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As mulheres estãomajoritariamente sub-representadas na autoria de pesquisa COVID-19
Uma nova pesquisa da Universidade de Oxford encontrou um vianãs de gaªnero significativo na autoria de pesquisa relacionada ao COVID-19, o que significa que as visaµes das mulheres não estãomoldando igualmente a resposta a  pandemia.
Por Oxford - 12/06/2020


Os entendimentos de gaªnero do COVID-19 correm o risco de ser esquecidos, já que
as mulheres são sub-representadas principalmente na autoria da pesquisa.
Crédito da imagem: Shutterstock

As mulheres estãosub-representadas como autores de trabalhos de pesquisa em muitas áreas cienta­ficas, particularmente nas posições mais seniores de primeiro e último autor, e esta pesquisa publicada hoje no BMJ Global Health considera a tendaªncia persistente nas publicações do COVID-19.

A equipe de pesquisa analisou publicações sobre o COVID-19 desde o ini­cio da pandemia em janeiro de 2020 para identificar a representação de mulheres em qualquer posição de autoria e como primeira ou última autora. No geral, as mulheres representavam pouco mais de um tera§o (34%) de todos os autores. Apenas 29% dos 1.235 artigos avaliados pelo primeiro autor eram mulheres, enquanto isso foi ainda mais baixo para o último autor, com apenas 26% (de 1.216 artigos).

“Nossas descobertas sobre a principal lacuna de gaªnero na autoria de pesquisa no COVID-19, e nas posições mais importantes em particular, espelham a sub-representação das mulheres em outras áreas da pesquisa cienta­fica; uma tendaªncia que persiste hános ”, disse a Dra. Ana-Catarina Pinho-Gomes, do The George Institute UK, que liderou a análise.

“Existem muitas razões possa­veis para sua sub-representação na pesquisa COVID-19. Por exemplo, as mulheres podem ter menos tempo para se comprometer com a pesquisa durante a pandemia, elas também podem ter acesso negado a  pesquisa COVID-19 devido ao seu alto impacto previsto, e essa pesquisa também pode ser considerada o doma­nio das pessoas em posições de liderana§a, que permanecem mais comumente mantidas pelos homens ”, destacou o Dr. Pinho-Gomes.

Fundamentalmente, éprova¡vel que essa sub-representação de mulheres seja sina´nimo de uma sub-representação de pesquisa relacionada a questões de gaªnero em torno do coronava­rus e a  disponibilidade e interrogata³rio de dados desagregados por sexo, de modo que as ideias de pesquisa sobre o COVID-19 podem apenas dizer uma imagem incompleta dos impactos sexuais e de gaªnero da pandemia.

Segundo os autores, uma solução possí­vel para superar a persistentemente baixa representação de mulheres em autoria de artigos cienta­ficos, incluindo aqueles no COVID-19, seria permitir a divulgação volunta¡ria de gaªnero como parte da submissão de artigos a revistas cienta­ficas. Isso permitiria que as equipes editoriais monitorassem as desigualdades de gaªnero na autoria e encorajaria as equipes de pesquisa a promover a igualdade na autoria para o benefa­cio de mulheres e homens.

Esta análise foi apoiada por uma bolsa de pesquisa COVID-19 da Universidade de New South Wales. A pesquisa estãopublicada no BMJ Global Health e estãodispona­vel no site deles . 

 

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