Saúde

Nova estratanãgia para preservar células produtoras de insulina no diabetes
Pesquisadores do Karolinska Institutet, na Suanãcia, identificaram uma nova substância antidiabanãtica que preserva a atividade das células beta produtoras de insulina e previne o aumento da glicose no sangue em camundongos.
Por Karolinska Institutet - 29/03/2022


As células beta (laranja no feixe de células inferior esquerdo) fazem parte das células produtoras de insulina do pa¢ncreas (o órgão destacado na imagem circular). Em um ataque do tipo autoimune Diabetes tipo 1, os exossomos fisiologicamente secretados (os pontos amarelos) das células beta são erroneamente absorvidos pelas células dendra­ticas (células grandes e esbranquia§adas com braa§os) com seu conteaºdo sendo apresentado a s células T (células azuis menores no canto superior direito). As células T veem esses conteaºdos (protea­nas) como inimigos e atacam seus produtores. Isso leva a uma perda de células beta funcionais e uma diminuição da produção de insulina. Crédito: Manu5
/Wikimedia Commons, http://www.scientificanimations.com/wiki-images , CC BY-SA 4.0

A glicose alta no sangue éresponsável por várias complicações no diabetes tipo 1 e tipo 2. Pesquisadores do Karolinska Institutet, na Suanãcia, identificaram uma nova substância antidiabanãtica que preserva a atividade das células beta produtoras de insulina e previne o aumento da glicose no sangue em camundongos. O estudo foi publicado na revista Science Translational Medicine .

Embora várias fama­lias de agentes hipoglicemiantes sejam usadas atualmente na terapia do diabetes, nenhuma delas pode interromper ou reverter a progressão da doena§a. A manutenção da atividade adequada das células beta éessencial para prevenir a progressão do diabetes tipo 1 e tipo 2.

“No diabetes, as células beta são desafiadas a produzir grandes quantidades de insulina”, diz o primeiro autor do estudo, Erwin Ilegems, pesquisador saªnior do Departamento de Medicina Molecular e Cirurgia do Karolinska Institutet. "Nosso estudo mostra que isso leva a um estado hipa³xico que aumenta os na­veis da protea­na HIF-1alfa, que por sua vez reduz a atividade das células beta. Ao tratar camundongos diabanãticos com o inibidor de HIF-1alfa PX-478, reduzimos com sucesso seus na­veis de glicose no sangue ."

Reaproveitamento de um medicamento anticancera­geno

O HIF-1alfa (fator 1alfa induza­vel por hipa³xia) regula a resposta a  hipa³xia. A descoberta do HIF-1alpha foi premiada com o Praªmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 2019 e essa protea­na estãoenvolvida em muitas doenças diferentes. O inibidor de HIF-1alfa PX-478 já foi testado em ensaios clínicos de fase I como droga anticancera­gena e foi bem tolerado nesses pacientes.

Em colaboração com o grupo de pesquisa do professor Jorge Ruas do Departamento de Fisiologia e Farmacologia do Karolinska Institutet, os autores puderam demonstrar que o efeito antidiabanãtico do PX-478 se deveu principalmente a  melhora da atividade das células beta pancrea¡ticas.

Uma vez que estãobem estabelecido que a produção de insulina diminui durante a progressão do diabetes, as estratanãgias terapaªuticas atéagora se concentraram principalmente em melhorar a produção de insulina das células beta. No entanto, esta abordagem não foi tão bem sucedida como inicialmente previsto.

"As terapias atuais direcionadas a s células beta tem apenas um efeito positivo tempora¡rio na secreção de insulina ", diz o último autor do estudo, Per-Olof Berggren, professor do Departamento de Medicina Molecular e Cirurgia do Karolinska Institutet. "A longo prazo, essas drogas levam a  exaustão das células beta."

Tratamento a longo prazo do diabetes

Ao contra¡rio de outros tratamentos, o PX-478 melhora a atividade das células beta sem amplificar a secreção de insulina. Os pesquisadores, portanto, acreditam que ele pode prevenir o esgotamento das células beta e, assim, ser mais eficiente no tratamento a longo prazo do diabetes.

"Agora estamos planejando investigar a traduzibilidade de nossas descobertas para, com sorte, abrir caminho para futuros ensaios clínicos", diz Teresa Pereira, pesquisadora do Departamento de Biologia Celular da Universidade de Uppsala (anteriormente empregada pelo Karolinska Institutet), que écocoordenadora -último autor do estudo. "Vamos comea§ar investigando o impacto do PX-478 na atividade das células beta pancrea¡ticas humanas usando camundongos diabanãticos 'humanizados'".

 

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