Estudo identifica o gatilho para o desenvolvimento do eixo 'cabea§a a cauda' no embria£o humano
As descobertas fornecem a primeira evidência de que um grupo de células fora do embria£o, conhecido como hipoblasto, envia uma mensagem ao embria£o que inicia o desenvolvimento do eixo do corpo cabea§a-cauda.
Um embria£o humano no laboratório, 9 dias após a fertilização. O hipoblasto (um grupo de células fora do embria£o principal) envia uma mensagem ao embria£o que inicia o desenvolvimento do eixo do corpo cabea§a-cauda. Usando a análise de imunofluorescaªncia, o hipoblasto émostrado em verde - essas células são distribuadas de forma assimanãtrica. Uma cavidade évisível no centro do embria£o marcada pela secreção de podocalixina (vermelha) e acaºmulo de F-actina (branca). Os núcleos são corados de azul. Crédito: Universidade de Cambridge
Os cientistas identificaram eventos moleculares importantes no embria£o humano em desenvolvimento entre os dias 7 e 14 - um dos esta¡gios mais misteriosos, embora craticos, de nosso desenvolvimento.
A segunda semana de gestação representa um esta¡gio crítico do desenvolvimento embriona¡rio , ou embriogaªnese. A falha de desenvolvimento durante este período éuma das principais causas da perda precoce da gravidez. Saber mais sobre isso ajudara¡ os cientistas a entender como isso pode dar errado e a tomar medidas para consertar os problemas.
O período de pré-implantação, antes dos implantes de embriaµes em desenvolvimento no aºtero da ma£e, foi estudado extensivamente em embriaµes humanos no laboratório. No sanãtimo dia, o embria£o deve se implantar no aºtero para sobreviver e se desenvolver. Muito pouco se sabe sobre o desenvolvimento do embria£o humano uma vez que se implanta, porque se torna inacessavel para estudo.
Trabalho pioneiro da professora Magdalena Zernicka-Goetz e sua equipe desenvolveram uma técnica, relatada em 2016, para cultivar embriaµes humanos fora do corpo da ma£e após a implantação. Isso permitiu que embriaµes humanos fossem estudados atéo dia 14 de desenvolvimento pela primeira vez .
Em um novo estudo, a equipe colaborou com colegas do Instituto Wellcome Sanger para revelar o que acontece nonívelmolecular durante este esta¡gio inicial da embriogaªnese. Suas descobertas fornecem a primeira evidência de que um grupo de células fora do embria£o, conhecido como hipoblasto, envia uma mensagem ao embria£o que inicia o desenvolvimento do eixo do corpo cabea§a-cauda.
Professora Zernicka-Goetz no laboratório. Crédito: Universidade de Cambridge
Quando o eixo do corpo comea§a a se formar, a estrutura simanãtrica do embria£o comea§a a mudar. Uma extremidade torna-se comprometida em se desenvolver na extremidade dianteira e a outra na "cauda".
Os novos resultados, publicados hoje na revista Nature Communications , revelam que os sinais moleculares envolvidos na formação do eixo corporal apresentam semelhanças com os dos animais, apesar de diferenças significativas no posicionamento e organização das células.
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"Na³s revelamos os padraµes de expressão gaªnica no embria£o em desenvolvimento logo após ele se implantar no aºtero, que refletem as maºltiplas conversas que acontecem entre diferentes tipos de células conforme o embria£o se desenvolve nesses esta¡gios iniciais", disse a professora Magdalena Zernicka-Goetz no Departamento de Fisiologia, Desenvolvimento e Neurociências da Universidade de Cambridge, e autor saªnior do relatório.
Ela acrescentou: "Esta¡vamos procurando a conversação do gene que permitira¡ que a cabea§a comece a se desenvolver no embria£o e descobrimos que foi iniciada por células no hipoblasto - um disco de células fora do embria£o. Eles enviam a mensagem ao embria£o adjacente células, que respondem dizendo 'OK, agora vamos nos colocar de lado para nos desenvolvermos na extremidade da cabea§a.' "
O estudo identificou as conversas de genes no embria£o em desenvolvimento, sequenciando o ca³digo em milhares de moléculas de RNA mensageiro feitas por células individuais. Eles capturaram o perfil molecular em evolução do embria£o em desenvolvimento após a implantação no aºtero, revelando a perda progressiva de pluripotaªncia (a capacidade das células embriona¡rias de dar origem a qualquer tipo de canãlula do futuro organismo) conforme o destino de diferentes células édeterminado.
"Nosso objetivo sempre foi permitir insights sobre o desenvolvimento do embria£o humano em um prato, para entender como nossas vidas comea§am. Combinando nossa nova tecnologia com manãtodos de sequenciamento avana§ados, investigamos mais profundamente as principaismudanças que ocorrem neste esta¡gio incravel. do desenvolvimento humano, quando tantas gestações infelizmente falham ", disse Zernicka-Goetz.