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A Amanãrica Latina e o Caribe 'não investem na recuperação sustenta¡vel pa³s-COVID-19'
Os gastos pa³s-COVID-19 ambientalmente sustenta¡veis ​​na Amanãrica Latina e no Caribe ficam atrás do resto do mundo, de acordo com uma nova plataforma co-desenvolvida pela Universidade de Oxford que mostra dados em tempo real de 33países.
Por Oxford - 08/09/2021


Uma foto da Amanãrica Latina vista do Espaço

Os dados de 2020 da ferramenta mostraram 0,5 por cento dos gastos totais e 2,2 por cento dos gastos de recuperação de longo prazo na regia£o foram ecologicamente corretos, em comparação com um gasto global de 2,8 por cento e 19,2 por cento, respectivamente.

A plataforma ébaseada no  Observatório de Recuperação Global , uma iniciativa liderada pelo  Projeto de Recuperação Econa´mica da Universidade de Oxford  (OUERP) e apoiada pelo  PNUMA ,  Fundo Moneta¡rio Internacional  e  GIZ  por meio da  Rede de Pola­tica Fiscal Verde  (GFPN).

Ele revelou que apenas seis dos 33países da regia£o dedicaram mais de 0,1 por cento de seu PIB aos gastos de recuperação; um número igualmente pequeno alocou uma proporção significativa de seus ora§amentos para esforços pa³s-COVID-19, incluindo Chile (14,9 por cento), Saint Kitts e Nevis (13,3 por cento), Santa Laºcia (11,3 por cento), Bola­via (10,5 por cento) e Brasil ( 9,26 por cento).

No entanto, atéo momento, uma proporção maior do ora§amento de recuperação da regia£o foi gasta em setores insustenta¡veis ​​(US $ 7,4 bilhaµes) do que em iniciativas ambientalmente sustenta¡veis ​​(US $ 1,5 bilha£o). Cerca de 74% dos gastos ambientalmente negativos foram direcionados para infraestrutura de energia fa³ssil e 13% para infraestrutura insustenta¡vel de portos e aeroportos, o que deve levar a um aumento nas emissaµes de carbono.

Brian O'Callaghan , pesquisador-chefe do Projeto de Recuperação Econa´mica da Universidade de Oxford, disse: 'A regia£o atingiu uma encruzilhada econa´mica. Ou os governos continuam a apoiar as indaºstrias antigas e moribundas do passado ou investem em indaºstrias sustenta¡veis ​​que impulsionara£o a prosperidade futura. As novas oportunidades econa´micas para a regia£o são monumentais e lideres sa¡bios as abraçara£o. '

Além disso, o exame de mais de 1.100 políticas mostrou que aproximadamente 77 por cento dos gastos totais da regia£o de US $ 318 bilhaµes foram alocados para medidas de resgate que abordam ameaa§as de curto prazo e salvamento de vidas, enquanto apenas 16,1 por cento se concentraram atéagora em planos de recuperação de longo prazo para revitalizar a economia, dados os recursos financeiros limitados de muitos dospaíses da regia£o. Em média, a Amanãrica Latina e o Caribe alocaram US $ 490 em despesas per capita para a recuperação pa³s-COVID-19, em comparação com US $ 650 em mercados emergentes e economias em desenvolvimento e US $ 12.700 em economias avana§adas.

A regia£o foi gravemente afetada pelo COVID-19. Com 8% da população mundial , a Amanãrica Latina e o Caribe registraram cerca de 29% das mortes causadas pela pandemia, enquanto se estima que em 2020 a regia£o teve uma contração do PIB de 7% .

Piedad Martin, Diretora em exerca­cio do Escrita³rio Regional do PNUMA para a Amanãrica Latina e o Caribe, disse: 'Aplaudo a iniciativa dos ministros da Amanãrica Latina e do Caribe de acompanhar seu progresso em direção a recuperações mais verdes. Nosso rastreador mostra que, de maneira geral, os gastos verdes da regia£o ainda não correspondem a  gravidade da tripla crise planeta¡ria de mudança climática, perda de biodiversidade e poluição.

'Para fazer a transição para economias mais sustenta¡veis ​​e inclusivas, as nações da regia£o devem construir a partir deste bom começo de rastreamento para alinhar ainda mais suas prioridades de desenvolvimento com a recuperação verde.'

O Ministro do Meio Ambiente e Energia da Costa Rica, Andrea Meza, que presidira¡ a XXIII reunia£o do Forum Regional de Ministros do Meio Ambiente em 2022, disse: 'A situação da regia£o éterra­vel, a resposta a  pandemia estãonos levando a um aumento do endividamento, limitando nossa capacidade de direcionar investimentos para a sustentabilidade ambiental. No entanto, colocar a ação climática como o motor da recuperação nunca foi tão importante. Nossa sobrevivaªncia e a competitividade da regia£o estãoem jogo devido a smudanças climáticas.

'Pea§o aos governos, a  comunidade internacional e ao setor privado que apoiem a Amanãrica Latina e o Caribe na resposta a esta crise por meio de investimentos que nos permitam cumprir o Acordo de Paris.'

As chances de alto impacto para a regia£o são inaºmeras e requerem uma combinação de medidas políticas. Oportunidades chave aguardam na energia sustenta¡vel, em particular energia renova¡vel não convencional e eficiência energanãtica; investimentos em transporte com emissão zero, com foco especial no transporte paºblico; e investimentos em soluções baseadas na natureza para garantir a adaptação em setores-chave, como agricultura e centros urbanos, onde vive a maioria da população.

 

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