Tecnologia Científica

Cristais la­quidos criam sensores fa¡ceis de ler e que mudam de cor
Os cientistas da Escola Pritzker de Engenharia Molecular (PME) da Universidade de Chicago desenvolveram uma maneira de esticar e esticar cristais la­quidos para gerar cores diferentes.
Por Emily Ayshford - 10/07/2020


Os cientistas e engenheiros da PME desenvolveram uma maneira de esticar e esticar cristais la­quidos para gerar cores diferentes. Isso pode ser aplicado em revestimentos inteligentes, sensores e eletra´nicos vesta­veis. Crédito: Oleg Lavrentovich, Instituto de Cristal La­quido, Kent State University

Os camaleaµes são famosos por suas habilidades de mudança de cor. Dependendo da temperatura ou do humor do corpo, o sistema nervoso direciona o tecido da pele que contanãm nanocristais para expandir ou contrair, mudando a forma como os nanocristais refletem a luz e transformando a pele do ranãptil em um arco-a­ris de cores.

Inspirados por isso, os cientistas da Escola Pritzker de Engenharia Molecular (PME) da Universidade de Chicago desenvolveram uma maneira de esticar e esticar cristais la­quidos para gerar cores diferentes.

Ao criar uma fina pela­cula de pola­mero preenchida com gota­culas de cristal la­quido e depois manipula¡-la, eles determinaram os fundamentos de um sistema de detecção de mudança de cor que poderia ser usado para revestimentos inteligentes, sensores e atémesmo eletra´nicos vesta­veis.

"Vocaª pode apenas olhar a cor do seu dispositivo e saber quanta tensão esse material ou dispositivo estãosofrendo e tomar as medidas corretivas necessa¡rias", disse Juan de Pablo. "Por exemplo, se uma estrutura estãosob muito estresse, vocêpode ver a cor mudar imediatamente e fecha¡-la para repara¡-la. Ou se um paciente ou atleta colocar muita pressão sobre uma parte especa­fica do corpo enquanto se move, eles poderia usar um tecido para medi-lo e tentar corrigi-lo ".


A pesquisa, liderada por Juan de Pablo, professor de engenharia molecular da familia Liew, foi publicada nesta sexta-feira, 10, de julho na revista Science Advances .

Alongamento de la­quidos usando filmes finos

Os cristais la­quidos, que exibem orientações moleculares distintas, já são a base para muitas tecnologias de exibição. Mas De Pablo e sua equipe estavam interessados ​​em cristais la­quidos quirais, que tem voltas e mais voltas e uma certa "destreza" assimanãtrica - como destro ou canhoto - que lhes permite ter comportamentos a³pticos mais interessantes.

Esses cristais também podem formar os chamados "cristais da fase azul", que tem propriedades de la­quidos e cristais e, em alguns casos, transmitem ou refletem a luz visível melhor do que os pra³prios cristais la­quidos.

Os pesquisadores sabiam que esses cristais poderiam ser potencialmente manipulados para produzir uma ampla gama de efeitos a³pticos se esticados ou esticados, mas também sabiam que não épossí­vel esticar ou esticar um la­quido diretamente. Em vez disso, eles colocaram minaºsculas gotas de cristal la­quido em um filme de pola­mero.

"Dessa forma, podera­amos encapsular os cristais la­quidos quirais e deformar de maneira muito especa­fica e altamente controlada", afirmou Pablo. "Isso permite que vocêentenda as propriedades que eles podem ter e quais comportamentos eles exibem".

Criando sensores de temperatura e deformação

Ao fazer isso, os pesquisadores descobriram muito mais fases diferentes - configurações moleculares dos cristais - do que se sabia antes. Essas fases produzem cores diferentes com base em como são esticadas ou esticadas, ou mesmo quando sofremmudanças de temperatura.

"Agora, as possibilidades estãorealmente abertas a  imaginação", disse Pablo. "Imagine usar esses cristais em um tecido que muda de cor com base na sua temperatura ou muda de cor onde vocêdobra o cotovelo."

Esse sistema também pode ser usado para medir a tensão nas asas do avia£o, por exemplo, ou para discernir pequenas alterações na temperatura dentro de uma sala ou sistema.

Mudanças na cor são uma excelente maneira de medir algo remotamente, sem a necessidade de qualquer tipo de contato, disse Pablo.

"Vocaª pode apenas olhar a cor do seu dispositivo e saber quanta tensão esse material ou dispositivo estãosofrendo e tomar as medidas corretivas necessa¡rias", disse ele. "Por exemplo, se uma estrutura estãosob muito estresse, vocêpode ver a cor mudar imediatamente e fecha¡-la para repara¡-la. Ou se um paciente ou atleta colocar muita pressão sobre uma parte especa­fica do corpo enquanto se move, eles poderia usar um tecido para medi-lo e tentar corrigi-lo ".

Embora os pesquisadores tenham manipulado os materiais com tensão e temperatura , também háo potencial de afeta¡-los com tensão, campos magnanãticos e campos acaºsticos, disse ele, o que pode levar a novos tipos de dispositivos eletra´nicos feitos com esses cristais.

"Agora que temos a ciência fundamental para entender como esses materiais se comportam, podemos comea§ar a aplica¡-los a diferentes tecnologias", afirmou Pablo.

 

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