Humanidades

Cientistas levam o estudo do medo a uma casa mal-assombrada
Uma casa de prisioneiros demente e outros horrores tornou-se um laboratório para estudar o medo.
Por Whitney Clavin - 30/10/2019

Pixabay

Neste Halloween, quando as pessoas gritarem atravanãs de casas mal-assombradas, um grupo de cientistas estara¡ observando. Os cientistas sociais da Caltech fizeram parceria com uma casa mal-assombrada sazonal, The 17th Door, em Fullerton, perto de Los Angeles, para estudar as diferentes maneiras pelas quais as pessoas reagem ao medo.

"Se projeta¡ssemos um experimento para deixar as pessoas o mais assustadas possí­vel, sem prejudica¡-las, pode parecer muito com essa casa mal-assombrada", diz Colin Camerer , professor de Economia Comportamental Robert Kirby e diretor da T&C. Centro Chen para Neurociaªncia Social e de Decisão no Instituto Tianqiao e Chrissy Chen para Neurociaªncia em Caltech .

Crédito: The 17th Door
Colin Camerer e uma equipe de pesquisadores da Caltech
estãodo lado de fora da casa assombrada da 17ª Porta,
onde estãorealizando estudos sobre o medo. Da esquerda
para a direita: Marcos Gallo (aluno de graduação),
Fiona Parsons, Bowen Fung (pa³s-doutorado),
Colin Camerer (professor de economia comportamental),
Virginia Fedrigo (assistente de pesquisa) e
Xin Sui (assistente de pesquisa).

Camerer e seu colega Dean Mobbs , professor assistente de Neurociênciacognitiva e Chen Scholar da Caltech, estãointeressados ​​em estudar como as pessoas reagem ao imaginar uma situação de medo em vez de estar em uma. Eles estãoestudando um fena´meno conhecido como vianãs de projeção, no qual as pessoas nem sempre prevaªem com precisão como va£o reagir a uma situação. Por exemplo, alguns visitantes de uma casa mal-assombrada podem presumir que tera£o mais medo quando enfrentarem zumbis, assassinos manchados de sangue e outros horrores, mas depois, uma vez la¡ dentro, descobrem que não são, de fato, tão temerosos quanto eles. esperado. Ou o contra¡rio pode acontecer, e uma pessoa pode ter mais medo do que previra quando entra na casa dos terrores.

"Nãohámuitos dados bons sobre o vianãs de projeção, mas temos evidaªncias de que as pessoas não são boas em prever seus na­veis de medo", diz Camerer.

Camerer e Mobbs perceberam que uma casa mal-assombrada era uma maneira ideal de estudar o medo em situações que, embora não sejam realmente perigosas, são projetadas para criar ou evocar medos ba¡sicos e decidiram testar se épossí­vel adquirir dados aºteis nesse cena¡rio. Eles fizeram uma parceria com a The 17th Door, que, segundo o site , retrata a história de Paula, uma prisioneira psica³tica que busca redenção depois de assassinar seu filho.


Desde 20 de outubro, os cientistas pedem a s pessoas que esperam na fila para entrar na casa assombrada se desejam participar de um estudo. Aqueles que concordam são convidados a preencher um questiona¡rio antes e depois da experiência; durante a viagem pela casa, eles usam um dispositivo no pulso que mede a freqa¼aªncia carda­aca, a pressão arterial e outros fatores como sudorese na pele, que informam aos cientistas o medo que tem.

"Quando retiramos os dispositivos de pulso dos voluntários, podemos dizer que eles estãosuando", diz Virginia Fedrigo, assistente de tanãcnico de pesquisa da Caltech que trabalha com Camerer e recentemente obteve seu mestrado em neuroeconomia pela Universidade de Maastricht. "Esta não ésua experiência ta­pica, mas éuma a³tima experiência. Estamos aprendendo a planejar o que não éplanejado, e estou curioso para analisar os resultados".


Os pesquisadores dizem que também querem testar se os na­veis de medo de uma pessoa dependem do número de amigos com quem andam pela casa. "Eles sentem segurança em números?" pergunta Camerer.

Uma vez que os pesquisadores tenham uma idanãia melhor da aparaªncia dos dados da edição deste ano, que termina logo após o Dia das Bruxas, eles esperam planejar experimentos futuros e potencialmente escrever os resultados. Um de seus objetivos a longo prazo, diz Camerer, éestudar atéque ponto as pessoas podem aprender a controlar suas emoções durante experiências extremas como essa. "Isso deve levar a avanços para ajudar as pessoas a se sentirem menos ansiosas e com medo na vida cotidiana", diz Camerer.

Afinal, os personagens loucos de The 17th Door realmente não estãochegando para pega¡-lo ... ou são ?

 

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