Saúde

Mulheres gra¡vidas não correm maior risco de COVID-19 grave do que outras mulheres
As informaa§aµes para o estudo foram coletadas em todos os 194 hospitais do Reino Unido com uma maternidade liderada por consultores.
Por Oxford - 14/05/2020


Mulheres gra¡vidas não correm maior risco de COVID-19 grave do que outras mulheres
Crédito da imagem: Shutterstock

Pesquisadores da Universidade de Oxford, em colaboração com o Royal College of Obstetricians and Gynecologists, as Universidades de Leeds e Birmingham, Kings e Imperial Colleges London, publicaram uma nova pesquisa que sugere que as mulheres gra¡vidas não tem mais probabilidade de adoecer com COVID- grave. 19 do que mulher não gra¡vida. No entanto, a maioria das mulheres que ficaram gravemente doentes estava no terceiro trimestre de gravidez, enfatizando a importa¢ncia do distanciamento social para esse grupo.

O estudo, publicado hoje como pré-impressão, analisou 427 mulheres gra¡vidas internadas em hospitais no Reino Unido entre 1 de mara§o e 14 de abril de 2020 com COVID-19 confirmado (4,9 mulheres em cada 1.000 mulheres gra¡vidas, sugerindo que mulheres gra¡vidas não estãoem maior risco de sofrer doença grave). As informações para o estudo foram coletadas em todos os 194 hospitais do Reino Unido com uma maternidade liderada por consultores.

Mulheres gra¡vidas de minorias anãtnicas e negras eram mais propensas a serem internadas no hospital por COVID-19. Essa desigualdade persistiu mesmo quando as mulheres de Londres, West Midlands e North West foram exclua­das da análise, o que significa que a diferença não pode ser explicada pelas taxas mais altas de infecção por COVID-19 nessas áreas.

A análise também mostrou que mulheres gra¡vidas mais velhas, com sobrepeso ou obesidade, e mulheres gra¡vidas com problemas médicos pré-existentes, como pressão alta e diabetes, eram mais propensas a serem internadas no hospital com a infecção. As mulheres que foram internadas no hospital com COVID-19 durante a gravidez tiveram menos probabilidade de fumar do que um grupo de mulheres gra¡vidas comparadas.

Outras descobertas importantes do estudo incluem:

Um em cada cinco bebaªs nascidos de ma£es hospitalizadas com COVID-19 nasceram pré-maduros e foram admitidos em uma unidade neonatal
Um em cada vinte bebaªs nascidos teve um teste positivo para COVID-19, mas apenas metade deles imediatamente após o nascimento

Sessenta por cento das mulheres internadas no hospital já deram a  luz, enquanto as restantes quarenta por cento tem gestações em andamento. A maioria das mulheres já recebeu alta para casa. Cerca de uma em cada dez mulheres necessitou de cuidados intensivos e, infelizmente, cinco morreram.

O estudo, publicado hoje como pré-impressão, analisou 427 mulheres gra¡vidas internadas em hospitais no Reino Unido entre 1 de mara§o e 14 de abril de 2020 com COVID-19 confirmado (4,9 mulheres em cada 1.000 mulheres gra¡vidas, sugerindo que mulheres gra¡vidas não estãoem maior risco de sofrer doença grave). As informações para o estudo foram coletadas em todos os 194 hospitais do Reino Unido com uma maternidade liderada por consultores.


Os resultados para bebaªs nascidos de ma£es com COVID-19 foram principalmente bons. Embora quase um em cada cinco tenha nascido prematuro e tenha sido internado em uma unidade neonatal, menos de vinte bebaªs nasceram muito prematuros (quando suas ma£es estavam com menos de 32 semanas de gravidez). Um em cada vinte bebaªs nascidos teve um teste positivo para COVID-19, mas apenas metade desses bebaªs teve um teste positivo imediatamente após o nascimento, sugerindo que a transmissão da infecção de ma£e para bebaª ébaixa.
 
A professora Marian Knight, professora de Saúde da População Materna e Infantil no Departamento de Saúde da População de Nuffield, Universidade de Oxford e pesquisadora principal do estudo, disse: 'Um número muito pequeno de mulheres gra¡vidas fica gravemente doente com o COVID-19 e, infelizmente, algumas mulheres morreram. Nossos pensamentos devem permanecer com suas fama­lias. a‰ preocupante que mais mulheres gra¡vidas de grupos anãtnicos negros e minorita¡rios sejam admitidas com COVID-19 durante a gravidez e isso precise de investigação urgente.

“A maioria das mulheres gra¡vidas que foram internadas no hospital estava com mais de seis meses de gravidez, o que enfatiza a importa¢ncia de medidas de distanciamento social continuadas nas fases posteriores da gravidez. Seguir as orientações atuais sobre o distanciamento social cuidadoso ajudara¡ a prevenir a infecção".

Edward Morris, presidente do Royal College of Obstetricians and Gynecologists e autor do estudo, disse: 'A admissão com infecção na gravidez também estãoassociada a  idade materna mais avana§ada, sobrepeso e obesidade e presença de condições médicas pré-existentes. A conscientização desses fatores éimportante para as mulheres e seus médicos e parteiras, para ajudar a garantir que as mulheres recebam aconselhamento adequado sobre prevenção e complicações do COVID-19 sejam reconhecidas precocemente. Aconselhamento e orientação detalhados para as mulheres estãodisponí­veis no site do RCOG.

Gill Walton, diretor executivo do Royal College of Midwives, disse: 'Durante esta crise atual, as gestações continuaram, os bebaªs nasceram e, durante todo o processo, as parteiras estiveram ao seu lado, apoiando e cuidando delas. a‰ absolutamente vital que as mulheres continuem a comparecer a s consultas pré-natais para garantir que elas e seus bebaªs estejam bem. Manter contato com sua equipe de servia§os de maternidade ajudara¡ a aliviar qualquer preocupação e permitira¡ que eles ajam rapidamente quando necessa¡rio. '

As informações para o estudo foram coletadas usando um sistema de pesquisa chamado UK Obstetric Surveillance System (UKOSS). O estudo foi financiado pelo Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde em 2012, em preparação para a possibilidade de uma pandemia, para garantir que possamos coletar informações precisas para aconselhar as mulheres gra¡vidas, suas parteiras e médicos. Foi ativado em mara§o e as informações estãosendo usadas para orientar a resposta em andamento. Este estudo éum dos vários estudos do COVID-19 que receberam status de pesquisa de saúde pública urgente pelo Diretor Manãdico / Vice-Diretor Manãdico da Inglaterra.

 

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