Proteana do sistema imune pode proteger desenvolvimento do diabete tipo 1, aponta estudo
Artigo publicado na revista cientafica “Cell Reports†comprovou, pela primeira vez, a associaa§a£o de mecanismos da resposta imune com a suscetibilidade ao diabete
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O diabetes mellitus tipo 1 éuma doença autoimune, ou seja, o corpo monta uma resposta imune, processo de defesa feito pelo sistema imunológico que destra³i as próprias células do organismo por achar que são invasores prejudiciais, como varus e bactanãrias. Sendo assim, as células pancrea¡ticas são destruadas, impedindo que a pessoa produza a insulina, horma´nio que controla onívelde glicose no sangue, fazendo com que tais indivíduos necessitem de doses dia¡rias de insulina pelo resto da vida.
Os achados podem contribuir futuramente para o desenvolvimento de medicamentos
para frear o diabete tipo 1, que corresponde a 10% de todos
os casos de diabete osFoto: Freepik
Cientistas já haviam identificado que mutações genanãticas na proteana NLRP1, que éum receptor do sistema imune, influencia uma defesa desordenada que provoca esse tipo de diabete. Recentemente, pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeira£o Preto (FMRP) da USP identificaram, pela primeira vez, que essa influaªncia acontece porque as mutações genanãticas da NLRP1 diminuem a produção de interleucina-17, proteana envolvida na resposta imune e que éaltamente presente no sangue de diabanãticos.
O estudo, que acaba de ser publicado pela revista internacional Cell Reports, foi realizado de forma translacional. Ou seja, contou com a testagem da hipa³tese em modelos experimentais com camundongos e foi validado em pacientes humanos diabanãticos.
A investigação inicial foi feita com animais separados em dois grupos: camundongos normais e aqueles que não conseguem produzir a NLRP1. Ambos os grupos foram injetados com uma droga para induzir o diabete tipo 1. Já os pacientes humanos eram diabanãticos e também foram divididos em dois grupos: com mutações genanãticas na NLRP1 e aqueles que não tinham essas mutações.
Em camundongos, foi observado que, na ausaªncia de NLRP1, houve um aumento significativo na produção de interleucina-17, provocando maior incidaªncia da doença no comparativo com os animais normais que conseguem produzir a proteana. Os achados confirmam o papel prejudicial da interleucina-17 no desenvolvimento do diabete tipo 1, além de indicar um possível papel protetor da NLRP1, impedindo a produção da interleucina-17.
Já em humanos, “colhemos e analisamos amostras de sangue por diversas técnicas. Observamos que pacientes com polimorfismo na NLRP1 tornaram essa proteana superexpressa e, consequentemente, apresentavam menores naveis de interleucina-17 no sangue. Dessa forma, confirmamos a nossa hipa³tese de que tal receptor éimportante para frear a produção da interleucina-17â€, conta Frederico Ribeiro Campos Costa, que édoutor em Imunologia Ba¡sica e Aplicada pela FMRP e primeiro autor do artigo.
O pesquisador ainda revela que, apesar de inicial, os achados podem contribuir futuramente para o desenvolvimento de medicamentos para frear o desenvolvimento do diabete tipo 1, que corresponde a 10% de todos os casos de diabete.
O estudo foi coordenado pela professora Daniela Carlos Sartori e contou com a coautoria dos professores Joa£o Santana da Silva, Rita Tostes e Maria Cristina Foss-Freitas e os pesquisadores Jefferson A. Leite, Diane M. Rassi, Josiane F. da Silva e Jefferson Elias-Oliveira e Jhefferson B. Guimara£es, todos da FMRP. Além das pesquisadoras Niels Ca¢mara, da Universidade Federal de Sa£o Paulo (Unifesp), e Alessandra Pontillo, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP.
Mais informações: e-mail fredrbcc@gmail.com com o pesquisador Costa