingestãode flavona³is. Essa descoberta foi boa mesmo depois que os pesquisadores se ajustaram a outros fatores associados a  saúde - porque aqueles com maior ingestãototal de flavonol também eram os mais instrua­dos, mais ativos e participavam de atividades mais cognitivas. Eles também foram responsa¡veis ​​por fatores genanãticos, como a presença do gene APOE4, e por fatores de risco cardiovasculares que poderiam influenciar o risco de DA, como diabetes mellitus, hista³rico de ataque carda­aco, derrame ou hipertensão.

Quando classificados em cinco grupos com base na diminuição da ingestãode flavonol, os participantes do primeiro grupo (maior consumo) consumiram mais de 15 mg de flavona³is por dia. Comparados aos do quinto mais baixo (cerca de 5 mg por dia), esses indivíduos apresentaram uma redução de aproximadamente 50% no risco de DA.

Em termos concretos, 28 de 186 pacientes no grupo de maior consumo desenvolveram DA, contra 54 de 182 no grupo de menor consumo.

Em relação aos flavona³is individuais, a ingestãode kaempferol foi associada a uma redução de quase 50%, e tanto a mirricetina quanto a isorhamnetina em 40% cada. Um quarto flavonol, chamado quercetina, não teve efeito percepta­vel no risco de DA.

Os participantes com maior consumo de flavonol bebiam cerca de uma xa­cara de cha¡ preto por dia. Couve e cerca de um copo de vinho tinto por dia também podem fornecer flavona³is.

Fontes de flavona³is

O Kaempferol estãoricamente presente nos vegetais de folhas verdes, incluindo espinafre, bra³colis, feija£o, cha¡ e couve - e também no cha¡. Alimentos ricos em isorhamnetina incluem azeite, vinho tinto, peras e molho de tomate. A mricetina éencontrada no cha¡, couve, laranja, tomate e vinho tinto.

O pesquisador Thomas Holland diz: “Mais pesquisas são necessa¡rias para confirmar esses resultados, mas essas são descobertas promissoras. Comer mais frutas e legumes e beber mais cha¡ pode ser uma maneira fa¡cil e barata de ajudar as pessoas a evitar a demaªncia de Alzheimer. ”

Implicações

Muitos cientistas discordam da aªnfase nos flavona³is. Embora se pensasse que estes tinham atividade antioxidante no corpo, essa teoria foi desacreditada muitas décadas antes. A atividade antioxidante cessa quando são ingeridas e sujeitas a  atividade de enzimas no trato digestivo.

Eles apontam que os flavona³is são encontrados em muitas plantas, frutas e vegetais, que tem sido associados a  boa saúde háséculos. Os nutricionistas dizem que os efeitos que retardam a AD de tais alimentos são provavelmente devidos a outros produtos químicos vegetais que são relativamente mais abundantes. Por outro lado, éimprova¡vel que tomar pa­lulas de flavonol ou extratos de cha¡ produza o mesmo efeito sauda¡vel, e as overdoses possam ser contraproducentes.

Isso não quer dizer que comer mais alimentos ricos em flavonol ou beber uma xa­cara de cha¡ preto pela manha£ machucaria, pois qualquer alimento que contenha esses produtos químicos também conteria muitos compostos mais sauda¡veis, incluindo vitaminas, minerais e fibras vegetais. Holland faz um argumento va¡lido com sua conclusão: “'Com o aumento da população idosa em todo o mundo, qualquer diminuição no número de pessoas com essa doença devastadora, ou mesmo atrasa¡-la por alguns anos, pode trazer um enorme benefa­cio para a saúde pública”.

 

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