Saúde

Amostras de Espaços paºblicos podem mostrar como o coronava­rus se espalha pelo ar
Um novo estudo ira¡ explorar se minaºsculas gota­culas epartículas transportadas pelo ar podem espalhar o coronava­rus em ambientes como supermercados, escolas e ruas movimentadas.
Por Ryan O'Hare - 01/03/2021


Getty Images

Liderada pelo Imperial College London e pela University of Surrey, a pesquisa ira¡ coletar amostras de uma ampla gama de Espaços paºblicos para ver se gota­culas microsca³picas suspensas no ar, por tossir ou falar, podem transportar e dispersar o va­rus COVID-19 'vivo' ( chamado SARS-CoV-2) capaz de causar infecção.

O trabalho também analisara¡ se o va­rus pode ser dispersado mais longe, pegando carona empartículas na atmosfera, como pequenaspartículas de poluição de vea­culos ou poeira.

Financiado pelo Conselho de Pesquisa em Ciências Fa­sicas e Engenharia do UKRI (EPSRC) , o projeto COVAIR comea§ara¡ este maªs, com pesquisadores que pretendem amostrar locais em Londres: primeiro em hospitais, depois estendendo-se a locais como escolas, lares de idosos, escrita³rios, cruzamentos de tra¡fego , supermercados, estações de trem e metra´ e a´nibus.

“Esta pesquisa ajudara¡ a responder a algumas das perguntas não respondidas sobre a transmissão aanãrea do SARS-CoV-2, o va­rus que causa o COVID-19”, disse o professor Fan Chung, principal investigador do Imperial College London.

Acreditamos que os aerossãois, como gota­culas finas da tosse e pequenaspartículas no ar, podem ser importantes para as vias aanãreas de infecção de curto e longo alcance para os pulmaµes.

Professor Fan Chung - Colanãgio Imperial de Londres

O va­rus SARS-CoV-2 de pessoas infectadas pode ser dispersado por gota­culas liberadas na atmosfera por meio da tosse, da fala e atéda respiração normal. 

A pesquisa sugere que a menor dessas gota­culas denominadas aerossãois que são 10 vezes menores que a largura do cabelo humano (menos de 5μM de dia¢metro) podem permanecer suspensas no ar por horas e viajar mais do que alguns metros para pousar nassuperfÍcies, onde pode persistir por dias. A transmissão do SARS-Cov2 por aerossol foi demonstrada em Espaços confinados, como em hospitais que tratam de pacientes com COVID-19. 

Existem também algumas evidaªncias que sugerem que o va­rus poderia ser disperso por distâncias muito maiores, aderindo apartículas poluentes na atmosfera. Esses aerossãois epartículas poluentes contendo o va­rus podem então ser inalados diretamente nos pulmaµes das pessoas presentes na área. 

No entanto, atualmente existe uma lacuna importante em nosso conhecimento quanto aos na­veis de va­rus 'vivos' ou 'via¡veis' circulando no ar que poderiam ser inalados e causar infecção.

De acordo com a equipe, detectar va­rus via¡veis ​​no ar pode ter implicações para medidas de proteção em Espaços paºblicos.

O professor Chung explicou: “Acreditamos que os aerossãois, como as gota­culas da tosse e pequenaspartículas no ar, podem ser importantes para as vias aanãreas de infecção para os pulmaµes de curto e longo alcance, como foi demonstrado para a gripe.

“No caso de transmissão de longo alcance, também verificaremos se o va­rus pode ser transmitido porpartículas poluentes finas. Esta pesquisa pode ter implicações importantes sobre como nos proteger de ser infectados. ”

O professor Prashant Kumar , coinvestigador principal da Universidade de Surrey , disse: “Este projeto ésobre como usar nossa riqueza de conhecimento coletivo para identificar se podemos localizar este va­rus mortal, rastrear sua existaªncia em aerossãois e tornar nossos Espaços urbanos mais seguros. ”

Procurando va­rus

Uma sanãrie de projetos buscou amostrar o ambiente para a presença do va­rus no ar, usando PCR. Embora a abordagem seja capaz de detectar o SARS-CoV-2 a partir de sua impressão digital genanãtica, ela não pode mostrar se o va­rus detectado ainda évia¡vel e capaz de causar infecção. 

No estudo COVAIR, os pesquisadores tera£o como objetivo coletar amostras de ar de vários locais. Eles sera£o transferidos para um laboratório de alta contenção e cultivados para ver se são capazes de replicar o va­rus via¡vel - um indicador de que o va­rus pode causar uma infecção nos pulmaµes da pessoa que inalar o aerossol oupartículas infecciosas.

Inicialmente, a equipe tentara¡ detectar o va­rus no ar em hospitais que tratam de pacientes com COVID-19. Assim que seus manãtodos forem validados, eles usara£o a abordagem para caçar o SARS-CoV-2 em outros ambientes urbanos, incluindo plataformas de trem, escrita³rios e shopping centers.

O professor Kumar disse: “Estamos contribuindo ativamente para a pesquisa do COVID-19 sobre a transmissão aanãrea do COVID-19, que teve um impacto devastador em todas as nossas vidas e ainda hámuito que não entendemos sobre isso.

“Acredito que ésomente por meio desses projetos colaborativos que podemos nos preparar melhor para as batalhas contra esse va­rus que temos pela frente.”

O professor Chung acrescentou: “COVID-19 continua a ter um grande impacto na vida de todas as pessoas do planeta. Portanto, éimportante aprender mais sobre como podemos nos proteger desse va­rus mortal.

“O COVAIR vai averiguar se o va­rus vivo pode ser transmitido por aerossãois oupartículas poluentes no ar. Ele tera¡ como base a experiência que desenvolvemos em nosso estudo atual da INHALE no Imperial, que visa avaliar o impacto da poluição do ar na saúde pessoal em ambientes urbanos.

“Se formos capazes de detectar va­rus via¡veis ​​no ar, isso pode ter implicações para medidas de proteção adicionais que as pessoas precisariam tomar em Espaços paºblicos.” 

A amostragem inicial estãoprevista para comea§ar no Royal Brompton Hospital nas próximas semanas.

Este estudo éapoiado pelo financiamento Agile Research and Innovation Response do UKRI para COVID-19.

 

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