Humanidades

Homens melhores que mulheres na autopromoção no trabalho
Estudo revela o profundo desconforto das trabalhadoras com as habilidades de divulgaa§a£o, a experiência aumenta a diferença de gaªnero nas promoa§aµes, paga
Por Christina Pazzanese - 09/02/2020

Ilustração de Neil Webb

A autopromoção éuma ferramenta essencial para o avanço na carreira, seja em análises de emprego ou desempenho, ou apenas em rede. Mas nem todos se sentem igualmente a  vontade em fazaª-lo. Um novo estudo sugere que os homens estãomais a  vontade com a autopromoção do que as mulheres, o que contribui para uma ampla disparidade de promoções e remuneração. De acordo com um recente National Bureau of Economic Research documento de trabalho , as mulheres consistentemente avaliado o seu desempenho em um teste de abaixar do que os homens, embora ambos os grupos tiveram a mesma pontuação média. Onde os homens, em média, deram a si mesmos 61 em cada 100, as mulheres se deram a 46 em 100. Mesmo quando informados de que um empregador usaria sua autoavaliação para decidir entre contrata¡-los e o que paga¡-los, as mulheres ainda se promoviam. menos que os homens. A co-autora do artigo, Christine L. Exley, economista comportamental e professor assistente da Harvard Business School , conversou com o Gazette sobre o que encontraram e possa­veis soluções.

Perguntas e Respostas
Christine L. Exley

Eu acho que estãobem documentado que os homens tem mais probabilidade de afirmar suas opiniaµes e idanãias em reuniaµes, exigir aumentos, candidatar-se a empregos para os quais eles não podem ser idealmente qualificados, para que ninguanãm se surpreenda que as mulheres sejam menos inclinadas auto-promover do que os homens no trabalho. Mas, no artigo, vocêdiz que tem havido pouca pesquisa sobre como a confianção e a autopromoção diferem entre homens e mulheres, especialmente quando o progresso na carreira e a renda estãoem jogo. O que vocêe o co-autor Judd B. Kessler tentaram avaliar?

Ha¡ um amplo trabalho que documenta uma diferença de gaªnero na confianção quando as pessoas são solicitadas, por exemplo, a prever quantas perguntas responderam corretamente em uma tarefa. Ha¡ também um trabalho documentando as diferenças de gaªnero que podem estar relacionadas a uma lacuna de gaªnero na autopromoção, como diferenças que surgem nas negociações. Nosso trabalho difere em ser capaz de capturar com precisão como as pessoas descrevem as crena§as sobre seu desempenho (por exemplo, como "terra­veis" ou "excelentes") em um ambiente cuidadosamente controlado que nos permite descartar muitos fatores possa­veis de diferenças de gaªnero nesse desempenho (por exemplo, confiana§a). Nosso projeto de pesquisa nos permite dizer que, mesmo quando uma mulher sabe que respondeu 15 das 20 perguntas corretamente em uma tarefa e um homem sabe que ele respondeu 15 das 20 perguntas corretamente em uma tarefa,

Vocaª ficou surpreso com o quanto profundamente desconforta¡veis ​​as mulheres parecem com a autopromoção? Em seus experimentos, eles ainda se subestimavam, mesmo quando faziam tanto quanto os homens, sabiam como eram classificados em relação aos outros e que um empregador em potencial tomava uma decisão de contratação com base em sua auto-avaliação.

Este anã, de várias maneiras, um resultado surpreendente. Sabe-se que a confianção contribui para muitas diferenças de gaªnero nos resultados econa´micos que observamos. Dado que a confianção não explica a diferença de gaªnero na autopromoção observada em nossos estudos, achamos que énecessa¡rio mais trabalho sobre isso. Uma possibilidade que poderia explicar a diferença estãorelacionada a s normas da sociedade. Se as mulheres são mais avessas a se envolver em autopromoção, talvez por causa de pressaµes ou expectativas da sociedade, uma lacuna de gaªnero na autopromoção pode ocorrer mesmo quando isso écontra¡rio aos seus interesses financeiros. 

Qual éa importa¢ncia da autopromoção para os empregadores e para a progressão / renda na carreira e, portanto, quanto prejudicial pode ser a incapacidade de se vender?

Essa éuma boa pergunta. A resposta para isso certamente dependera¡ do contexto especa­fico, por isso esperamos que trabalhos futuros investiguem isso.

Tudo isso sugere que a diferença de gaªnero émuito mais profundamente enraizada e complicada do que parece. Exortar as mulheres a serem mais autoconfiantes e assertivas provavelmente não serásuficiente. Ainda existem dados suficientes para saber como podem ser alguns remanãdios ou atenuações em potencial?

ESPERA-SE QUE  aprender mais sobre os fatores subjacentes a  lacuna de autopromoção seja bastante informativo sobre quais políticas valem a pena seguir ou não. Nosso artigo já sugere que simplesmente contar a s mulheres sobre seu desempenho não serásuficiente e que contar a s mulheres o quanto a autopromoção érealizada por outras pessoas não serásuficiente. Dito isto, muitas outras políticas ainda podera£o ser exploradas em trabalhos futuros. Por exemplo, uma pola­tica poderia ser um impulso para o uso de manãtricas de desempenho mais objetivas, em vez de auto-avaliações subjetivas de desempenho.

Talvez estejamos olhando o problema de trás para frente? Se a pesquisa mostra que os homens tendem a ser muito mais generosos do que as mulheres em suas autoavaliações, os empregadores estãoobtendo informações muito pouco confia¡veis ​​dessas avaliações. Uma solução não seria eliminar autoavaliações no processo de contratação, em vez de colocar a responsabilidade das mulheres em mudar seu comportamento?

Essas são boas perguntas a serem feitas. Sou um grande fa£ das abordagens de "mudar o sistema" em vez das abordagens de "mudar as mulheres". No trabalho conjunto que tenho com Muriel Niederle e Lise Vesterlund ("Saber quando perguntar: o custo de se inclinar", publicado no Journal of Political Economy), mostramos como uma abordagem de "mudar as mulheres" pode sair pela culatra no contexto de negociações. Dito isto, mesmo dentro do conjunto de abordagens “alterar o sistema, énecessa¡rio um trabalho futuro para determinar quaismudanças em quais contextos são mais eficazes.

 

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