Saúde

O efeito anticoncepcional da amamentação diminui com o desenvolvimento socioecona´mico
Pesquisadores alema£es e franceses acabaram de mostrar pela primeira vez em uma escala global que o efeito da amamentaa§a£o na funa§a£o ovariana éaltamente dependente das condia§aµes ambientais.
Por CNRS - 20/07/2021


Relação entre a duração média da amamentação (eixo x) e amenorreia média (eixo y). Cada ponto representa uma pesquisa analisada como parte do estudo. A "trajeta³ria" dospaíses por meio de pesquisas sucessivas pode ser seguida: em Bangladesh (BD), por exemplo, a duração da amamentação permaneceu esta¡vel, mas a da amenorreia pa³s-parto diminuiu significativamente desde 1975.itement est restanãe stable, mais le temps d ' amanãnorrhanãe a sensiblement baissédesde 1975. Crédito: Todd et al./PNAS

Embora a esterilidade tempora¡ria após o parto dure em média apenas algumas semanas para uma mulher que não amamenta, pode durar meses, ou atémais de um ano, para quem ama. Mas não estãoclaro como esse efeito anticoncepcional da amamentação éafetado pelo 'estado energanãtico' da ma£e - que inclui sua nutrição e na­veis de atividade física. Pesquisadores do Instituto Max Planck de Pesquisa Demogra¡fica na Alemanha e do CNRS na Frana§a acabaram de mostrar pela primeira vez em uma escala global que o efeito da amamentação na função ovariana éaltamente dependente das condições ambientais.
 
Analisando 2,7 milhões de nascimentos em 84países em desenvolvimento nos últimos 45 anos, os cientistas descobriram que a ligação entre a duração da amamentação e a duração média da amenorreia pa³s-parto (a ausaªncia de menstruação após o parto e o sinal mais visível de função ovariana suprimida) foi muito mais fraca do que o observado nas décadas de 1960-1970. Isso mostra que o efeito anticoncepcional da amamentação diminuiu claramente nos últimos anos nesses 84países.

Essa diminuição também foi observada diretamente no período de estudo (1975-2019). Além disso, caracteri­sticas como alto valor do a­ndice de desenvolvimento humano ou acesso a  eletricidade foram associadas a um efeito anticoncepcional reduzido da amamentação. Isso significa que, para o mesmo período de amamentação, quanto mais desenvolvido for opaís, menor seráo período de esterilidade tempora¡ria após o parto. Esses resultados confirmam os achados de estudos de campo conduzidos nas últimas décadas por especialistas em ecologia reprodutiva. Eles também são um apelo aos dema³grafos para abandonar a noção de que as condições ambientais podem ser negligenciadas no estudo da fertilidade.

Este estudo foi publicado no PNAS em 12 de julho de 2021.

 

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