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Fomentando a alfabetização midia¡tica na era das deepfakes
O curso online do MIT Center for Advanced Virtuality busca capacitar estudantes e educadores a se envolverem criticamente com a ma­dia.
Por Stefanie Koperniak - 19/02/2022


Deepfakes cada vez mais convincentes estãotornando mais difa­cil distinguir fatos de ficção na ma­dia digital. Imagem: Raphael Hadas-Lebel

Enquanto as pessoas recorrem a  ma­dia digital para obter nota­cias em altas taxas, os algoritmos para manipular a ma­dia continuam a se tornar mais poderosos. Em uma  pesquisa do Pew Research Center (agosto/setembro de 2020), 53% dos adultos nos Estados Unidos dizem que recebem nota­cias das ma­dias sociais “com frequência” ou “a s vezes”. As pessoas estãocientes hámuito tempo de fena´menos como fotos “manipuladas” e desinformação em geral, mas o aprendizado de ma¡quina estãopermitindo a proliferação de “deepfakes”, va­deos ou imagens de eventos falsos com sofisticação crescente.

Agora, o MIT Center for Advanced Virtuality (MIT Virtuality para abreviar) criou um curso que aborda a desinformação tanto em termos de fena´menos tecnola³gicos contempora¢neos específicos quanto em uma perspectiva de ma­dia mais ampla.

“Estamos atualmente passando por uma crise de informação”, diz Joshua Glick, produtor educacional deste projeto MIT Virtuality e professor assistente de estudos de ma­dia no Hendrix College. “Uma combinação de forças políticas, tecnologiicas e econa´micas impulsionou a disseminação de desinformação e desinformação em todo o nosso ambiente de ma­dia ose a crise são foi amplificada pela pandemia”.

O MIT Center for Advanced Virtuality, parte do MIT Open Learning e dirigido pelo professor de Ciência da Computação e Laborata³rio de Inteligaªncia Artificial D. Fox Harrell, criou um curso online gratuito, Media Literacy in the Age of Deepfakes , com o objetivo de dar aos educadores e independentes os alunos os recursos e habilidades cra­ticas para entender a ameaça da desinformação. Além de ensinar os participantes a decifrar afirmações baseadas em fatos de mentiras e fontes confia¡veis ​​de fraudes, o curso visa colocar deepfakes dentro de uma história maior de manipulação de ma­dia e mostrar como ativistas, artistas, tecna³logos e cineastas estãousando inteligaªncia artificial ma­dia para uma ampla gama de projetos ca­vicos.

O curso éimplementado como um site dina¢mico de várias camadas, incluindo va­deos e materiais de estudo de caso, além de oferecer muito mais contexto e informações por meio de diferentes ma³dulos de aprendizado individualizados. Um exemplo ilustrativo usado no curso é“ In Event of Moon Disaster ”, uma produção do MIT Virtuality vencedora do Emmy, codirigida por Francesca Panetta e Halsey Burgund. O projeto mostra um deepfake do presidente Nixon proferindo o discurso de contingaªncia real escrito em 1969 para um cena¡rio em que a tripulação da Apollo 11 não conseguiu retornar da lua e apresenta vários recursos de aprendizado e análise.

O projeto Media Literacy in the Age of Deepfakes foi apoiado por uma doação em inovação no ensino superior do Abdul Latif Jameel World Education Lab (J-WEL) para projetar uma sanãrie de experiências educacionais em sala de aula para estudantes e um curso on-line para servir mais amplamente como um recurso para instituições educacionais. Glick, especialista em humanidades públicas, foi contratado para trabalhar no projeto pelo professor Harrell, o principal pesquisador da bolsa. Outros colaboradores do projeto incluem a gerente de projeto saªnior Rita Sahu e a especialista em publicação digital Cathleen Nalezyty da OpenCourseWare, bem como o desenvolvedor web Nicolae Herrera, a designer consultora Ksenia Slavina e o artista gra¡fico Dan Sharkey, para criar uma rica experiência de aprendizado adequada para o ensino superior.

“O curso responde a uma necessidade crescente de abordar a desinformação e a desinformação em várias frentes, desde políticas a intervenções tecnologiicas osneste caso, estamos focados em melhorar o conhecimento e a compreensão do paºblico”, diz Harrell. “Deepfakes são apenas um exemplo de tecnologia de virtualidade, que descrevemos como tecnologias que misturam a imaginação com o mundo fa­sico. Nosso centro épioneiro em usos criativos e impactantes de tais tecnologias para o aprendizado e o bem social ose para combater seus usos para fins negativos, como a desinformação. Os objetivos deste curso são capacitar alunos e educadores a serem criticamente conscientes de seu ambiente de ma­dia e ajudar a equipa¡-los para se tornarem intanãrpretes perspicazes da ma­dia que encontram diariamente.”

O curso foi projetado com a máxima flexibilidade em mente, compreendendo três ma³dulos de aprendizagem individuais que podem ser ministrados individualmente como “micro-unidades” dentro de uma aula de estudos de ma­dia, ciência da computação ou comunicação, ou todos juntos como um curso estendido de uma a três semanas. seção.

Além disso, o site do curso inclui uma seção abrangente de recursos com tarefas relacionadas aos ma³dulos. Por exemplo, háum projeto StoryMaps que incorpora pesquisas em jornais hista³ricos e um projeto para prototipar um novo trabalho de ma­dia sintanãtica. Ha¡ também uma bibliografia longa e um programa de exemplo que pode ser usado para uma aula de um semestre. A equipe do curso incluiu muitas citações e referaªncias ao longo dos ma³dulos, permitindo que os educadores se aprofundassem no assunto e aprendessem mais sobre tópicos específicos, como desinformação do século XX ou arte habilitada por IA.

Media Literacy in the Age of Deepfakes tem sido usado no Dartmouth College e em outras universidades, bem como no MIT, em cursos de Estudos Comparativos de Ma­dia e Artes e Ciências da Ma­dia. Ele também éhospedado pelo MIT OpenCourseWare, tornando-o dispona­vel para milhões de alunos e educadores em todo o mundo que recorrem a esse site para obter os melhores materiais de aprendizado de acesso aberto do MIT.

“Foi revelador e recompensador ouvir os colegas sobre como suas turmas estãose envolvendo com este curso online”, diz Glick. “Se os alunos puderem ser um pouco mais cra­ticos sobre os artigos, va­deos e imagens que aparecem em seus feeds de ma­dia social, o projeto tera¡ feito algum bem. Espero que eles possam aplicar o que estãoaprendendo em seus cursos e em suas vidas profissionais e públicas além da universidade.”

 

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