
Uma forte, verdadeiramente feroz defensora da equidade nacional e global da saúde, Jennifer Prah Ruger , professora de Equidade, Economia e Polatica da Saúde em Amartya Sen na Escola de Polaticas e Pra¡ticas Sociais e professora de anãtica e polatica médica na Perelman School of Medicine , éautor de dois livros sobre o assunto desde 2009, em um esfora§o para impulsionar as conversas em torno da melhoria da saúde entre todos.Â
Além da autoria, ela édiretora do Health Equity and Policy Lab (HEPL) da Penn , uma organização de pesquisa com mente global que usa uma abordagem de manãtodos mistos para estudar a eficácia da polatica na redução das desigualdades na saúde. De acordo com o HEPL, a equidade em saúde éa liberdade de um indivaduo ou grupo de atingir seu potencial de saúde.Â
E o trabalho de Prah Ruger certamente tem esse objetivo em mente.
Aqui, Prah Ruger explica a estrutura de seu livro " Global Health Justice and Governance ", que identifica problemas em todo o mundo na obtenção da equidade em saúde, ao mesmo tempo que esboa§a recomendações sobre como todos ospaíses, incluindopaíses desenvolvidos como os Estados Unidos, podem ter a responsabilidade de nivelar campo de atuação nos padraµes de saúde nospaíses do mundo. (Veja vadeo adicional, intitulado Justia§a e governana§a em saúde global.)
Como este livro começou para vocaª? O que a inspirou e como evoluiu do seu livro anterior, 'Saúde e Justia§a Social', sobre um assunto semelhante?Â
O último livro apresentou uma teoria da justia§a e da saúde noníveldomanãstico - noníveldopaís dentro da nação. Avana§amos o paradigma da capacidade de saúde [HCP], que estabelece uma sanãrie de princapios para diferentes sociedades em termos de alcana§ar a eqa¼idade na saúde da forma mais eficiente possível.
O HCP, mencionado no seu livro atual. Vocaª pode explicar isso e provocar um pouco?
O HCP estãononívelnacional e éum paradigma de saúde e justia§a social que apresenta princapios de justia§a e saúde. Sucintamente, comea§a com uma orientação de que, em vez de ter o mercado, nosso mercado livre, aloca recursos em saúde e cuidados de saúde e decide o que as pessoas devem alcana§ar e que tipo de distribuição de cuidados de saúde e cuidados de saúde devemos ter, que deveraamos fundamentar nosso pensamento sobre isso na idanãia do florescimento humano.Â
O florescimento humano éuma idanãia antiga, e o pensamento éque o que almejamos quando colaboramos coletivamente como sociedade écriar as condições para que as pessoas floresa§am. E quando dizemos florescente, queremos dizer que as pessoas tem capacidade. Para as pessoas serem capazes de fazer o que querem e ser quem elas querem ser. Esta éuma noção positiva de liberdade e tem raazes profundas na história da humanidade e entre culturas. Para os Estados Unidos, essa noção éconsistente com o sonho americano.
Isso requer, certamente, o setor privado. E nossa estrutura apoia o setor privado e o livre mercado na alocação de recursos e na tomada de decisaµes em diferentes áreas de nossas vidas, como cadeiras, mesas, computadores, telefones, bolsas, malas, malas e coisas dessa natureza. Mas quando pensamos em saúde, a saúde tem um status especial. Ele tem um status moral especial entre os humanos, e por que isso? Porque a saúde e os cuidados de saúde são diferentes de outros tópicos da economia, eles não se encaixam no modelo competitivo de oferta e demanda. Â
Antes, a saúde éintranseca ao florescimento; a saúde e os cuidados de saúde devem ser alocados com base nos critanãrios de funcionamento e agaªncia de saúde e necessidade e adequação médica. O mercado livre aloca bens e servia§os com base em preferaªncias ou desejos, o que estamos dispostos a pagar, não funcionando, agaªncia ou necessidade, e épor esse motivo e várias outras falhas de mercado que a saúde e os cuidados de saúde exigem governana§a para moldar a saúde, mercados de assistaªncia médica e seguro de saúde.Â
O paradigma da capacidade de saúde integra economia e anãtica para desenvolver princapios fundamentais para a saúde, os cuidados de saúde e a sociedade, fundamentados na dignidade de todos os seres humanos e no respeito a agaªncia dos indivaduos. O que devemos uns aos outros na sociedade são as condições para que as pessoas sejam sauda¡veis ​​e o fazm da maneira mais eficiente possível, porque os recursos tem custos de oportunidade. Precisamos de boa saúde para nosmesmos, precisamos de boa saúde para nossos familiares e precisamos de boa saúde para nossos concidada£os. Isso ocorre porque a capacidade de bem-estar do indivaduo estãoligada ao funcionamento efetivo da sociedade; o bem-estar individual requer uma sociedade organizada que promova o bem comum. Ao mesmo tempo, precisamos alocar recursos prudentemente para alcana§ar a equidade em saúde e outras capacidades essenciais para todos.Â
Então, o HCP estabelece princapios de justia§a e saúde, e como éa [equidade em saúde]? Equidade em saúde não éigual para todos; éigual oportunidade de ser sauda¡vel. A equidade em saúde não estãousando todos os recursos da sociedade para o setor de saúde, assistaªncia médica - estãoaplicando princapios de eficiência, análise de custos e análise de custo-efetividade, e a HEPL desenvolveu manãtodos e conduziu análises desses tópicos em nosso trabalho. O HCP desenvolve a interface entre economia, anãtica e governana§a em saúde.Â
O que inspirou o novo livro?
