Talento

Projetando para lugar e Espaço
O professor associado de arquitetura Rafi Segal cria projetos destinados a aprimorar um senso de comunidade.
Por Peter Dizikes - 26/04/2020


Rafi Segal- Crédito Imagem: Bryce Vickmark

O que torna um edifa­cio a³timo? Para Rafi Segal, nunca éapenas a forma de uma estrutura que conta. O que importa éa maneira como um edifa­cio se ajusta ao ambiente e responde ao seu ambiente social e cultural.

Segal, professor associado de arquitetura do MIT, ganhou notoriedade como praticante cujos refinados designs contempora¢neos interagem extensivamente com suas configurações - geralmente apresentando Espaços abertos, formas irregulares e configurações criativas em vários na­veis em locais inclinados. De museus a residaªncias, a Segal estãosempre tentando garantir que o espaço formal de um edifa­cio e o local escolhido respondam um ao outro.

“A arquitetura busca um equila­brio entre criar seu mundo interno e fazer vocêperceber as qualidades do lugar em que esta¡â€, diz Segal, “seja em uma cidade, em uma paisagem ou nos lugares intermediários.”

Para Segal, esses lugares geralmente são cidades. Um de seus projetos, o Museu de Hista³ria Palmach em Tel Aviv (projetado pelo arquiteto Zvi Hecker), que se concentra na história moderna de Israel, apresenta uma sanãrie de muros de contenção, criando espaço no pa¡tio em um local elevado e inclinado - enquanto grande parte do espaço de exibição do museu fica no subsolo. a‰ um dos vários museus para os quais a Segal desenvolveu projetos inovadores e bem recebidos.

Outros projetos da Segal não são urbanos. Uma casa prota³tipo de vila para terras rurais, nos arredores de Kigali, Ruanda, resultado de uma oficina realizada pela Segal em 2017, implementa uma construção robusta de tijolos, juntamente com ventilação natural e um layout flexa­vel, como modelo para moradias de baixo custo nas áreas rurais de Ruanda.

Enquanto isso, o Museu da Paz Kitgum de Segal, em Uganda, éuma estrutura de paredes abertas, aproximadamente retangular, que forma um pa¡tio em seu interior e cria um caminho para exposições no exterior. O site pretende ser um memorial a s vitimas de conflitos civis e um museu do patrima´nio cultural.

Em uma nota bastante diferente, mas em um aceno a s influaªncias estila­sticas de Segal, ele trabalhou recentemente com Sara Segal para restaurar a Lauck House em Princeton, Nova Jersey - uma residaªncia cla¡ssica de Marcel Breuer, o estimado designer da Bauhaus, no meio do século. Por mais variados que sejam esses esforços, Segal vaª pontos em comum entre eles.

“Estou procurando maneiras pelas quais os edifa­cios podem interagir com seus ambientes - usando o telhado como umasuperfÍcie ativa ou incorporando o espaço aberto como parte do design, criando abertura dentro dos edifa­cios e permitindo a entrada da natureza”, diz Segal.

Por sua pesquisa, trabalho de design e ensino, Segal recebeu posse no MIT em 2019.

A ocupação atual de Segal pode surpreender as pessoas que o conheceram quando jovem. Crescendo em Israel, Segal tinha uma noção clara do que ele queria fazer com sua vida - e não envolvia projetar edifa­cios.

"Eu não pensei em ser arquiteto", diz Segal. "Eu queria entrar na música."

Depois de concluir o ensino manãdio e estar chegando ao fim de seu serviço no exanãrcito israelense, Segal começou a pensar mais seriamente em arquitetura. Ao fazaª-lo, ele recebeu incentivo de sua fama­lia, que, segundo Segal, duvidava de sua capacidade de ganhar a vida como maºsico e, de repente, criou várias histórias para convencaª-lo de sua aptida£o para o campo.

