Saúde

Cientistas se aproximam de vacina contra demaªncia
Embora uma vacina para demaªncia esteja a um longo caminho, pesquisadores recentemente fizeram alguns passos mais pra³ximos. Os autores de um estudo recente em ratos esperam que, nos pra³ximos anos, eles possam passar para testes em humanos.
Por Tim Newmanem - 05/01/2020



Globalmente, a demaªncia afeta cerca de 50 milhões de pessoas. Como as demaªncias são principalmente uma doença da idade avana§ada, éprova¡vel que esse número aumente a  medida que a expectativa média de vida aumenta.

De fato, alguns cientistas calcularam que o a´nus da demaªncia nos Estados Unidos poderia dobrar até2060.

A doença de Alzheimer , que éa forma mais comum de demaªncia, écaracterizada por alterações no cérebro. Especificamente, háum acaºmulo de beta-amila³ide, que éuma protea­na que produz placas amila³ides. Da mesma forma, outra protea­na, conhecida como tau, se acumula para formar emaranhados neurofibrilares. Juntas, essas protea­nas conduzem ao decla­nio cognitivo e a  neurodegeneração.

Atualmente, não hácura para a demaªncia, e os tratamentos são limitados. Ao longo dos anos, vários candidatos promissores a medicamentos não tiveram sucesso em testes em humanos.

Um ataque preventivo

Os autores do presente estudo acreditam que uma das razões pelas quais as drogas experimentais falharam éporque o tratamento é"iniciado tarde demais no processo patola³gico".

Eles acreditam que, uma vez que o mecanismo da doença esteja em pleno andamento, émais difa­cil trazer o cérebro de volta a um estado sauda¡vel.

om isso em mente, os cientistas estãoconcentrando sua energia no desenvolvimento de vacinas que podem ser usadas antes que os sintomas surjam, interrompendo a demaªncia. O estudo mais recente nesse sentido estãoagora dispona­vel na revista Alzheimer's Research & Therapy.

Os autores, da Universidade da Califa³rnia, Irvine, e do Instituto de Medicina Molecular em Huntington Beach, CA, investigaram uma abordagem de vacina combinada.

Os cientistas acreditam que a combinação de placas beta-amila³ides e emaranhados neurofibrilares pode trabalhar em conjunto para acelerar a neurodegeneração. Os autores do estudo recente explicam que essas duas patologias distintas "podem interagir para desencadear a progressão do comprometimento [...] cognitivo leve" para a doença de Alzheimer.

Com isso em mente, os pesquisadores tentaram atingir os dois tipos de acaºmulo de protea­nas de uma são vez. Eles esperavam que, atingindo ambos os alvos, pudessem ter mais sucesso do que os medicamentos que se aproximam um de cada vez.

Uma nova vacina

Estudos anteriores em camundongos demonstraram que duas vacinas, conhecidas como AV-1959R e AV-1980R, produzem uma resposta de anticorpos para beta-amila³ide e tau, respectivamente. No novo estudo, os autores investigam seu efeito combinado.

Os cientistas realizaram sua pesquisa usando ratos que desenvolvem agregados patola³gicos de tau e beta-amila³ide. Eles desenvolveram uma vacina que consiste em AV-1959R e AV-1980R.

a‰ importante ressaltar que os cientistas entregaram esses medicamentos juntamente com um adjuvante chamado AdvaxCpG, que ajuda a produzir uma resposta imunola³gica mais forte nos animais que recebem a vacina. Outro autor do artigo atual, o Prof. Nikolai Petrovsky, da Universidade de Flinders, no sul da Austra¡lia, projetou esse adjuvante.

Como esperado, os pesquisadores descobriram que a terapia combinada induziu a produção de anticorpos para tau e beta-amila³ide. Por sua vez, esses anticorpos reduziram os na­veis de tau insolaºvel e beta-amila³ide que produzem placas e emaranhados. Os autores concluem:

" Tomados em conjunto, essas descobertas justificam o desenvolvimento adicional dessa tecnologia de vacina para testes finais em humanos [doença de Alzheimer]".

Como os cientistas já demonstraram que esses tipos de vacinas e adjuvantes são seguros em humanos, eles esperam que em breve levem essa pesquisa para o pra³ximo na­vel. Os autores acreditam que dentro de 2 anos, eles poderiam levar esta vacina em duas frentes para ensaios clínicos.

Como muitas tentativas anteriores de tratar demaªncia falharam, éimportante abordar este estudo recente com cautela. No entanto, a sugestãode que uma vacina para demaªncia possa estar no horizonte éum motivo para ser animado.

As tentativas anteriores de projetar uma vacina contra demaªncia produziram, da mesma forma, resultados positivos, mas ainda não deram frutos. Embora este estudo mais recente se baseie em trabalhos anteriores e tenha vários fatores a seu favor, apenas o tempo dira¡ se seráeficaz em humanos.

 

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