Estudo identifica subprodutos ta³xicos desconhecidos potencialmente presentes na águapota¡vel
Pesquisadores da Universidade John Hopkins descobriram que o manãtodo mais comum para desinfetar a água- a cloraça£o - pode gerar subprodutos ta³xicos que não foram identificados anteriormente.
Crédito de imagem: Fizkes / Shutterstock.com
A equipe afirma que os subprodutos produzidos quando compostos naturais chamados fena³is reagem com o cloro podem ser perdidos pelos manãtodos atualmente usados ​​para testar a segurança da águapota¡vel.
A adição de cloro éo manãtodo mais comumente usado para eliminar a águapota¡vel de micróbios potencialmente perigosos e, desde que foi introduzido no inicio do século passado, protegeu milhões de pessoas de doenças transmitidas pela a¡gua. Â
O processo "traz consequaªncias indesejadas"
"Nãohádaºvida de que o cloro ébenanãfico; a cloração salvou milhões de vidas em todo o mundo de doenças como febre tifa³ide e ca³lera desde sua chegada no inicio do século 20", diz o principal autor Carsten Prasse.
"Mas esse processo de matar bactanãrias e varus potencialmente fatais tem consequaªncias não intencionais. A descoberta desses subprodutos altamente desconhecidos e altamente ta³xicos levanta a questãode quanta cloração érealmente necessa¡ria".
"Em outrospaíses, especialmente na Europa, a cloração não éusada com tanta frequência, e a águaainda estãoprotegida de doenças transmitidas pela a¡gua. Na minha opinia£o, precisamos avaliar quando a cloração érealmente necessa¡ria para a proteção da saúde humana e quando abordagens alternativas podem ser melhor ".
Prasse
Os cientistas já estãocientes dos subprodutos potencialmente perigosos que podem ser produzidos quando os fena³is presentes na águapota¡vel se misturam ao cloro, mas de acordo com a Organização Mundial de Saúde “os riscos a saúde desses subprodutos são extremamente pequenos em comparação com os riscos associados com desinfecção inadequada. â€
No entanto, Prasse diz que os manãtodos atualmente usados ​​para analisar a águapota¡vel não conseguem detectar todos os subprodutos e que alguns deles podem ser perigosos para a saúde.
Os pesquisadores usaram outra técnica
Para o estudo atual, Prasse e colegas usaram um aminoa¡cido comumente empregado em análises toxicola³gicas para detectar compostos nocivos chamados eletra³filos reativos. Estes compostos foram previamente associados a várias doenças diferentes.
Os pesquisadores adicionaram esse aminoa¡cido - N-α-acetil-lisina - a águaque foi clorada usando os mesmos manãtodos comerciais para o tratamento de águapota¡vel. Depois de deixar a águapara incubar por um dia, a equipe usou um manãtodo analatico chamado espectrometria de massa para testar se havia eletra³filos que reagissem com N-α-acetil-lisina.
Conforme relatado recentemente na revista Environmental Science & Technology , a análise revelou a presença de dois compostos canceragenos ta³xicos: 2-buteno-1,4-dial e cloro-2-buteno-1,4-dial. Prasse diz que esses compostos nunca foram identificados na águapota¡vel clorada antes.
Embora os autores reconhea§am que este foi um estudo baseado em laboratório e esses compostos ta³xicos ainda não foram testados em águapota¡vel real, eles dizem que os resultados mostram que os subprodutos podem ser formados nas condições aplicadas em seu experimento. Â
Os resultados levantam questões sobre a segurança da águapota¡vel e das técnicas de desinfecção
As descobertas levantam questões sobre se esses subprodutos recentemente identificados estãopresentes em naveis altos o suficiente para representar um risco a saúde humana e se outros manãtodos de desinfecção, como tratamento com luz UV ou filtração, devem ser usados.
"Em outrospaíses, especialmente na Europa, a cloração não éusada com tanta frequência, e a águaainda estãoprotegida de doenças transmitidas pela a¡gua. Na minha opinia£o, precisamos avaliar quando a cloração érealmente necessa¡ria para a proteção da saúde humana e quando abordagens alternativas podem ser melhor ", diz Prasse.
Prasse acrescenta que são claramente necessa¡rias novas técnicas que permitira£o a avaliação de subprodutos nocivos que podem ser formados quando cloro ou outros produtos químicos são usados ​​para fins de desinfecção:
"Uma das razões pelas quais reguladores e empresas de servia§os paºblicos não estãomonitorando esses compostos éque eles não tem as ferramentas para encontra¡-los", conclui.Â