"Os problemas em que trabalho podem parecer da­spares, mas todos compartilham o fio comum de atender a s necessidades urgentes que exigem um design criativo e com visão de futuro", diz Segal. “A vida urbana e as comunidades estãoevoluindo - esta éuma linha de frente empolgante que o Laborata³rio Urbano de Coletivos Futuros explora e onde a arquitetura precisa estar.”


"Todas essas histórias de infa¢ncia surgiram, que eu estava destinado a  arquitetura", diz Segal. “Meu ava´ disse: 'Quando vocêtinha quatro anos, vocêdesenhou em 3D'. Minha ma£e disse: 'Vocaª sempre sabe organizar a casa'. Mas quando criana§a, eu tinha um forte senso das artes visuais. Eu tinha talento para desenhar.

Segal estudou arquitetura no Instituto de Tecnologia Technion - Israel, em Haifa, onde recebeu primeiro um diploma de bacharel em arquitetura e depois um mestrado. Fundamentalmente, Segal diz, "na Technion, estudamos o design de edifa­cios e o ambiente urbano como o mesmo ... o planejamento da cidade fazia parte do curra­culo".

Segal recebeu seu PhD em arquitetura pela Universidade de Princeton. Sua carreira combina design profissional e extensa pesquisa acadaªmica. Seus livros incluem "Space Packed: The Architecture of Alfred Neumann" (2018), e ele foi co-editor de outros três livros.

Segal ensinou arquitetura e estudos urbanos em várias instituições, incluindo Harvard University, Columbia University, Cooper Union e Princeton, e estãono MIT desde 2015.

"O MIT éuma a³tima opção para mim", diz Segal, que atualmente dirige o programa SMArchS Urbanism do MIT (o Mestrado em Estudos de Arquitetura com concentração em Urbanismo) e da¡ aulas sobre urbanismo. “No MIT, os alunos ganham ferramentas para examinar o desenvolvimento das cidades atuais e explorar novas formas de urbanidade, novas idanãias sobre como e onde a futura cidade se formara¡.”

Seguindo esse pensamento, a Segal criou recentemente o Laborata³rio Urbano de Coletivos Futuros no MIT, que examina o poder da arquitetura para moldar novas formas de coletividade na "economia compartilhada" de hoje.

Como profissional, o trabalho de design de Segal foi exibido em Berlim, Roterda£, no Museu de Arte Moderna de Nova York, na Bienal de Arquitetura de Veneza e na Bienal de Urbanismo de Hong Kong / Shenzhen. Recentemente, a Segal também se envolveu em um extenso projeto de pesquisa multifacetado, que seráexibido na Bienal de Veneza 2020. A exposição, que seráchamada de “Coletivos Abertos”, imagina maneiras pelas quais o espaço digital e fa­sico trabalham juntos para fortalecer as comunidades emergentes.

A Segal trabalha nesses problemas de design coletivo hános; ele liderou o projeto de um novo bairro para vários kibutzim em Israel.

“Os kibutzim foram um projeto modernista inicial que pode informar de várias maneiras o aumento da vida e do trabalho cooperativos [hoje]”, diz Segal. “Sabemos que na economia de hoje, desigualdades estruturais podem ser pronunciadas. Estou interessado em encontrar maneiras pelas quais o design de edifa­cios e cidades possa ajudar a transformar a sociedade. … A arquitetura pode desempenhar um papel fundamental no fortalecimento da equidade socioecona´mica. ”

Algumas das ideias de Segal que estara£o em exibição em Veneza também se referem a idosos e cuidadores; mercados para economias emergentes no mundo em desenvolvimento; e moradias populares de convivaªncia e multifamiliares em meio a densos centros urbanos e na periferia urbana.

"Os problemas em que trabalho podem parecer da­spares, mas todos compartilham o fio comum de atender a s necessidades urgentes que exigem um design criativo e com visão de futuro", diz Segal. “A vida urbana e as comunidades estãoevoluindo - esta éuma linha de frente empolgante que o Laborata³rio Urbano de Coletivos Futuros explora e onde a arquitetura precisa estar.”

 

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