O livro atual é'Justia§a e governana§a em saúde global', e o que inspirou esse projeto foi a necessidade de identificar e explicar problemas fundamentais na saúde global e desenvolver uma teoria da justia§a e saúde global para resolvaª-los.Â
Isso émuito desafiador, porque noníveldomanãstico, temos motivos para acreditar que temos obrigações um com o outro quando moramos em um aºnicopaís, por exemplo, nos EUA, ou pessoas que moram em outrospaíses em relação aos seus respectivospaíses. Mas a tarefa era desenvolver princapios de justia§a relacionados a saúde global, saúde em todo o mundo, em comparação com os princapios de justia§a e saúde em uma comunidade especafica. O que anã: 'Quais são os princapios da justia§a global?' Tais princapios existem? Em nossa abordagem, novamente, o florescimento humano énossa ideia fundamental, porque éinerente a todos os seres humanos, independentemente de onde se vive no mundo. Aqui, nosso objetivo como sociedade global écriar condições para que todos os indivíduos sejam sauda¡veis ​​e prosperem em todo o mundo; não importa onde alguém mora.Â
Esses princapios de justia§a e saúde global fazem com que todos os indivíduos do planeta tenham a mesma oportunidade de serem sauda¡veis, que, como sociedade global, devemos uma a outra condições a nossa saúde. Como éessa igualdade de oportunidades nos obrigou a identificar um grupo de referaªncia ou uma meta no mundo inteiro; fizemos isso examinando o que as sociedades foram capazes de alcana§ar ao longo do tempo. A HEPL desenvolveu manãtodos para medir e analisar a equidade global em saúde pelo grupo de referaªncia, bem como o danãficit dele, reduzindo a mortalidade prematura aoníveldospaíses com os maiores resultados. O arcabouço tea³rico e a abordagem emparica do HEPL, empregando análises de agrupamentos e danãficits de meios K, revelam uma imagem diferente das medidas tradicionais de agregação e desigualdade, como indicadores manãdios de saúde, estratificações de grupos, o coeficiente de Gini ou curva de Lorenz. Ao identificar grupos depaíses e um grupo de referaªncia, nossas análises emparicas demonstram que existem diferentespaíses que foram capazes de alcana§ar naveis mais baixos de mortalidade para homens, mulheres e criana§as, e esse éum objetivo que devemos definir para indivíduos e grupos . No entanto, temos muitospaíses e sociedades dentro depaíses que não experimentam essas possibilidades. Mesmo nos EUA, temos grandes danãficits na expectativa de vida e na mortalidade. Dentro de nossa estrutura global de justia§a em saúde, todas as pessoas são governadas pelos princapios de justia§a, incluindo americanos, que experimentam baixos naveis em várias manãtricas de saúde entrepaíses de alta renda. nossas análises emparicas demonstram que existem diferentespaíses que foram capazes de alcana§ar naveis mais baixos de mortalidade para homens, mulheres e criana§as, e esse éum objetivo que devemos definir para indivíduos e grupos. No entanto, temos muitospaíses e sociedades dentro depaíses que não experimentam essas possibilidades. Mesmo nos EUA, temos grandes danãficits na expectativa de vida e na mortalidade. Dentro de nossa estrutura global de justia§a em saúde, todas as pessoas são governadas pelos princapios de justia§a, incluindo americanos, que experimentam baixos naveis em várias manãtricas de saúde entrepaíses de alta renda. nossas análises emparicas demonstram que existem diferentespaíses que foram capazes de alcana§ar naveis mais baixos de mortalidade para homens, mulheres e criana§as, e esse éum objetivo que devemos definir para indivíduos e grupos. No entanto, temos muitospaíses e sociedades dentro depaíses que não experimentam essas possibilidades. Mesmo nos EUA, temos grandes danãficits na expectativa de vida e na mortalidade. Dentro de nossa estrutura global de justia§a em saúde, todas as pessoas são governadas pelos princapios de justia§a, incluindo americanos, que experimentam baixos naveis em várias manãtricas de saúde entrepaíses de alta renda. temos grandes danãficits na expectativa de vida e na mortalidade. Dentro de nossa estrutura global de justia§a em saúde, todas as pessoas são governadas pelos princapios de justia§a, incluindo americanos, que experimentam baixos naveis em várias manãtricas de saúde entrepaíses de alta renda. temos grandes danãficits na expectativa de vida e na mortalidade. Dentro de nossa estrutura global de justia§a em saúde, todas as pessoas são governadas pelos princapios de justia§a, incluindo americanos, que experimentam baixos naveis em várias manãtricas de saúde entrepaíses de alta renda.
