Uma surpreendente nova espanãcie de orqua­dea foi descoberta na floresta tropical nublada do norte do Equador. Cientificamente chamada Maxillaria anacatalina-portillae , a planta osúnica com suas flores vistosas e amarelas intensas osfoi descrita por orquida³logos poloneses em colaboração com uma empresa equatoriana que atua na pesquisa, cultivo e fornecimento de orqua­deas.

Conhecida de uma área restrita na prova­ncia de Carchi, a orqua­dea éconsiderada uma espanãcie criticamente ameaa§ada , pois suas raras populações já sofrem os efeitos nocivos dasmudanças climáticas e da atividade humana. A descoberta foi auxiliada por um viveiro comercial local, que já cultivava essas orqua­deas. O estudo foi publicado na revista de acesso aberto PhytoKeys .

Nos últimos anos, cientistas da Universidade de GdaÅ„sk (Pola´nia) vão trabalhando intensamente na classificação e delimitação de espanãcies dentro do gaªnero Neotropical Maxillaria osum dos maiores da familia das orqua­deas. Eles investigaram materiais depositados na maioria das coleções de herba¡rios do mundo na Europa e nas Amanãricas e realizaram várias viagens de campo na Amanãrica do Sul em busca das plantas surpreendentes.

Os primeiros exemplares do que viria a ser conhecido como o novo para a ciência Maxillaria anacatalina-portillae foram coletados por Alex Portilla, fota³grafo e gerente de vendas da Ecuagenera, empresa equatoriana dedicada a  pesquisa, cultivo e fornecimento de orqua­deas, em 11 de novembro de 2003 em Maldonado, Prova­ncia de Carchi (norte do Equador). La¡, ele fotografou a orqua­dea em seu habitat natural e depois a trouxe para as estufas de sua empresa para cultivo. Mais tarde, sua prole foi oferecida no mercado comercial sob o nome de uma espanãcie diferente do mesmo gaªnero: Maxillaria sanderiana 'xanthina' ('xanthina' em latim significa 'amarelo' ou 'vermelho-amarelo').

Enquanto isso, o Prof. Dariusz L. Szlachetko e o Dr. Monika M. LipiÅ„ska encontrariam as mesmas plantas intrigantes com flores de cores únicas em várias ocasiaµes diferentes. Suspeitando que eles possam estar enfrentando um ta¡xon não descrito, eles uniram esforços com a Dra. Natalia OlÄ™drzyÅ„ska e Aidar A. Sumbembayev, para realizar análises morfola³gicas e filogenanãticas adicionais , usando amostras de produtores comerciais e amadores, bem como plantas cruciais compradas de Ecuagenera que foram posteriormente cultivados nas estufas da Universidade de GdaÅ„sk.

Como o estudo confirmou que a orqua­dea era de fato uma espanãcie atéentão desconhecida , os cientistas homenagearam o descobridor original da planta surpreendente, dando-lhe o nome de sua filha: Ana Catalina Portilla Schra¶der.