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Advogados internacionais: chegou a hora dos hackers cibernanãticos globais
Embora o mundo tenha sido convulsionado com o impacto e o progresso do va­rus, os hackers cibernanãticos estãoativos, visando estabelecimentos de saúde que trabalham com uma vacina e cuidam do paºblico.
Por Oxford - 04/06/2020

Crédito: Shutterstock

Diante da abordagem silenciosa e mortal do COVID-19, o mundo parecia impotente. Mas, mais de 120 advogados internacionais assinaram a Declaração de Oxford sobre as proteções do direito internacional contra operações cibernanãticas direcionadas ao setor de assistaªncia médica , para dizer que não somos incapazes em relação a essa ameaça feita pelo homem, mas mortal, dos ciberataques furtivos a  saúde - que foi posta em foco pela pandemia.

Embora o mundo tenha sido convulsionado com o impacto e o progresso do va­rus, os hackers cibernanãticos estãoativos, visando estabelecimentos de saúde que trabalham com uma vacina e cuidam do paºblico.

De acordo com uma sanãrie de filmes de grande ora§amento, os criminosos cibernanãticos são geeks de computadores inteligentes, agindo impunemente, expondo benignamente a corrupção. A realidade não poderia ser mais diferente. Nãohánada de glamuroso nos cibercriminosos da vida real, que buscaram enorme ganho financeiro colocando deliberadamente vidas em risco com ataques a sistemas de computadores de saúde - e que, mesmo neste momento mais cra­tico, estãotentando roubar propriedade intelectual que poderia levar a curas. Alguns são patrocinados pelo Estado, com o objetivo de minar ilegalmente os sistemas de outrospaíses, outros são criminosos freelancers - nem se importam com as consequaªncias. O que quer que os filmes de Hollywood sugiram, a Declaração de Oxford éuma declaração de que o mundo não éincapaz de combater tais ataques. De fato, especialistas jura­dicos de mais de 20países,

"De acordo com uma sanãrie de filmes de grande ora§amento, os criminosos cibernanãticos são geeks de computadores inteligentes, agindo impunemente, expondo benignamente a corrupção. A realidade não poderia ser mais diferente"


Iniciada pelo professor Dapo Akande, co-diretor do Instituto de a‰tica, Direito e Conflitos Armados de Oxford , a Declaração foi assinada por especialistas de todo o mundo, incluindo China, Alemanha, Frana§a, Argentina, andia e EUA. Segundo o professor Akande, "criamos um conjunto de princa­pios, algo que os estados podem apontar como uma estrutura para combater ciberataques".

A declaração já foi mencionada no Conselho de Segurança da ONU, como uma boa articulação dos princa­pios relevantes do direito internacional e, atualmente, dois grupos da ONU estãotrabalhando para resolver esse problema.

"Esperamos que a declaração seja usada como um exemplo de quais são as regras", diz o professor Akande. 'O ciberEspaço não éum espaço não governado. Nãoprecisamos de novas regras, já as temos.

"O ciberEspaço não éum espaço não governado. Nãoprecisamos de novas regras, já as temos"


Ele ressalta que os ataques cibernanãticos contra instituições de saúde podem ser combatidos usando a legislação internacional existente sobre direitos humanos, impondo aos prestadores e nações a obrigação de proteger seus cidada£os - e os de outrospaíses.

"Nos termos do direito internacional, os Estados tem a obrigação de proteger as pessoas contra ações prejudiciais ... um dever positivo de proteger a saúde dos cidada£os", diz o professor Akande.

Criticamente, ele sustenta que, como os ataques cibernanãticos se originam, passam ou usam a infraestrutura localizada em outrospaíses, essespaíses são obrigados, de acordo com a lei internacional, a garantir que danos não sejam causados ​​a outrospaíses e suas populações.

"Eles não va£o da Coreia do Norte direto para o Reino Unido", diz o professor Akande sobre ataques cibernanãticos. "Eles passam por outrospaíses para chegar aqui ... a Declaração de Oxford enfatiza que os estados tem a obrigação de não se envolver em tal ação e devem agir quando os ataques infringem ou interferem com outrospaíses."

"Eles não va£o da Coreia do Norte direto para o Reino Unido ... Eles passam por outrospaíses para chegar aqui"


O professor Akande insiste: 'a‰ importante articular quais são as regras, para que fique claro o que os estados não devem fazer, para esclarecer o que os estados podem fazer individualmente para impedir tais ataques, mas também para criar um consenso que permitira¡ a cooperação internacional contra esses ataques.

a‰ apenas atravanãs da criação de um consenso internacional, usando as ferramentas existentes, que épossí­vel obter uma resposta eficaz ao cibercrime na área da saúde. O professor Akande diz: 'O fato de haver consenso entre os advogados pode ajudar a criar consenso pola­tico ... Precisamos ser capazes de responder.'

Ele enfatiza que énecessa¡ria uma abordagem dupla: ospaíses devem proteger a si mesmos e aos outros, exercendo a devida diligaªncia, mas também tem o direito de agir contra atividades ilegais contra seus estados - usando contramedidas, como congelar ativos de estados que patrocinam ações criminais. .

"Precisamos responder em espanãcie a s ações cibernanãticas ... Algumas ações determinadas continuara£o, mas, construindo consenso, podemos estigmatiza¡-las"


"Precisamos responder da mesma forma a s ações cibernanãticas ... Algumas ações determinadas continuara£o, mas, construindo consenso, podemos estigmatiza¡-las", diz o professor Akande. 'No momento, tomar medidas contra ataques cibernanãticos contra o setor da saúde éuma tarefa difa­cil, os lideres mundiais querem assinar e apoiar a campanha [em um desenvolvimento separado, muitos já se inscreveram em uma carta destinada a combater ameaa§as cibernanãticas ] a‰ mais fa¡cil se agirmos juntos.

 

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