Tecnologia Científica

Satanãlites de enxame revelam ondas magnanãticas que varrem a parte mais externa do núcleo externo da Terra
Usando informaa§aµes da missão de satanãlite Swarm da ESA, os cientistas descobriram um tipo completamente novo de onda magnanãtica que varre a parte mais externa do núcleo externo da Terra a cada sete anos. Esta descoberta fascinante...
Por Agência Espacial Europeia - 24/05/2022


Essa onda misteriosa oscila a cada sete anos e se propaga para o oeste a até1.500 quila´metros por ano. Essas ondas se alinham em colunas ao longo do eixo de rotação da Terra. Asmudanças de movimento e campo magnético associadas a essas ondas são mais fortes perto da regia£o equatorial do núcleo. Crédito: Universidade UniversitéGrenoble Alpes

Enquanto erupções vulcânica s e terremotos servem como lembretes imediatos de que o interior da Terra étudo menos tranquilo, também existem outros processos dina¢micos mais evasivos acontecendo nas profundezas da Terra. Usando informações da missão de satanãlite Swarm da ESA, os cientistas descobriram um tipo completamente novo de onda magnanãtica que varre a parte mais externa do núcleo externo da Terra a cada sete anos. Esta descoberta fascinante, apresentada no Living Planet Symposium da ESA, abre uma nova janela para um mundo que nunca poderemos ver.

O campo magnético da Terra écomo uma enorme bolha que nos protege do ataque da radiação ca³smica e daspartículas carregadas transportadas por ventos poderosos que escapam da atração gravitacional do Sol e atravessam o sistema solar. Sem o nosso campo magnanãtico, a vida como a conhecemos não existiria.

Compreender exatamente como e onde nosso campo magnético égerado, por que flutua constantemente, como interage com o vento solar e, de fato, por que estãoenfraquecendo atualmente, não éapenas de interesse acadaªmico, mas também de benefa­cio para a sociedade. Por exemplo, tempestades solares podem danificar redes de comunicação e sistemas de navegação e satanãlites, portanto, embora não possamos fazer nada sobre asmudanças no campo magnanãtico, entender essa força invisível ajuda a estar preparado.

A maior parte do campo égerada por um oceano de ferro la­quido superaquecido e rodopiante que compaµe o núcleo externo da Terra a 3.000 km sob nossos panãs. Atuando como o condutor girata³rio em um da­namo de bicicleta, ele gera correntes elanãtricas e o campo eletromagnético em constante mudança.

A missão Swarm da ESA, que inclui três satanãlites idaªnticos, mede estes sinais magnanãticos provenientes do núcleo da Terra, bem como outros sinais provenientes da crosta, oceanos, ionosfera e magnetosfera.

Desde que o trio de satanãlites Swarm foi lana§ado em 2013, os cientistas vão analisando seus dados para obter novos insights sobre muitos dos processos naturais da Terra, desde o clima espacial atéa física e a dina¢mica do coração tempestuoso da Terra.

Medir nosso campo magnético do espaço éa única maneira real de sondar profundamente o núcleo da Terra. A sismologia e a física mineral fornecem informações sobre as propriedades materiais do núcleo, mas não esclarecem o movimento gerador do da­namo do núcleo externo la­quido.

Mas agora, usando dados da missão Swarm, os cientistas descobriram um segredo escondido.

Um artigo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences , descreve como uma equipe de cientistas detectou um novo tipo de onda magnanãtica que varre a “superfa­cie” do núcleo externo da Terra, onde o núcleo encontra o manto. Essa onda misteriosa oscila a cada sete anos e se propaga para o oeste a até1.500 quila´metros por ano.
 
Nicolas Gillet, da Universidade UniversitéGrenoble Alpes e principal autor do artigo, disse: "Os geofa­sicos hámuito tempo teorizam sobre a existaªncia de tais ondas, mas pensava-se que elas ocorrem em escalas de tempo muito mais longas do que nossa pesquisa mostrou.

"Medidas do campo magnético de instrumentos baseados nasuperfÍcie da Terra sugeriram que havia algum tipo de ação das ondas, mas precisa¡vamos da cobertura global oferecida pelas medições do espaço para revelar o que realmente estãoacontecendo.

"Combinamos medições de satanãlite do Swarm, e também da missão alema£ Champ anterior e da missão dinamarquesa a˜rsted, com um modelo de computador do geoda­namo para explicar o que os dados terrestres haviam gerado - e isso levou a  nossa descoberta."

Acredita-se que o campo magnético seja em grande parte gerado por um oceano de ferro
la­quido superaquecido e rodopiante que compaµe o núcleo externo da Terra, 3.000 km sob
nossos panãs. Atuando como o condutor girata³rio em um da­namo de bicicleta, ele gera
correntes elanãtricas e, portanto, o campo eletromagnético em constante mudança. Outras
fontes de magnetismo vão de minerais no manto e crosta da Terra, enquanto a ionosfera,
magnetosfera e oceanos também desempenham um papel. A constelação de três satanãlites
Swarm da ESA foi concebida para identificar e medir com precisão estes diferentes sinais
magnanãticos. Isso levara¡ a uma nova visão de muitos processos naturais, desde aqueles
que ocorrem nas profundezas do planeta, atéo clima no espaço causado
pela atividade solar. Crédito: ESA/ATG Medialab

Devido a  rotação da Terra, essas ondas se alinham em colunas ao longo do eixo de rotação. Asmudanças de movimento e campo magnético associadas a essas ondas são mais fortes perto da regia£o equatorial do núcleo.

Embora a pesquisa exiba ondas magneto-Coriolis próximas ao período de sete anos, a questãoda existaªncia de tais ondas que oscilariam em diferentes períodos, no entanto, permanece.

Dr. Gillet acrescentou: "As ondas magnanãticas provavelmente sera£o desencadeadas por distúrbios nas profundezas do núcleo fluido da Terra, possivelmente relacionados a plumas de flutuabilidade. Cada onda éespecificada por seu período e escala de comprimento ta­pica, e o período depende das caracteri­sticas das forças Para ondas magneto-Coriolis, o período éindicativo da intensidade do campo magnético dentro do núcleo.

"Nossa pesquisa sugere que outras ondas desse tipo provavelmente existam, provavelmente com períodos mais longos - mas sua descoberta depende de mais pesquisas".

O cientista da missão Swarm da ESA, Ilias Daras, observou: "Esta pesquisa atual certamente vai melhorar o modelo cienta­fico do campo magnético dentro do núcleo externo da Terra. Tambanãm pode nos dar uma nova visão sobre a condutividade elanãtrica da parte mais baixa do manto e também da história tanãrmica da Terra."

 

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