Tecnologia Científica

Isota´nico de cajua­na promete revolucionar o mercado das bebidas esportivas
Isota´nico criado por pesquisadora da Ufpi a  base de Cajua­na, não tem corantes, saborizantes, nem aromatizantes artificiais e deve ser referaªncia no mercado das bebidas esportivas.
Por Laercio Damasceno - 16/07/2019

Ufpi
Isota´nico a  base de cajua­na

A invenção da Profa. Dra. Luanne Morais Vieira Galva£o, realizada no Laborata³rio de Inovação Tecnola³gica e Empreendedorismo em produtos farmacaªuticos e correlatos (LITE/UFPI), éum isota´nico a  base de cajua­na, foi formulado para ser consumido pelos praticantes de atividades físicas (profissionais ou amadores), facilitando a sua reidratação e reposição de minerais durante ou após a prática de exerca­cios fa­sicos. A formulação do repositor hidroeletrola­tico consiste de uma composição de ingrediente contendo: a¡gua, suco de caju (cajua­na), sacarose, cloreto de sãodio, citrato de sãodio, fosfato de pota¡ssio e a¡cido ca­trico.
 
“Diferente da maioria das bebidas esportivas no mercado, o isota´nico a  base de cajua­na não tem corantes, saborizantes e nem aromatizantes artificiais”, ressaltou a cientista. “A cor, sabor e aroma da bebida são caracteri­sticas fornecidas pela própria cajua­na. Além do mais, a correção nas quantidades de sais e carboidratos para valores determinados pela ANVISA éma­nima, tendo em vista que a própria cajua­na já éfonte de uma quantidade significativa desses compostos".
 
Uma bebida isota´nica éaquela que apresenta concentração de substâncias ou minerais semelhantes a s encontradas nos fluidos orga¢nicos. O balana§o entre os eletra³litos (minerais) evita a desidratação durante a prática esportiva. Um isota´nico deve possuir a mesma pressão osma³tica que o sangue humano. Essa caracterí­stica permite que a bebida seja rapidamente absorvida após o consumo. Os eletra³litos estãoenvolvidos na maioria dos processos biola³gicos e os mais importantes são: sãodio, cloreto, pota¡ssio, ca¡lcio, magnanãsio e fa³sforo.

Os repositores hidroleletrola­ticos tem se tornado o suplemento mais consumido por praticantes de atividade física. No Brasil, estima-se que o consumo de bebida isota´nica éde 0,5 litro por ano por habitante, mas chega a 15 litros por habitante por ano nos EUA, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoa³licas (ABIR).
 
O desenvolvimento da nova bebida esportiva vem ao encontro do que buscam muitos consumidores e da própria tendaªncia atual do mercado, de oferecer produtos com menos ingredientes artificiais. “O isota´nico de cajua­na possuem concentração semelhante aos fluidos corporais, de forma que podem ser transferidas, facilmente, para a corrente sanguínea, repondo perdas causadas por transpiração excessiva ou diarreia”, enfatizou Luanne Moraes.
 
Desenvolvimento em laboratório

Para chegar a  versão final do isota´nico, foram testadas 9 formulações, variando as concentrações dos constituintes, para chegar ao melhor sabor e que atendesse ao que a legislação estabelece para produção de bebidas eletrola­ticas, quanto a  quantidade de sãodio, pota¡ssio, carboidrato, entre outros. Por fim, foi analisada a estabilidade da bebida, que não necessita de refrigeração durante o transporte ou armazenamento, e apresenta prazo de validade de 180 dias. A bebida écontraindicada para diabanãticos pela quantidade considera¡vel de carboidratos (açúcar), de 5,2 gramas por 100 ml de isota´nico a  base de cajua­na.
 
 Profa. Dra. Luanne Morais Vieira Galva£o coordenadora da pesquisa

“Apa³s chegarmos a  formulação ao produto, estudamos por 180 dias e realizamos análises laboratoriais (que avaliam os parametros fa­sico-qua­micos); microbiológicas (que avaliam a contaminação microbiológica); e sensorial, em que mais de 280 degustadores voluntários apreciaram e opinaram sobre a cor, o sabor e o aroma, além de apontar a intenção de compra. Cor e aroma foram os parametros dos quais os provadores mais gostaram. Disseram também que, no geral, comprariam o isota´nico de cajua­na”, relatou a pesquisadora.
 
Os testes do novo produto foram realizados no Laborata³rio de Inovação Tecnola³gica e Empreendedorismo em produtos farmacaªuticos e correlatos (LITE/UFPI) bem como no Laborata³rio de Alimentos do Instituto Federal do Piauí­ (IFPI), onde a pesquisadora édocente de cursos ligados a  área de tecnologia de alimentos. 
Para o desenvolvimento do produto, além da UFPI e do IFPI - onde a pesquisadora fez boa parte das análises - o trabalho contou com o apoio da Fundação de Amparo a  Pesquisa do Estado do Piauí­ ( Fapepi ) e da empresa FitoFit - Suplementos e Produtos Naturais.
 
 Isota´nico anã comercializado em site 

Para o isota´nico ser produzido em larga escala e chegar a grandes pontos de venda, os pesquisadores proprieta¡rios da startup envolvida e a própria pesquisadora esperam despertar o interesse do empresariado para a realização da transferaªncia de tecnologia. No momento o isota´nico a  base de cajua­na estãosendo produzido por uma empresa incubada na UFPI, a FitoFit - Suplementos e Produtos Naturais e écomercializado inicialmente via site da empresa 

O parceiro negocia os termos para exploração comercial da patente e paga os royalties a  Universidade, que divide em partes iguais entre os pesquisadores; o departamento que desenvolveu o produto; e a própria instituição, para investimentos.

 

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