Saúde

Transmissão de COVID 1.000 vezes mais prova¡vel do ar versussuperfÍcies, diz estudo
Pesquisadores da Universidade de Michigan testaram amostras de ar esuperfÍcie ao redor de seu campus e descobriram que as chances de inalarpartículas de va­rus são maiores do que pega¡-las com os dedos.
Por Alan Mozes - 04/03/2022



Se vocêainda estãolimpando mantimentos, maa§anetas e interruptores de luz na tentativa de impedir o COVID-19, talvez possa relaxar um pouco: vocêtem 1.000 vezes mais chances de pegar COVID do ar que respira do que dassuperfÍcies em que toca, sugere um novo estudo.

Pesquisadores da Universidade de Michigan testaram amostras de ar esuperfÍcie ao redor de seu campus e descobriram que as chances de inalarpartículas de va­rus são maiores do que pega¡-las com os dedos.

“Neste estudo, nos propusemos a entender melhor as exposições potenciais ao coronava­rus SARS-CoV-2 oso va­rus que causa o COVID-19 osem várias configurações de campus universita¡rios”, explicou o autor do estudo Richard Neitzel, professor de ciências da saúde ambiental e saúde pública mundial.

As configurações inclua­am escrita³rios, salas de aula, Espaços para apresentações, refeita³rios, a´nibus e uma academia. No entanto, as amostras foram coletadas durante o bloqueio da pandemia, portanto, eram Espaços relativamente vazios.

"Tambanãm usamos informações sobre infecções do campus por COVID-19 para estimar a probabilidade de infecção associada a s nossas medições ambientais", acrescentou Neitzel.

“O risco geral de exposição ao va­rus foi baixo em todos os locais que medimos”, disse ele.

No entanto, "Nossos resultados sugerem que havia um risco muito maior de infecção por inalação do que por contato comsuperfÍcies como maa§anetas , bebedouros, teclados, mesas, pias e interruptores de luz", observou ele.

Para controlar o risco relativo, entre agosto de 2020 e abril de 2021, Neitzel e seus colegas usaram bombas de ar e cotonetes em vários locais do campus fechado.

Ao todo, foram coletadas mais de 250 amostras de ar, das quais 1,6% deram positivo para o va­rus que causa a COVID. De mais de 500 amostras desuperfÍcie, 1,4% foram positivas.

O cena¡rio mais arriscado foi a academia, com indicações positivas encontradas para 75% das amostras de ar e 50% de todas as amostras desuperfÍcie. A maioria dassuperfÍcies contaminadas do gina¡sio envolvia botaµes de bebedouros; nenhuma amostra retirada de equipamentos de gina¡stica deu positivo.

No geral, muito menos leituras positivas foram encontradas em Espaços de escrita³rio ou em torno de teclados de computador, interruptores de luz , tampos de mesa, micro-ondas, ala§as de geladeira ou mesas de alunos.

Mas depois de empilhar amostras positivas contra casos reais de COVID no campus, a equipe determinou que a probabilidade de contrair COVID após exposição apartículas de va­rus no ar era de aproximadamente 1 por 100 exposições.

Os pesquisadores determinaram a probabilidade de doença de umasuperfÍcie contaminada em 1 para cada 100.000 exposições.

Ainda assim, Neitzel enfatizou que as descobertas refletem uma anãpoca e um local em que protocolos ra­gidos de limpeza desuperfÍcies eram aplicados e quando as multidaµes eram inexistentes. "Nossos resultados", alertou ele, "podem não ser completamente representativos de outras configurações da comunidade".

No entanto, os resultados sugerem que as pessoas devem se preocupar mais com os riscos de inalação do coronava­rus do que com os riscos de tocar emsuperfÍcies, "pelo menos em um ambiente onde assuperfÍcies são limpas regularmente, como foi o caso do nosso campus", acrescentou Neitzel.

Elizabeth Scott, professora emanãrita da Simmons University, em Boston, disse: “Houve um crescente reconhecimento de que o COVID-19 épredominantemente transportado pelo ar ”.

No entanto, Scott, que não fazia parte da equipe do estudo, alertou que "a importa¢ncia relativa da transmissão desuperfÍcie pode ser maior em casas, dormita³rios [ou] onde as pessoas vivem juntas e tocam repetidamente as mesmassuperfÍcies".

Esse tipo de risco de espaço privado, ela enfatizou, não foi avaliado pelo estudo. Além disso, éimportante observar que “outros va­rus respirata³rios e outras infecções bacterianas são disseminados predominantemente porsuperfÍcies de contato”, acrescentou Scott, ex-codiretor do Simmons Center for Hygiene and Health in Home and Community.

Na opinia£o dela, “precisamos continuar com prática s de higiene eficazes e hola­sticas para ma£os esuperfÍcies, bem como higiene respirata³ria e do ar, para proteger contra todas as outras infecções transmitidas pela comunidade que eram um problema antes do COVID-19 e estara£o com nospara o futuro", disse Scott.

Os resultados foram publicados em 27 de abril no Journal of Exposure Science & Environmental Epidemiology .

 

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