Mundo

Seu cachorro se importa se vocêmorrer?
Qualquer proprieta¡rio diria que sim. Aqui estãoo que a ciência diz.
Por Colleen Walsh - 26/02/2022


Ilustração de Andy Bridge

Wondering éuma sanãrie de perguntas aleata³rias respondidas por especialistas de Harvard. Para a última parte, perguntamos a  bia³loga evolutiva humana Erin Hecht , cuja pesquisa se concentra em parte na variação neural e comportamental em raças caninas domésticas, se seu ca£o se importaria se vocêmorresse.
 
Sim. Os ca£es tem respostas hormonais comportamentais e circulantes a  presença ou ausaªncia de seu dono ose na interação com seu dono osque se assemelham ao que vemos quando os humanos interagem com outros humanos com quem compartilham um va­nculo: amigos a­ntimos, familiares e criana§as. Isso sugere que os correlatos biola³gicos do va­nculo humano-animal são semelhantes - pelo menos em alguns aspectos - aos va­nculos humano-humano. E sabemos que os humanos ficam muito angustiados se alguém com quem se importam e com quem tem um va­nculo pra³ximo morre. Essa éuma linha de evidaªncia. Outra éque, fenomenologicamente, podemos ver exemplos de ca£es que mostram evidaªncias de angaºstia quando são separados de seu dono mesmo por um curto período de tempo. Quando o dono vai trabalhar, muitos ca£es tem ansiedade de separação. Ou se o dono morrer,

"Os ca£es são uma janela realmente única sobre como os cérebros mudam ao longo das gerações quando hápressão de seleção sobre o comportamento".


Uma coisa que não sabemos éatéque ponto os mecanismos biola³gicos de ligação dentro de um grupo de lobos são semelhantes aos mecanismos que sustentam a ligação entre ca£es e humanos. Outra coisa que não entendemos completamente éatéque ponto diferentes raças de ca£es podem ter diferentes padraµes de ligação com os humanos. Parece uma hipa³tese razoa¡vel. Algumas raças de ca£es foram selecionadas para comportamentos cooperativos de trabalho com um ser humano individual osrealmente cooperação individual. Exemplos disso podem ser border collies, pastores australianos e outros ca£es pastores de gado que interagem de perto com um humano que lida com gado. Outras raças não tem esse acordo de trabalho cooperativo com um aºnico humano. Um ca£o guardia£o de gado parece formar fortes laa§os sociais com o gado e não com o humano. E depois háoutras raças de ca£es que foram desenvolvidas para companhia humana. a‰ possí­vel que eles mostrem padraµes diferentes de va­nculo, talvez menos com uma pessoa e mais com uma familia inteira osmas isso éespeculação. Além das diferenças genanãticas entre as raças, as histórias de interações positivas de ca£es individuais com pessoas individuais também devem desempenhar um grande papel.

Do ponto de vista da ciência ba¡sica, acho que os ca£es são uma janela realmente única sobre como os cérebros mudam ao longo das gerações quando hápressão de seleção no comportamento. Temos todas essas raças diferentes que foram criadas seletivamente para diferentes perfis comportamentais, diferentes tipos de habilidades cognitivas, diferentes habilidades e assim por diante. E não hánada realmente assim no reino animal. Estuda¡-los éuma maneira de entendermos a evolução do cérebro de uma maneira mais precisa do que podemos obter ao estudar qualquer outra espanãcie. Acho que estamos em um ponto na pesquisa com ca£es em que estamos apenas comea§ando a obter evidaªncias empa­ricas de coisas que as pessoas que interagiram com ca£es consideram como um dado adquirido. Por exemplo, houve alguns artigos nos últimos anos estabelecendo que os ca£es experimentam ciaºmes, e acho que qualquer um que já teve mais de um cachorro em sua casa ao mesmo tempo sabe que isso acontece. E esta questãoosse os ca£es se importariam se seu humano morresse osestãona mesma linha. Mas ainda éimportante obter essa validação empa­rica e não apenas partir do nosso entendimento instintivo de como suas mentes estãofuncionando.

 

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