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Luta ou fuga? Como os pa¡ssaros estãoajudando a revelar os mistanãrios da evolução
a nova pesquisa sugere que o desenvolvimento de asas e não esporaµes ósseos envolveu tanto a selea§a£o sexual quanto a natural. Esse insight nos ajuda a entender melhor como surgiu a enorme diversidade da vida e da Terra.
Por Universidade de Massachusetts Amherst - 24/02/2022


Doma­nio paºblico

Uma nova pesquisa da Universidade de Massachusetts Amherst descobre a ligação negativa entre a capacidade de voo e a capacidade de luta em pa¡ssaros. A pressão evolutiva exigia que os pa¡ssaros pudessem voar ou se armar — mas não ambos. Além disso, a nova pesquisa sugere que o desenvolvimento de asas e não esporaµes ósseos envolveu tanto a seleção sexual quanto a natural. Esse insight nos ajuda a entender melhor como surgiu a enorme diversidade da vida e da Terra.

Besouros fazem isso, veados fazem isso, atécaranguejos no mar fazem isso. Mas os pa¡ssaros não. Carregar armas que anã. "a‰ meio intrigante", diz Joa£o CT Menezes, aluno de pós-graduação do Programa de Biologia Organa­smica e Evolutiva da UMass Amherst e principal autor do novo artigo, publicado recentemente na Ecology Letters . "Os pa¡ssaros tem canções, plumagem e danças tão espetaculares, mas na maioria das vezes não tem armas especializadas. a‰ estranho porque dançar, cantar, penas extravagantes e lutas são formas de obter um parceiro com sucesso, e muitas vezes andam juntas."

Para entender o porquaª, Menezes e seu coautor, Alexandre V. Palaoro, da Universidade Clemson, buscaram duas coisas: uma estimativa confia¡vel de quantas espanãcies de pa¡ssaros de fato carregam armas e uma maneira de medir quanto e quanto bem, diferentes espanãcies voam.

Acontece que, embora a grande maioria das aves esteja desarmada, uma pequena porcentagem, 1,7%, porta armas na forma de esporaµes ósseos nas pernas. Para medir a aptida£o de voo de diferentes espanãcies, os pesquisadores se basearam no a­ndice ma£o-asa, ou HWI, um enorme conjunto de dados que avalia mais de 10.000 espanãcies de pa¡ssaros e que permite aos pesquisadores comparar a eficiência com que diferentes pa¡ssaros voam.

Menezes e seu coautor compararam os dois conjuntos de dados e encontraram uma correlação impressionante: “os melhores voadores tendem a não ter esporas”, diz Menezes, “e os combatentes mais fortemente armados tendem a lutar no ar”. Tudo isso imediatamente implorou a pergunta, por quaª?

Para responder a isso, os pesquisadores executaram uma sanãrie de simulações e modelos, que mostraram que esporaµes ósseos podem impor um alto custo evolutivo. Embora seja verdade que armas, como plumagem, dança e a capacidade de cantar, ajudam a atrair um parceiro e, portanto, são uma vantagem na seleção sexual , as esporas tornam o va´o uma atividade mais intensiva em energia. Embora seja extremamente difa­cil definir exatamente como isso afetou o curso da evolução, parece prova¡vel que as esporas diminua­ram a capacidade de um indiva­duo de voar rápido, longe e decolar facilmente. a‰ aqui que a seleção natural deve entrar em ação: as esporas podem tornar as aves mais propensas a serem comidas ou exigir mais comida para atender a s suas necessidades dia¡rias de energia, enquanto as não esporas podem fugir, comer menos e viver para se reproduzir outro dia.

“Isso ajuda a explicar por que os pa¡ssaros tem uma incra­vel variedade de plumagem, canto e dança, enquanto quase totalmente carecem do departamento de armamento”, diz Menezes.

 

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