Saúde

Terapia fa¡gica mostra promessa no tratamento de Doena§a Hepa¡tica Alcoa³lica
Estudo mostra que tratar camundongos com bacteria³fagos limpa bactanãrias e elimina a doença em camundongos.
Por .kcl.ac.uk/MaisConhecer - 14/11/2019

Crédito da imagem: UC San Diego.

Uma equipe de pesquisadores liderados pelo King's College London e pela Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego aplicou pela primeira vez com sucesso a terapia com bacteria³fagos (fagos) em camundongos para doenças hepa¡ticas relacionadas ao a¡lcool. Fagos são va­rus que destroem especificamente bactanãrias.

Em um artigo publicado hoje na revista Nature, a equipe descobriu que pacientes com hepatite alcoa³lica grave tinham um alto número de bactanãrias intestinais destrutivas e que podiam usar um coquetel preciso de fagos para atingir e matar as bactanãrias, erradicando a doena§a.

 Eles descobriram que, com esta doena§a, as células do fígado são lesadas por uma toxina chamada citolisina, secretada pelo Enterococcus faecalis , um tipo de bactanãria normalmente encontrada em baixos números no intestino humano sauda¡vel. Eles descobriram que pessoas com hepatite alcoa³lica tem mais E. faecalis produtoras de citolisina no esta´mago do que pessoas sauda¡veis. Quanto mais E. faecalis estiver presente, mais grave seráa doença hepa¡tica.

Usando amostras coletadas de pacientes, os pesquisadores descobriram que quase 90% dos pacientes positivos para citolisina com hepatite alcoa³lica morreram 180 dias após a internação hospitalar, em comparação com aproximadamente 4% dos pacientes negativos para citolisina.

Para investigar o potencial da terapia fa¡gica, os pesquisadores isolaram quatro fagos diferentes que visam especificamente E. faecalis produtora de citolisina . Quando eles trataram os ratos com estes, as bactanãrias foram erradicadas e a doença hepa¡tica induzida por a¡lcool foi abolida. Os fagos de controlo que visam outras bactanãrias ou E. faecalis não citola­ticos não tiveram efeito.

A professora Debbie Shawcross , professora de hepatologia e insuficiência hepa¡tica crônica no King's College London, disse: “A doença hepa¡tica crônica éresponsável por 1,2 milha£o de mortes em todo o mundo. a‰ a terceira maior causa de mortalidade prematura e perda da vida profissional, por trás de doenças carda­acas e danos pessoais. No Reino Unido, a maioria das pessoas morre de doença hepa¡tica relacionada ao a¡lcool em uma idade jovem, com 90% abaixo dos 70 anos e mais de 1 em cada 10 na faixa dos 40 anos. "

Este estudo inovador avaliou o papel potencial dos bacteria³fagos - va­rus que matam especificamente populações de bactanãrias no intestino - para alterar beneficamente o microbioma intestinal em doenças relacionadas ao a¡lcool. A equipe do estudo mostrou que os bacteria³fagos podem atingir especificamente E. faecalis citola­tico, fornecendo um manãtodo para editar com precisão o microbioma intestinal e oferecendo um novo manãtodo de tratamento para pacientes com hepatite alcoa³lica grave. Essa nova abordagem agora precisa ser expandida para ser testada em ensaios clínicos em humanos


 Professora Debbie Shawcross

Atualmente, a hepatite alcoa³lica grave émais comumente tratada com corticostera³ides, mas eles não tendem a ser eficazes. O transplante precoce de fígado éa única cura, mas são éoferecido em centros médicos selecionados a um número limitado de pacientes.

Com o aumento de infecções resistentes a antibia³ticos, os pesquisadores voltaram sua atenção para o desenvolvimento de terapia fa¡gica. Em casos limitados, pacientes com infecções bacterianas multirresistentes com risco de vida foram tratados com sucesso com terapia fa¡gica experimental depois que todas as outras alternativas foram esgotadas.

Agora, essa nova avenida de pesquisa precisa ser expandida para testar a segurança e a eficácia da terapia fa¡gica em ensaios clínicos em humanos em pacientes com a doença relacionada ao a¡lcool. Tambanãm éprova¡vel que outras formas de doença hepa¡tica crônica associada a alterações no microbioma intestinal também se beneficiem dessa nova abordagem, como a doença hepa¡tica gordurosa.


 Professora Debbie Shawcross

 

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