Um novo estudo da Universidade Hebraica liderado pelo aluno de doutorado Kinneret Endevelt, sob a supervisão do Dr. Roni Porat do Departamento de Ciência Política e do Departamento de Relações Internacionais e do Prof. Eran Halperin do Departamento de Psicologia, revela uma nova abordagem para diminuir a lacuna de desempenho de estudantes de minorias no ensino superior.

A pesquisa enfatiza a necessidade crítica de abordar o persistente senso de incerteza de pertencimento dos estudantes minoritários e apresenta uma intervenção psicológica que visa promover a inclusão e o sucesso no ambiente universitário.

O estudo apresenta uma intervenção direcionada para aumentar o senso de pertencimento de estudantes de minorias, modificando o espaço de aprendizagem institucional. Testada em dois experimentos de campo de larga escala em Israel com mais de 20.000 estudantes judeus e palestinos durante a pandemia da COVID-19, a intervenção envolveu exibir o nome do palestrante em hebraico, inglês e árabe no Zoom.

O artigo de pesquisa , intitulado "Zoom out: uma intervenção no ambiente de aprendizagem virtual melhora as notas de alunos de minorias em dois experimentos de campo em Israel", foi publicado nos Anais da Academia Nacional de Ciências.

Os resultados mostraram um impacto positivo significativo nos estudantes palestinos, incluindo aumento de pertencimento, engajamento, participação e melhor desempenho acadêmico. As notas médias aumentaram em 10 pontos no primeiro experimento e em 4 pontos no segundo. A pesquisa ressalta que pequenas mudanças institucionais estratégicas podem beneficiar significativamente as populações minoritárias , destacando a importância de promover um ambiente de aprendizagem inclusivo.

"Este estudo ressalta o poder de modificações aparentemente pequenas em ambientes educacionais para causar impactos substanciais nas experiências e resultados acadêmicos de estudantes de minorias", disse o Dr. Porat. "Ao reconhecer e integrar as origens culturais e linguísticas dos estudantes de minorias, podemos criar um ambiente mais inclusivo e favorável que promova a equidade na educação."

Além da sala de aula virtual, essa abordagem pode ser estendida a espaços físicos ao incorporar línguas minoritárias e elementos culturais em escritórios de professores, cardápios de refeitórios e salas de estar de estudantes. Tais práticas podem reforçar o senso de pertencimento e inclusão para estudantes minoritários, criando um ambiente educacional mais solidário e equitativo.

As implicações deste estudo são extensas. Ao adotar e reforçar consistentemente práticas inclusivas, as instituições educacionais podem reduzir disparidades e promover mobilidade social. Esta intervenção também oferece insights aplicáveis a outros contextos, como locais de trabalho e espaços públicos, sugerindo que mudanças sutis em ambientes cotidianos podem promover uma sociedade mais justa e acolhedora.

O estudo revela que pequenas mudanças meticulosamente elaboradas no ambiente institucional podem impactar significativamente as realizações acadêmicas e o senso de pertencimento de estudantes de minorias. Ao adotar essas descobertas, as instituições educacionais podem tomar medidas significativas para criar um ambiente mais inclusivo e de apoio para todos os estudantes.