No livro, vocêmenciona a Libanãria e usa o exemplo de sua experiência com o Ebola e como isso foi o suficiente para atrasa¡-los significativamente [no desenvolvimento]. Gostaria de saber se vocêacha que a volatilidade não éamplamente reconhecida na esfera pública.
Sim, existem argumentos do ponto de vista do desenvolvimento econa´mico para investir em saúde. a‰ bom para a economia. a‰ bom para o crescimento econa´mico. Esses são bons argumentos, o crescimento econa´mico e da saúde estãobidirecionais e a HEPL fez uma pesquisa sobre essas conexões.Â
No entanto, o livro argumenta que a saúde éintranseca ao florescimento humano e háuma alegação moral central de que todos os indivíduos tem, em virtude de sua humanidade, que devemos apoiar a oportunidade de os indivíduos serem sauda¡veis. Isso significa que, nonívelglobal, devemos investir em um sistema global de governana§a da saúde que funcione para todos ospaíses, grupos e indivaduos, e devemos estabelecer instituições globais de saúde que possam ajudar a efetivar isso. a‰ por isso que o livro avana§a na Constituição Global de Saúde [GHC] e no Instituto Global de Saúde e Medicina [GIHM]. O GIHM éuma instituição cientafica que cria o plano diretor global e a base global de evidaªncias subjacentes a ele, que analisa de forma independente e objetiva vários problemas na saúde global. O GIHM teria a missão de desenvolver a base cientafica para resolver esses problemas. O GHC delineia os princapios de justia§a e saúde global, sustentando as regras fundamentais do jogo. Isso énecessa¡rio, argumenta o livro, porque são as estruturas de governana§a atuais ou a falta delas que promoveram os interesses de indivaduos,países e instituições ricos, poderosos e conectados, a s custas da saúde e do bem-estar de milhões de pessoas. seres humanos em todo o mundo. A assistaªncia ao desenvolvimento para a saúde aumentou, mas a governana§a global da saúde enfraqueceu ou se tornou inexistente nas últimas décadas. Novas regras no livro deixam claro que, se as organizações entrarem no espaço e na arquitetura de saúde global,
No espaço global da saúde, a Organização Mundial da Saúde [OMS], a principal agaªncia da ONU focada na saúde, agora possui uma porcentagem significativa de seu financiamento de doadores externos, em vez de contribuições comuns dospaíses membros. O livro argumenta que os doadores tem a responsabilidade de direcionar seus investimentos para a eqa¼idade global em saúde, conforme delineado por instituições imparciais, independentes e cientaficas, como o GHC e o GIHM. Em vez de focar em seus interesses estreitos e nacionais, doadores e atores tem a responsabilidade de agir no melhor interesse dos indivaduos, em nome da saúde e do florescimento dos indivaduos. Os atores e instituições globais de saúde devem deveres de boa fée confianção em todas as suas ações e inações. Isso não estãoacontecendo agora e isso éum problema.Â
Qual éa cratica da OMS e das organizações globais? Como eles podem fazer melhor?
