Saúde

A ativação de uma via genanãtica distinta pode retardar o progresso do câncer de mama metasta¡tico
A meta¡stase, a disseminação de células tumorais para locais distantes, éa principal causa de morte das pessoas afetadas pelo ca¢ncer. Sem cura terapaªutica dispona­vel, fica claro que novos tratamentos são necessa¡rios com urgência.
Por Universidade La Trobe - 17/01/2020


A ativação da via de sinalização BMP4 apresenta uma nova estratanãgia terapaªutica para combater o câncer de mama metasta¡tico, uma doença que não mostrou redução na mortalidade de pacientes nos últimos 20 anos.

Em um estudo publicado hoje na revista internacional Cancer Research, uma revista da Associação Americana de Pesquisa do Ca¢ncer, pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Ca¢ncer Olivia Newton-John (Escola de Medicina do Ca¢ncer da Universidade La Trobe) mostraram que quando a protea­na a³ssea morfogenanãtica Quando a protea­na-4 (BMP4) édesativada, o câncer de mama pode se tornar mais agressivo. A BMP4 éativa durante o desenvolvimento fetal e émantida durante a vida adulta em alguns órgãos sauda¡veis, incluindo a mama.

Neste estudo, liderado pelos investigadores Dr. Bedrich Eckhardt (pesquisador de pa³s-doutorado Susan G Komen) e pelo professor Robin Anderson (chefe do Programa Translacional de Ca¢ncer de Mama), foi levantada a hipa³tese de que a restauração da atividade do BMP4 impediria a capacidade de meta¡stase dos tumores de mama.

"Na sua essaªncia, este estudo demonstrou que altos na­veis da protea­na BMP4 em pacientes com câncer de mama estãoassociados a melhores resultados, associados a uma redução no câncer de mama metasta¡tico", disse o Prof Anderson. "Esta éuma descoberta interessante, pois não háredução nas taxas de mortalidade de pessoas com câncer de mama metasta¡tico hámais de 20 anos".

Este estudo de pesquisa translacional revelou que os na­veis da protea­na BMP4 são frequentemente reduzidos no câncer de mama em esta¡gio avana§ado. Mas quando os na­veis de BMP4 foram restaurados em modelos pré-clínicos de câncer de mama metasta¡tico, ele poderia bloquear meta¡stases distantes em vários órgãos, incluindo pulma£o e osso. Essas descobertas foram alcana§adas atravanãs da colaboração de pesquisadores do Peter MacCallum Cancer Center, do Hospital Fiona Stanley (Universidade da Austra¡lia Ocidental) e do MD Anderson Cancer Center (Universidade do Texas, EUA).

"Como parte do estudo, fomos capazes de demonstrar como o BMP4 ativa as vias celulares para bloquear a capacidade de meta¡stase das células tumorais", explica o Dr. Eckhardt, "e mostra importante que as principais protea­nas induzidas pelo BMP4 são cra­ticas para bloquear a meta¡stase, reduzindo a número de células tumorais circulantes no sangue ".

Embora o objetivo final seja trazer uma nova terapia para a cla­nica atravanãs de ensaios clínicos, a próxima fase da pesquisa se concentrara¡ em encontrar um composto que imite as ações anti-metasta¡ticas da BMP4.

"Um desafio atual éque a protea­na BMP4 tenha uma meia-vida ativa de apenas 15 minutos ou menos no corpo após a administração, portanto não éuma terapia prática a longo prazo", disse o Prof Anderson. "Vamos agora nos concentrar em encontrar uma maneira mais terapeuticamente via¡vel de imitar a ação do BMP4 in vivo como uma nova terapia de chumbo para pacientes com câncer de mama metasta¡tico".

Prof Anderson.

 

.
.

Leia mais a seguir