Tecnologia Científica

Lana§ado primeiro cargueiro elanãtrico auta´nomo na Noruega
O navio de 80 metros e 3.200 toneladas de porte bruto comea§ara¡ em breve dois anos de testes de trabalho, durante os quais seráajustado para aprender a manobrar por conta própria.
Por Pierre-Henry Deshayes - 20/11/2021


O Yara Birkeland eliminara¡ a necessidade de cerca de 40.000 viagens de caminha£o por ano, agora movidas a diesel poluente.

Emissaµes zero e, em breve, tripulação zero: o primeiro navio de carga auta´nomo totalmente elanãtrico do mundo foi revelado na Noruega, um passo pequeno, mas promissor, para reduzir a pegada climática da indústria mara­tima.

Ao enviar até120 contaªineres de fertilizantes de uma fa¡brica na cidade de Porsgrunn, no sudeste dopaís, para o porto de Brevik, a uma daºzia de quila´metros (cerca de oito milhas) de distância, a muito atrasada Yara Birkeland, exibida a  ma­dia na sexta-feira, eliminara¡ a necessidade para cerca de 40.000 viagens de caminha£o por ano que agora são movidas a diesel poluente.

"a‰ claro que houve dificuldades e contratempos", disse Svein Tore Holsether, presidente-executivo da gigante norueguesa de fertilizantes Yara.

"Mas éainda mais recompensador estar aqui hoje em frente a este navio e ver que fomos capazes de fazer isso", disse ele, com o elegante navio azul e branco atracado atrás dele em um cais de Oslo, onde havia foi navegado para o evento.

O navio de 80 metros e 3.200 toneladas de porte bruto comea§ara¡ em breve dois anos de testes de trabalho, durante os quais seráajustado para aprender a manobrar por conta própria.

A casa do leme pode desaparecer completamente em "três, quatro ou cinco anos", disse Holsether, uma vez que a embarcação faz suas viagens de 7,5 milhas na¡uticas por conta própria com o auxa­lio de sensores.

"Muitos dos incidentes que acontecem em navios são devidos a erro humano , por causa da fadiga, por exemplo", disse o gerente de projeto Jostein Braaten da ponte possivelmente condenada.

"A operação auta´noma pode permitir uma jornada segura", disse ele.

Embora a distância que a Yara Birkeland possa cobrir seja curta, ela enfrentara¡ muitos obsta¡culos.

Ele tera¡ que navegar em um fiorde estreito e navegar sob duas pontes enquanto gerencia as correntes e o tra¡fego pesado de navios mercantes, embarcações de recreio e caiaques, antes de atracar em um dos portos mais movimentados da Noruega.

Os pra³ximos meses sera£o um período de aprendizado.

“Em primeiro lugar, temos que detectar se hálgo ali. Temos que entender que éum caiaque, então temos que determinar o que fazer com isso”, disse Braaten.

“Atualmente, os grandes navios não fazem muito com o caiaque. Eles não podem fazer muito. Eles podem avisar, mas não podem manobrar para longe” ou dar répara evitar um incidente.
 
A navegação auta´noma exigira¡ um novo conjunto de regulamentações que ainda não existe.

'100 Teslas'

A bordo do Yara Birkeland, a tradicional sala de ma¡quinas foi substitua­da por oito compartimentos de bateria, dando ao navio uma capacidade de 6,8 MWh - proveniente de hidroeletricidade renova¡vel.

"Isso éo equivalente a 100 Teslas", diz Braaten.

O setor mara­timo, que éresponsável por quase 3% de todas as emissaµes antra³picas, visa reduzir suas emissaµes em 40% até2030 e 50% até2050.

Apesar disso, o setor cresceu nos últimos anos.

Combinados, o transporte mara­timo domanãstico e internacional e a pesca, a indústria emitiu mais de um bilha£o de toneladas de gases de efeito estufa em 2018, ante 962 milhões de toneladas em 2012, de acordo com os últimos dados da Organização Mara­tima Internacional.

Por si são, a contribuição da Yara Birkeland para os esforços clima¡ticos globais seráapenas uma gota no oceano - eliminando 678 toneladas de dia³xido de carbono por ano produzido pelos caminhaµes redundantes.

E os especialistas não esperam que os vasos elanãtricos se tornem uma solução universal para a indústria tão cedo.

"A eletricidade tem um uso 'nicho', em particular para balsas, pois essas são geralmente rotas curtas e esta¡veis, possivelmente em transportes costeiros e fluviais. Mas não estãobem adaptada para longas travessias oceânicas:", disse Camille Egloff, especialista em transporte mara­timo da Boston Consulting Group.

“Nãosão (uma embarcação) precisaria ser auta´noma para longas distâncias, mas também teria que equipar as portas com carregadores de bateria. Portanto, hádesafios técnicos e de infraestrutura que precisam ser coordenados”, disse ela.

Enquanto dezenas de balsas elanãtricas já cruzam os fiordes da Noruega - um grande produtor de petra³leo e gás que paradoxalmente também élider no transporte elanãtrico - os transatla¢nticos tera£o que contar com outras tecnologias para se tornarem verdes, como GNL, e-metanol e hidrogaªnio.

 

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