Antes de tudo, precisamos de uma estrutura abrangente que se concentre na justia§a e na governana§a e trate o indivaduo como uma unidade de análise. Isso ocorre porque, como observado anteriormente, a saúde éum bem especial, com status moral especial entre os seres humanos. Nosso sistema de saúde global ainda éfortemente influenciado pelo sistema da ONU, com a OMS em seu centro, composta por organizações com os estados como principais membros e os interesses dos estados como seu foco principal. Isso foi chamado anteriormente de governana§a internacional da saúde e muitos sucessos foram alcana§ados com esse sistema; a erradicação da varaola éum exemplo. Hoje, outros atores e instituições fazem parte do sistema com seus pra³prios conjuntos de interesses e prioridades. Â
No futuro, para alcana§ar pessoas empaíses onde existem grandes disparidades na saúde, precisamos nos concentrar nas responsabilidades de todos os atores e instituições em relação a saúde e ao florescimento de indivaduos, com um foco particular em grupos epaíses e comunidades empaíses que estãoos mais vulnera¡veis ​​e privados. O livro defende uma abordagem fundamentalmente diferente, afastando-se da caridade, humanitarismo e desenvolvimento orientado a doadores na saúde global como bases insuficientes para a equidade global da saúde. Por quaª? Porque uma abordagem humanita¡ria ou humanita¡ria ou orientada a doadores não vincula eticamente essas entidades a agir no melhor interesse da saúde e do florescimento das pessoas. Pelo contra¡rio, a caridade, o humanitarismo e o desenvolvimento orientado pelos doadores estãosujeitos ao capricho e a s preferaªncias varia¡veis ​​dos doadores, não capacitar a agaªncia das populações receptoras. Os princapios de justia§a e saúde global delineados no GHC e a base de evidaªncias cientaficas de políticas e programas que funcionam atravanãs do GIHM criam novas regras do jogo que tornam o cumprimento de deveres de boa fée confiam na escolha da comunidade de saúde global. a‰ possível alcana§ar a equidade global da saúde com base no que já funciona. Isso ocorre porque o que épossível em uma parte do mundo ou em uma parte de um aºnicopaís épossível em qualquer lugar. a‰ possível alcana§ar a equidade global da saúde com base no que já funciona. Isso ocorre porque o que épossível em uma parte do mundo ou em uma parte de um aºnicopaís épossível em qualquer lugar. a‰ possível alcana§ar a equidade global da saúde com base no que já funciona. Isso ocorre porque o que épossível em uma parte do mundo ou em uma parte de um aºnicopaís épossível em qualquer lugar.Â
Internamente, pensando nos problemas que temos aqui, vocêsente que a conversa estãona direção certa? Politicamente, centrado no Medicare for All versus seguro privado e em manter um [sistema privado] - estamos tendo a conversa certa?
Primeiro, acredito que estamos vendo uma abertura de possaveis opções políticas, porque estamos tendo uma conversa pública nos Estados Unidos. Este éum bom começo. Segundo, virtualmente todas as famalias são impactadas pelo status quo, seja pela falta de acesso a cuidados de saúde de qualidade ou condições de boa saúde, seja pelas implicações financeiras dos cuidados de saúde. Â
Terceiro, quase US $ 3 trilhaµes estãosendo gastos no setor de saúde americano, mas os EUA comparam mal entre ospaíses de alta renda com vários indicadores de saúde. Nem o estado geral de saúde nem a distribuição de saúde nos EUA se comparam favoravelmente a outrospaíses que gastam consideravelmente menos em assistaªncia médica. Além disso, todos somos impactados, pois o prea§o dos cuidados com a saúde comea§a a aumentar as despesas com outros bens e servia§os nos quais temos motivos para querer investir como parte de nossas políticas públicas. A crise da saúde americana estãoafetando a todos nose estamos nisso juntos. Coproduzimos as condições de saúde individualmente e nonívelfamiliar, mas também por meio de nossos investimentos paºblicos e redistribuição de recursos.Â
Embora a conversa pública que estamos tendo seja um bom começo, acredito que precisamos aprofundar e ter uma conversa ainda mais robusta sobre os valores subjacentes ao nosso sistema e polatica de saúde. Acredito que uma polatica e um sistema de saúde fundamentados no florescimento humano e na equidade em saúde são realmente melhores para os valores americanos do que nossa abordagem atual. Isso ocorre porque o HCP estãoenraizado em uma noção positiva de liberdade. Isso constitui uma verdadeira igualdade de oportunidades; permitir que todos os indivíduos alcancem seu potencial de saúde oferece a todos os americanos e os Estados Unidos como um todo a oportunidade de ser o melhor possível, alcana§ando seu potencial para o benefacio de todos.Â