Essa sublimaa§a£o resulta em um resfriamento local que causa movimentos na camada de gelo na escala de 100.000 anos, o que écompara¡vel a velocidade do movimento da placa tecta´nica na Terra.
Anomalias de temperatura sob asuperfÍcie do gelo, conforme previsto pelo modelo de computador apresentado pelos autores do estudo. Crédito: A. Morison / S. Labrosse / G. Choblet
Sputnik Planitia, uma bacia nasuperfÍcie de Plutão cheia de gelo de nitrogaªnio, exibe um padrãosurpreendente de polagonos planos separados por calhas estreitas. Esse recurso éum sinal de convecção tanãrmica dentro da massa gelada que renova constantemente suasuperfÍcie. Atéagora, o condutor desse processo era um enigma.
No entanto, em seu estudo publicado na Nature em 15 de dezembro de 2021, pesquisadores do CNRS, ENS de Lyon e da Universidade de Exeter desvendam o mistério por trás da formação dessas estruturas. Apesar do baixonívelde radiação solar, o gelo de nitrogaªnio aqui éregularmente sublimado, ou seja, transformado diretamente em gás sem antes se tornar um laquido.
Essa sublimação resulta em um resfriamento local que causa movimentos na camada de gelo na escala de 100.000 anos, o que écompara¡vel a velocidade do movimento da placa tecta´nica na Terra.
O processo tem uma semelhança mais forte com o movimento de nossos oceanos do que com o comportamento das camadas de gelo nas luas de Jaºpiter e Saturno.
Tambanãm pode ocorrer nasuperfÍcie de outros corpos planetarios como Tritão, uma lua de Netuno; ou Eris e Makemake, entre os maiores Objetos do Cintura£o de Kuiper.