Mudanças no microbioma intestinal no estudo longitudinal de bebaªs precedem o inicio da doença celaaca
Neste estudo, os pesquisadores usaram a análise metagena´mica que lhes permitiu vincular a composia§a£o microbiana com a funa§a£o, destacandomudanças nas vias associadas a processos inflamata³rios aumentados ou reduzidos inflamaa§a£o.
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Ao implementar uma abordagem prospectiva de longo prazo para o desenvolvimento da doença celaaca, um grupo colaborativo de pesquisadores identificoumudanças microbianas substanciais nos intestinos de bebaªs em risco antes do inicio da doena§a. Usando técnicas avana§adas de sequenciamento gena´mico, pesquisadores do MassGeneral Hospital for Children (MGHfC), juntamente com colegas de instituições na Ita¡lia e na Universidade de Maryland, College Park, descobriram alterações pré-clanicas distintas em várias espanãcies, vias e metaba³litos em criana§as que desenvolveram doença celaaca em comparação com criana§as em risco que não desenvolveram doença celaaca.
Como parte do Estudo de Doena§a Celaaca, Gena´mica, Microbioma e Metabola´mica (CDGEMM) do MGHfC, os pesquisadores identificarammudanças nos microbiomas intestinais (coleção de microrganismos) e metabolomas (componentes moleculares de células e tecidos) de bebaªs que ocorreram meses antes do inicio da doença celaaca. Asmudanças incluem um "aumento da abunda¢ncia de espanãcies pra³-inflamata³rias e diminuição da abunda¢ncia de espanãcies protetoras e antiinflamata³rias em vários pontos de tempo anteriores ao inicio da doena§a", de acordo com o artigo do grupo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences .
"Neste estudo de prova de conceito, comparamos o microbioma intestinal de 10 criana§as que desenvolveram doença celaaca com o microbioma intestinal de 10 criana§as que não desenvolveram a doença autoimune", disse Maureen Leonard, MD, autora principal e diretor clanico do Centro de Pesquisa e Tratamento da Celaaca do MGHfC. “Encontramosmudanças significativas nos micróbios intestinais, vias e metaba³litos 18 meses antes do inicio da doena§a. Isso foi muito antes do que espera¡vamosâ€, acrescenta Leonard.
No CDGEMM, pesquisadores da Ita¡lia, Espanha e Estados Unidos estãoestudando 500 bebaªs geneticamente em risco desde o nascimento atéos dez anos de idade, permitindo-lhes rastrearmudanças na microbiota intestinal antes que a doença celaaca se desenvolva. Os pesquisadores do CDGEMM tem coletado extensas amostras de sangue e fezes e dados ambientais volumosos de cada participante desde 2014. Neste estudo, os pesquisadores usaram a análise metagena´mica que lhes permitiu vincular a composição microbiana com a função, destacandomudanças nas vias associadas a processos inflamata³rios aumentados ou reduzidos inflamação. "Este estudo demonstra o poder do sequenciamento de próxima geração juntamente com a bioinforma¡tica para detectar essasmudanças importantes", diz a coautora Rita Colwell, Ph.D., do Instituto de Estudos Avana§ados de Computação da Universidade de Maryland, College Park.
"Precisa¡vamos de um estudo longitudinal de coorte de nascimento desses bebaªs em risco para mover a pesquisa do microbioma de observações associativas para estudos mais causais", disse o autor saªnior Alessio Fasano, MD, diretor do Centro de Pesquisa e Tratamento da Celaaca do MGHfC. "Esta abordagem nos ajudara¡ a desenvolver novas estratanãgias para o diagnóstico e tratamento de uma variedade de condições nas quais o microbioma pode desempenhar um papel patogaªnico", acrescenta Fasano.
Ele sugere que essas descobertas, se confirmadas por conjuntos de dados maiores, podem representar alvos terapaªuticos específicos para a interceptação da doença e possível prevenção do inicio da doença celaaca por meio da manipulação do microbioma durante a fase pré-clanica. “Com essas descobertas, prevemos que seremos capazes de distinguir quem permanecera¡ sauda¡vel e quem desenvolvera¡ a doença celaaca meses antes do inicio da doença â€, acrescenta Fasano.