Saúde

Antiviral contra a gripe tem maiores benefa­cios para pacientes mais velhos e doentes
Um estudo realizado na Europa durante três temporadas de gripe constata que o medicamento antiviral, oseltamivir (Tamiflu®), pode ajudar as pessoas a se recuperarem de uma doença semelhante a  gripe cerca de um dia mais cedo, em média, com pacien
Por Ox.ac.uk/MaisConhecer - 19/12/2019


Flu antiviral tem benefa­cios maiores para mais doentes, pacientes mais velhos

Apesar de estar armazenado no Reino Unido desde 2006 e ser amplamente prescrito durante o surto de gripe sua­na em 2009, o oseltamivir continua sendo uma das drogas mais controversas em uso. Isso ocorre devido a  falta de evidaªncias de ensaios clínicos independentes para demonstrar sua eficácia no cuidado dia¡rio geral e se beneficia grupos-chave de pacientes.

Membro de uma classe de medicamentos chamados inibidores da neuraminidase, o oseltamivir érecomendado pelas agaªncias de saúde pública em todo o mundo para o tratamento e prevenção de surtos graves de influenza sazonal e pandaªmica.

Realizado com 3266 pacientes recrutados de prática s gerais em 15países europeus e com 26 organizações parceiras, éo primeiro estudo internacional de grande escala com financiamento paºblico para avaliar o tratamento antiviral para doenças semelhantes a  influenza na atenção prima¡ria.

Além de examinar os benefa­cios gerais do oseltamivir, os pesquisadores investigaram os efeitos em grupos-chave de pacientes, como os muito jovens ou idosos, que consultaram o cla­nico geral (GP) com sintomas de doença semelhante a  gripe.

O investigador principal de Oxford, o professor Chris Butler, cla­nico geral do Conselho de Saúde da Universidade Cwm Taf no Paa­s de Gales e professor de cuidados prima¡rios no departamento de ciências da saúde da atenção prima¡ria da Universidade de Oxford, disse:

“Descobrimos que o oseltamivir ajuda as pessoas a se recuperarem de uma doença semelhante a  gripe um dia mais cedo, em média, do que seria o caso sem ela.

“Pacientes mais velhos e doentes, com comorbidades e maior duração de doença anterior, mostraram maior benefa­cio geral e esperavam que seus sintomas desaparecessem dois a três dias antes do que aqueles que não haviam recebido o medicamento. No entanto, também descobrimos que as pessoas que tomaram oseltamivir experimentaram mais va´mitos e na¡usea.

'Ao fornecer evidaªncias por meio de um estudo dessa escala e usar uma nova abordagem de ensaio cla­nico, esperamos que os resultados sejam de grande interesse para governos, formuladores de políticas, empresas, profissionais e pacientes. A visão da UE ao financiar este estudo deve ser reconhecida, um estudo desse tipo são poderia ter sido realizado com uma ampla colaboração internacional em pesquisa e cla­nica internacional, apoiada por financiadores com visão de futuro comprometidos em melhorar as evidaªncias para apoiar o atendimento ao paciente de uma maneira geral. larga escala. Estudos desse tipo colocam a Europa na vanguarda de ensaios clínicos inovadores e de larga escala em ambientes clínicos. '

O estudo fez parte de um grande projeto multidisciplinar da UE, PREPARE, coordenado pelo professor Herman Goossens da Universidade de Antuanãrpia, na Banãlgica.

O investigador principal Professor Theo Verheij, Professor de Cla­nica Geral do Centro Julius, UMC Utrecht, Holanda, explicou: 'O que tornou o estudo ALIC4E diferente dos estudos anteriores, foi em três anãpocas de gripe, entre janeiro 2015 e abril de 2018 em 15países europeus.

Tambanãm foi conduzido de forma independente, projetado para refletir melhor como o medicamento seria usado na prática do mundo real, e avaliou um resultado relevante, combinando o retorno a s atividades habituais com febre, dor de cabea§a e dor muscular sendo menor ou ausente. Usamos um projeto de estudo novo e flexa­vel para não apenas identificar os efeitos manãdios, mas também para verificar se havia algum benefa­cio adicional especa­fico para aqueles com certos fatores de risco, permitindo que decisaµes de prescrição mais precisas e personalizadas fossem tomadas. '

A pesquisa também descobriu que:

  • Ao contra¡rio de muitas diretrizes cla­nicas, o ini­cio do tratamento com oseltamivir 48 horas após a primeira aparição dos sintomas resulta em benefa­cios semelhantes aos de 48 horas após a primeira aparição dos sintomas;
  • Pouco menos antibia³ticos (uma redução de 4%) foram usados ​​por aqueles que receberam oseltamivir;
  • Houve um pouco menos relatos (uma redução de 6%) de novas infecções semelhantes a  influenza nos domica­lios daqueles que receberam o medicamento.
  • Os participantes com gripe confirmada não se beneficiaram mais do que aqueles que tiveram resultado negativo para o va­rus.
O estudo confirmou os efeitos colaterais conhecidos do oseltamivir, com pacientes tomando-o mostrando maiores incidaªncias de va´mito ou na¡usea, sugerindo que os médicos de cla­nica geral precisara£o pesar os efeitos negativos do medicamento contra os possa­veis benefa­cios para diferentes grupos de pacientes.

O artigo completo, ' Oseltamivir mais cuidados usuais versus cuidados usuais para doenças semelhantes a  influenza na atenção prima¡ria: um ensaio cla­nico aberto, pragma¡tico e controlado randomizado ', pode ser lido no The Lancet .

 

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