Saúde

Mudanças no microbioma intestinal no estudo longitudinal de bebaªs precedem o ini­cio da doença cela­aca
Neste estudo, os pesquisadores usaram a análise metagena´mica que lhes permitiu vincular a composia§a£o microbiana com a funa§a£o, destacandomudanças nas vias associadas a processos inflamata³rios aumentados ou reduzidos inflamaa§a£o.
Por Hospital Geral de Massachusetts - 12/07/2021


Pixabay

Ao implementar uma abordagem prospectiva de longo prazo para o desenvolvimento da doença cela­aca, um grupo colaborativo de pesquisadores identificoumudanças microbianas substanciais nos intestinos de bebaªs em risco antes do ini­cio da doena§a. Usando técnicas avana§adas de sequenciamento gena´mico, pesquisadores do MassGeneral Hospital for Children (MGHfC), juntamente com colegas de instituições na Ita¡lia e na Universidade de Maryland, College Park, descobriram alterações pré-cla­nicas distintas em várias espanãcies, vias e metaba³litos em criana§as que desenvolveram doença cela­aca em comparação com criana§as em risco que não desenvolveram doença cela­aca.

Como parte do Estudo de Doena§a Cela­aca, Gena´mica, Microbioma e Metabola´mica (CDGEMM) do MGHfC, os pesquisadores identificarammudanças nos microbiomas intestinais (coleção de microrganismos) e metabolomas (componentes moleculares de células e tecidos) de bebaªs que ocorreram meses antes do ini­cio da doença cela­aca. Asmudanças incluem um "aumento da abunda¢ncia de espanãcies pra³-inflamata³rias e diminuição da abunda¢ncia de espanãcies protetoras e antiinflamata³rias em vários pontos de tempo anteriores ao ini­cio da doena§a", de acordo com o artigo do grupo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences .

"Neste estudo de prova de conceito, comparamos o microbioma intestinal de 10 criana§as que desenvolveram doença cela­aca com o microbioma intestinal de 10 criana§as que não desenvolveram a doença autoimune", disse Maureen Leonard, MD, autora principal e diretor cla­nico do Centro de Pesquisa e Tratamento da Cela­aca do MGHfC. “Encontramosmudanças significativas nos micróbios intestinais, vias e metaba³litos 18 meses antes do ini­cio da doena§a. Isso foi muito antes do que espera¡vamos”, acrescenta Leonard.

No CDGEMM, pesquisadores da Ita¡lia, Espanha e Estados Unidos estãoestudando 500 bebaªs geneticamente em risco desde o nascimento atéos dez anos de idade, permitindo-lhes rastrearmudanças na microbiota intestinal antes que a doença cela­aca se desenvolva. Os pesquisadores do CDGEMM tem coletado extensas amostras de sangue e fezes e dados ambientais volumosos de cada participante desde 2014. Neste estudo, os pesquisadores usaram a análise metagena´mica que lhes permitiu vincular a composição microbiana com a função, destacandomudanças nas vias associadas a processos inflamata³rios aumentados ou reduzidos inflamação. "Este estudo demonstra o poder do sequenciamento de próxima geração juntamente com a bioinforma¡tica para detectar essasmudanças importantes", diz a coautora Rita Colwell, Ph.D., do Instituto de Estudos Avana§ados de Computação da Universidade de Maryland, College Park.

"Precisa¡vamos de um estudo longitudinal de coorte de nascimento desses bebaªs em risco para mover a pesquisa do microbioma de observações associativas para estudos mais causais", disse o autor saªnior Alessio Fasano, MD, diretor do Centro de Pesquisa e Tratamento da Cela­aca do MGHfC. "Esta abordagem nos ajudara¡ a desenvolver novas estratanãgias para o diagnóstico e tratamento de uma variedade de condições nas quais o microbioma pode desempenhar um papel patogaªnico", acrescenta Fasano.

Ele sugere que essas descobertas, se confirmadas por conjuntos de dados maiores, podem representar alvos terapaªuticos específicos para a interceptação da doença e possí­vel prevenção do ini­cio da doença cela­aca por meio da manipulação do microbioma durante a fase pré-cla­nica. “Com essas descobertas, prevemos que seremos capazes de distinguir quem permanecera¡ sauda¡vel e quem desenvolvera¡ a doença cela­aca meses antes do ini­cio da doença ”, acrescenta Fasano.

 

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