Saúde

O medicamento da imunoterapia retarda o ini­cio do diabetes tipo 1 no grupo de risco
No ensaio, uma análise de 76 indivíduos mostrou na­veis reduzidos de danos causados ​​por células T em resposta ao medicamento e melhor funcionamento das células beta produtoras de insulina naqueles que receberam teplizumabe.
Por Bill Hathaway - 07/03/2021


(© Shutterstock)

Em um novo ensaio supervisionado por pesquisadores da Yale Medicine, metade de um grupo de pessoas com alto risco de desenvolver diabetes tipo 1 permaneceu livre da doença por mais de cinco anos após receber um medicamento experimental, em comparação com 22% daqueles que receberam um placebo. 

E aqueles que desenvolveram diabetes o fizeram em média cerca de cinco anos depois de receber o novo medicamento, chamado teplizumab, em comparação com 27 meses para aqueles que receberam o placebo.

O estudo, que foi feito em colaboração com pesquisadores da Universidade de Indiana, foi publicado em 3 de mara§o na revista Science Translational Medicine.

“ Se aprovado para uso, este seráo primeiro medicamento a atrasar ou prevenir o diabetes tipo 1”, disse  Kevan Herold , CNH Long Professor de Imunobiologia e Medicina (Endocrinologia) em Yale e co-autor saªnior do artigo.

A droga, desenvolvida pela empresa de biotecnologia Provention, foi premiada com o status de inovação pela Food and Drug Administration dos EUA e pode ser aprovada para uso geral no vera£o, disse Herold.

No ensaio, uma análise de 76 indivíduos mostrou na­veis reduzidos de danos causados ​​por células T em resposta ao medicamento e melhor funcionamento das células beta produtoras de insulina naqueles que receberam teplizumabe.

Os participantes do estudo tinham uma idade média de 13 anos e parentes com diabetes tipo 1.

O novo estudo éo resultado de 30 anos de trabalho do laboratório de Herold para encontrar novos tratamentos para o diabetes tipo 1. Os resultados são um seguimento de outro estudo cla­nico organizado pela TrialNet, uma coaliza£o internacional dedicada ao estudo da doena§a. Esse estudo, que foi publicado em 2019, mostrou um atraso no aparecimento de diabetes tipo 1 entre aqueles que receberam teplizumabe.

O diabetes tipo 1 éuma doença auto-imune em que as células T de uma pessoa atacam as células beta produtoras de insulina no pa¢ncreas. Aqueles diagnosticados requerem tratamento com insulina por toda a vida e enfrentam maior risco de morte e doenças que afetam o coração, os rins e a visão. O diagnóstico da doença geralmente ocorre durante a infa¢ncia ou adolescaªncia.

Herold enfatizou que não se sabe se alguns dos indivíduos que receberam teplizumabe nunca desenvolvera£o diabetes tipo 1. Mas atrasar o ini­cio da doença pode ter um grande impacto no desenvolvimento das pessoas de alto risco.

“ Qualquer período sem diabetes éimportante, mas especialmente para aquelas criana§as que podem ter a chance de crescer sem ele”, disse ele.

O estudo foi financiado pelo Instituto Nacional de Diabetes e Doena§as Digestivas e Renais.

Emily Sims, da Escola de Medicina da Universidade de Indiana, éa autora principal do estudo.

O patrocinador do estudo foi o Type 1 Diabetes TrialNet Study Group, uma rede financiada pelos National Institutes of Health e JRDF.

 

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