Vivian Vasconcelos Costa, professora do Departamento de Morfologia do Instituto de Ciências Biola³gicas (ICB) da UFMG, éuma das sete jovens cientistas vencedoras do programa Para Mulheres na Ciência 2020. O praªmio éconcedido por L’Oranãal Brasil, Unesco Brasil e Academia Brasileira de Ciências (ABC).

O projeto vencedor da UFMG envolve a busca por formas eficazes de identificar e tratar formas graves da dengue e outras doenças virais, como zika, chikungunya e covid-19. “Em casos como esse, não adianta enfrentar são o va­rus ou são a inflamação. a‰ preciso desenvolver procedimentos que atuem nas duas frentes, reduzindo a carga viral e a inflamação excessiva causada pelo coronava­rus”, declarou Vivian Costa, em entrevista a  assessoria de imprensa do Para Mulheres na Ciência. Na ocasia£o, ela destacou o compromisso dos cientistas em fazer a sua parte. “Tenho alunos trabalhando voluntariamente”, lembrou.

Segundo a organização, o objetivo da premiação é“transformar o cena¡rio cienta­fico por meio do empoderamento feminino”. A iniciativa énorteada pelo princa­pio de que o mundo precisa de mais mulheres envolvidas na solução de seus problemas. O destaque nesta edição épara o fato de que a pandemia de covid-19 tornou ainda mais relevante o trabalho de mulheres cientistas. Além de dar visibilidade a  mulher, a  ciência e a s pesquisadoras, para que possam melhor executar seu trabalho, os promotores concedem a s sete selecionadas bolsa no valor de R$ 50 mil.

Ha¡ 15 anos, o programa Para Mulheres na Ciência premia pesquisadoras de diversos lugares do Brasil. A iniciativa já reconheceu e incentivou mais de 100 cientistas e distribuiu mais de R$ 4,5 milhões em bolsas. Tambanãm do ICB foram contempladas em outras edições as professoras Aline Miranda, do Departamento de Morfologia (2019), e Anganãlica Thomaz Vieira, do Departamento de Bioquímica e Imunologia (2018).

Ma£e e cientista, Va­vian Vasconcelos Costa égraduada em Fisioterapia, com mestrado e doutorado em Ciências Biola³gicas (Microbiologia) pela UFMG. Em seu pa³s-doutorado, em Cingapura (2013-2015), pesquisou doenças infecciosas no Singapore-MIT Alliance for Research and Technology. Sua experiência se concentra nas áreas de microbiologia, biologia celular e imunologia, com aªnfase em imunologia celular, virologia e interação microrganismo-hospedeiro. Ela atua principalmente em imunopatologia da infecção pelos va­rus da dengue, chikungunya, mayaro, febre amarela e zika; artrites virais e autoimunes, com aªnfase no desenvolvimento de modelos experimentais para estudo da patogaªnese e teste de terapias.