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Como as barragens hidrelanãtricas impactam as comunidades em que são construa­das
E embora essas barragens oferea§am muitos benefa­cios aos agricultores, a  vida selvagem e ao clima, os custos de sua construa§a£o nas comunidades locais onde são construa­das foram amplamente deixados de fora da conversa osisto anã, atéagora.
Por Liz Schondelmayer - 14/03/2022


Onívelda águado lago mudou drasticamente nos últimos anos devido aos impactos combinados dasmudanças climáticas, transições de terra e construções de barragens na regia£o, afetando a agricultura, a pesca e o ecossistema do qual a população local depende para sua subsistaªncia. Crédito: Peilei Fan

Nas últimas duas décadas, quase 1.000 barragens hidrelanãtricas foram construa­das em todo o mundo. E embora essas barragens oferea§am muitos benefa­cios aos agricultores, a  vida selvagem e ao clima, os custos de sua construção nas comunidades locais onde são construa­das foram amplamente deixados de fora da conversa osisto anã, atéagora.

Liderados pelo Dr. Peilei Fan, uma equipe de seis cientistas sociais da Michigan State University osincluindo o estudante de doutorado Myung Sik Cho, Drs. Zihan Lin, Jiaguo Qi, Jiquan Chen e Emilio Moran ose o pesquisador da Universidade de Stanford Dr. Zutao Ouyang descobriram que, apesar do impacto positivo geral que as barragens hidrelanãtricas tem no mundo e nospaíses como um todo, as comunidades nas áreas próximas a s barragens geralmente experimentam piores condições econa³micas, deslocalização da população e/ou perda de Espaços verdes devido a  sua construção.

Para esta pesquisa, a equipe analisou 631 barragens hidrelanãtricas, todas construa­das desde 2001 e comissionadas antes de 2015, em cinco regiaµes: áfrica, asia, Europa, Amanãrica do Norte e Amanãrica do Sul. O estudo, publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences ( PNAS ), destaca a necessidade de abordar essas disparidades para reduzir os danos a s comunidades locais no entorno.

O Dr. Fan foi inspirado a liderar esta pesquisa depois de visitar duas áreas separadas onde as barragens foram construa­das recentemente e ver a mudança repentina que foi infligida a  população local ao redor. Uma foi uma visita de 2015 ao Lago Tonle Sap, no Camboja, e a outra foi uma visita de 2018 a  Bacia do Rio Mekong, no Laos.

"Os moradores, realocados hávários anos, pareciam ter uma vida melhor do que antes, mas ainda estavam ansiosos e incertos sobre seu futuro", refletiu Fan. “Conversar com as pessoas cujas vidas foram alteradas por causa da construção da barragem me fez perceber que a maioria das avaliações existentes são principalmente estudos de caso em grandes barragens , e falta uma análise abrangente em escala global, incluindo barragens de pequeno e manãdio porte. "

As barragens hidrelanãtricas apresentam inúmeros benefa­cios potenciais, como ajudar a reduzir o impacto de inundações e secas, fornecer águaa s terras agra­colas, facilitar o transporte e fornecer produção de energia. No entanto, esses benefa­cios são acompanhados por consequaªncias negativas, como o deslocamento de populações locais e danos aos ecossistemas circundantes.

Por exemplo, o estudo mostra que a construção de barragens hidrelanãtricas foi associada a um menor desenvolvimento econa´mico ou diminuição da população em áreas próximas (dentro de 50 quila´metros da barragem) no Sul Global (incluindo áfrica, asia e Amanãrica do Sul). Além disso, a construção muitas vezes destra³i Espaços verdes locais dentro de 50 quila´metros da barragem, seja como resultado do desmatamento para a construção da barragem ou para a criação de terras agra­colas que podem ser irrigadas pela barragem após a construção.

Para Fan, essas descobertas destacam a necessidade de mais pesquisas e recomendações de políticas para proteger as comunidades locais de danos, especialmente a realocação.

"Em geral, énecessa¡ria uma abordagem humana para ajudar as populações realocadas", explicou o Dr. Fan. "Isso pode melhorar a capacidade das comunidades locais de negociar seus benefa­cios com o construtor das barragens; ajudar os moradores realocados a se integrarem e assimilarem suas novas comunidades de destino, mantendo sua rede social e sistema de apoio anteriores; ou criando novas oportunidades de emprego para compensar a perda de suas terras e fonte de subsistaªncia."

No futuro, o Dr. Fan espera expandir essa pesquisa explorando as forças políticas e econa´micas que impulsionam a construção de barragens hidrelanãtricas, bem como soluções alternativas de energia que podem produzir benefa­cios semelhantes sem as consequaªncias negativas associadas a essas barragens.

"Tambanãm énecessa¡rio entender a ecologia pola­tica da construção de barragens, a influaªncia de investidores globais e os impactos combinados da construção de barragens,mudanças climáticas e transições de terra", disse o Dr. Fan. "Tambanãm estou curioso para saber se existem formas alternativas ou melhores de produção de energia , em vez de hidrelanãtricas, para diferentes regiaµes do Sul Global."

 

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