Saúde

O nosso lugar na sociedade influencia a forma como respondemos ao protocolo COVID-19?
O professor de engenharia elanãtrica e da computaa§a£o da Universidade de Illinois Urbana-Champaign, Lav Varshney, écoautor de um novo estudo que explora como o capital social influencia as escolhas em relação a  conformidade de mitigaa§a£o COVID
Por Lois Yoksoulian - 28/12/2021


Alunos da Universidade de Illinois Urbana-Champaign praticando distanciamento social em 2020. Crédito: Fred Zwicky

O professor de engenharia elanãtrica e da computação da Universidade de Illinois Urbana-Champaign, Lav Varshney, écoautor de um novo estudo que explora como o capital social influencia as escolhas em relação a  conformidade de mitigação COVID-19. Lois Yoksoulian, editora de ciências físicas do Illinois News Bureau, falou com Varshney sobre as lições aprendidas com este estudo e como elas podem ajudar em outras crises de saúde pública.

O que écapital social?

O capital social mede o quanto bem conectados estamos com nossas fama­lias, comunidades, locais de trabalho e grupos religiosos. a‰ uma forma de capital que produz bens paºblicos para um propa³sito comum. O capital social édeterminado por meio de fatores demogra¡ficos, como unidade familiar, interação familiar, suporte social , saúde comunita¡ria , saúde institucional e filantropia.

Qual éa relação entre capital social e saúde pública - e COVID-19 em particular?

Estudos anteriores correlacionam capital social a mortalidade, obesidade, diabetes e doenças sexualmente transmissa­veis, mas a relação entre capital social e doenças infecciosas como COVID-19 não étão bem compreendida. Descobrimos que no ini­cio da pandemia de COVID-19, altos na­veis de capital social estavam associados a uma propagação mais lenta do va­rus, mas não estava claro quais aspectos específicos do capital social se correlacionavam com comportamentos de saúde pública.

Como vocêdeterminou os aspectos do capital social que mais influenciam o comportamento de saúde pública durante a pandemia COVID-19?

Analisamos os dados do Projeto de Capital Social para os quatro aspectos do capital social que mais variam em todo opaís. Esses aspectos são a unidade familiar; saúde comunita¡ria , que mede o envolvimento da população em atividades como voluntariado e atividades religiosas; saúde institucional, que reflete onívelde participação de uma comunidade nas pesquisas eleitorais e censita¡rias, e sua confianção em instituições como a ma­dia, empresas e escolas; e eficácia coletiva, que quantifica a disposição de uma área em trabalhar para melhorar sua comunidade.

Em seguida, comparamos os dados do capital social com as taxas de vacinação , hesitação da vacinação, uso de ma¡scara e mobilidade, ou com que frequência e a distância as pessoas se mudavam de um dia para o outro em áreas residenciais e recreativas.

Quais são algumas das principais conclusaµes deste estudo?

Descobrimos que a vacinação se correlaciona bem com a saúde institucional, o que significa que locais com altonívelde saúde institucional tem uma alta taxa de vacinação e áreas com baixonívelde saúde institucional tem maior hesitação vacinal. Além disso, mascarar a conformidade e a mobilidade são baixas em áreas onde faltam atividades religiosas e participação volunta¡ria. Além disso, descobrimos que a mobilidade em locais residenciais, como visitar amigos ou familiares em casa, se correlaciona bem com a unidade familiar.

Descobrimos que a medida geral de capital social de uma população - alto ou baixo - tem o maior impacto em dois comportamentos de saúde pública: taxa de vacinação e mobilidade residencial.

Como as lições aprendidas neste estudo podem ajudar durante a próxima pandemia?

Dado que certas localidades são mais adequadas a determinados comportamentos de saúde pública de uma perspectiva de capital social, os formuladores de políticas podem querer enfatizar e encorajar comportamentos bem combinados.

Alguns comportamentos de saúde pública que mitigam a propagação da pandemia, como mascaramento e distanciamento fa­sico ou baixa mobilidade, também podem criar uma crise de solida£o e outros desafios de saúde mental que enfraquecem os laa§os sociais nas fama­lias e comunidades. Na preparação para futuras crises de saúde pública , seráútil fortalecer o capital social, talvez por meio de maior interação e socialização online.

A pesquisa foi publicada na PLOS ONE .

 

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