Tecnologia Científica

O exame de Theia 456 revela que quase 500 estrelas nasceram na mesma anãpoca
Um fluxo estelar éum raro padrãolinear - em vez de um aglomerado - de estrelas.
Por Amanda Morris - 16/01/2021


Uma representação arta­stica de fluxos estelares genanãricos na Via La¡ctea. Crédito: NASA / JPL-Caltech / R. Ferido, SSC e Caltech

A Via La¡ctea abriga 8.292 ca³rregos estelares recanãm-descobertos - todos chamados de Theia. Mas Theia 456 éespecial.

Um fluxo estelar éum raro padrãolinear - em vez de um aglomerado - de estrelas. Depois de combinar vários conjuntos de dados capturados pelo telesca³pio espacial Gaia, uma equipe de astrofisicos descobriu que todas as 468 estrelas do Theia 456 nasceram ao mesmo tempo e estãoviajando na mesma direção no canãu.

"A maioria dos aglomerados estelares são formados juntos", disse Jeff Andrews, astrofisico da Northwestern University e membro da equipe. "O que éempolgante em Theia 456 éque não éum pequeno aglomerado de estrelas juntas. a‰ longo e esticado. Existem relativamente poucos riachos pra³ximos, jovens e tão amplamente dispersos."

Andrews apresentou sua pesquisa durante uma coletiva de imprensa virtual no 237º encontro da American Astronomical Society . "Theia 456: Uma Nova Associação Estelar no Disco Gala¡ctico" aconteceu hoje (15 de janeiro) como parte de uma sessão sobre "A Via La¡ctea Moderna".

Andrews épa³s-doutorando no Centro de Exploração e Pesquisa Interdisciplinar em Astrofísica (CIERA) da Northwestern. Ele conduziu este trabalho com os astrofisicos Marcel Aga¼eros e Jason Curtis da Columbia University, Julio Chanaméda Pontifica Universidad Catolica, Simon Schuler da University of Tampa e Kevin Covey e Marina Kounkel da Western Washington University.

Enquanto os pesquisadores sabem hámuito tempo que as estrelas se formam em grupos, a maioria dos aglomerados conhecidos tem forma esfanãrica. Apenas recentemente os astrofisicos começam a encontrar novos padraµes no canãu. Eles acreditam que longas cadeias de estrelas já foram aglomerados compactos, gradualmente separados e esticados pelas forças das maranãs.

"Amedida que comea§amos a nos tornar mais avana§ados em nossa instrumentação, tecnologia e capacidade de minerar dados, descobrimos que as estrelas existem em mais estruturas do que aglomerados", disse Andrews. "Eles costumam formar esses riachos no canãu. Embora saibamos disso hádécadas, estamos comea§ando a encontrar os que estãoescondidos."

Estendendo-se por mais de 500 anos-luz, Theia 456 éum desses riachos ocultos. Por habitar no plano gala¡ctico da Via La¡ctea, éfacilmente perdido no cena¡rio de 400 bilhaµes de estrelas da gala¡xia. A maioria dos fluxos estelares são encontrados em outras partes do universo - por telesca³pios apontados para longe da Via La¡ctea.
 
"Temos a tendaªncia de focalizar nossos telesca³pios em outras direções porque émais fa¡cil encontrar coisas", disse Andrews. "Agora estamos comea§ando a encontrar esses riachos na própria gala¡xia. a‰ como encontrar uma agulha em um palheiro. Ou, neste caso, encontrar uma ondulação em um oceano."

Identificar e examinar essas estruturas éum desafio da ciência de dados. Algoritmos de inteligaªncia artificial vasculharam enormes conjuntos de dados estelares para encontrar essas estruturas. Em seguida, Andrews desenvolveu algoritmos para cruzar esses dados com cata¡logos pré-existentes de abunda¢ncia de ferro de estrelas documentadas.

Andrews e sua equipe descobriram que as 468 estrelas em Theia 456 tinham abunda¢ncia de ferro semelhante, o que significa que - 100 milhões de anos atrás - as estrelas provavelmente se formaram juntas. Adicionando mais evidaªncias a esta descoberta, os pesquisadores examinaram um conjunto de dados de curvas de luz, que captura como o brilho das estrelas muda ao longo do tempo.

"Isso pode ser usado para medir a velocidade com que as estrelas estãogirando", disse Agueros. "Estrelas com a mesma idade devem mostrar um padrãodistinto em suas taxas de rotação."

Com a ajuda de dados do Transiting Exoplanet Survey Satellite da NASA e do Zwicky Transient Facility - os quais produziram curvas de luz para estrelas em Theia 456 - Andrews e seus colegas foram capazes de determinar que as estrelas no fluxo compartilham uma idade comum.

A equipe também descobriu que as estrelas estãose movendo juntas na mesma direção.

“Se vocêsabe como as estrelas se movem, pode voltar atrás para descobrir de onde as estrelas vieram”, disse Andrews. "Amedida que retroceda­amos o rela³gio, as estrelas ficavam cada vez mais próximas. Então, achamos que todas essas estrelas nasceram juntas e tem uma origem comum."

Andrews disse que combinar conjuntos de dados e mineração de dados éessencial para compreender o universo que nos rodeia.

“Vocaª são pode ir atécerto ponto com um conjunto de dados”, disse ele. "Quando vocêcombina conjuntos de dados, tem uma noção muito mais rica do que estãola¡ fora no canãu."

 

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