Nãoapenas por brincadeira: o envolvimento dos pais pode impulsionar o desenvolvimento das habilidades das criana§as
O estudo éum dos primeiros a desenvolver um modelo para entender como as intervena§aµes na primeira infa¢ncia entre os pobres alteram o comportamento dos pais e, portanto, afetam o desenvolvimento cognitivo de seus filhos.
Um estudo envolvendo famalias de baixa renda no centro da Cola´mbia
descobriu que criana§as cujos pais as brincavam com livros e brinquedos
feitos com materiais domanãsticos descartados mostraram melhorias
significativas em suas habilidades cognitivas e socioemocionais.
Incentivar famalias de baixa renda a estimular suas criana§as a brincar e envolvê-las em atividades domésticas pode melhorar o desenvolvimento de habilidades cognitivas e socioemocionais das criana§as, descobriram os pesquisadores de Yale em um novo estudo de uma intervenção na primeira infa¢ncia projetada para famalias no centro da Cola´mbia.
O estudo, publicado no maªs passado na American Economic Review , éum dos primeiros a desenvolver um modelo para entender como as intervenções na primeira infa¢ncia entre os pobres alteram o comportamento dos pais e, portanto, afetam o desenvolvimento cognitivo de seus filhos.
" O que os resultados enfatizam é​​que mudar o comportamento dos pais em direção a um maior envolvimento com a criana§a émuito importante para criana§as em ambientes de baixa renda", disse o economista de Yale, Costas Meghir , co-autor do artigo. Ele observou que o objetivo fundamental da pesquisa éidentificar maneiras de impedir que a pobreza passe de uma geração para a outra, garantindo que as criana§as desenvolvam todo o seu potencial.
Os pesquisadores descobriram que criana§as cujos pais forneceram mais materiais de aprendizagem, como livros e brinquedos, experimentaram melhorias significativas em suas habilidades cognitivas e socioemocionais. Os pesquisadores também encontraram evidaªncias de que os pais investem mais em seus filhos, e não menos, como resultado de assistaªncia externa. Isso ajuda a informar um debate sobre se os programas externos substituem o investimento dos pais em seus filhos, disseram os pesquisadores.
As famalias foram designadas aleatoriamente para receber a intervenção de uma amostra de famalias matriculadas no Programa de Transferaªncia Condicional de Renda (TCC) da Cola´mbia, um programa de assistaªncia social que visa os 20% mais pobres da população e éuma das maiores amostras já examinadas. eficácia de programas que visam estimular o desenvolvimento infantil.
Como parte da intervenção, as mulheres locais que foram identificadas como lideres dentro do CCT foram treinadas para visitar as famalias a cada semana e ensinar um curraculo para pais que incentivava as ma£es a ensinar seus filhos atravanãs de rotinas e atividades dia¡rias. O curraculo incluaa mostrar a s ma£es como elas podiam fazer brinquedos com objetos descartados ou como podiam interagir com seus filhos durante as tarefas domésticas dia¡rias, atividades laºdicas e conversas. Essa abordagem enfatizou a s ma£es que o envolvimento com as criana§as não precisa ser caro e que as criana§as podem aprender atravanãs das rotinas e recursos domanãsticos existentes.
Apa³s a intervenção, que durou 18 meses, as melhorias nas habilidades cognitivas e socioemocionais das criana§as foram medidas atravanãs de uma combinação de avaliações maternas, questiona¡rios e escalas psicológicas. As criana§as que receberam a intervenção exibiram melhores habilidades cognitivas e socioemocionais em comparação com os naveis basais do que as criana§as que não receberam a intervenção, conforme explicaram os pesquisadores em um artigo anterior publicado em 2014 com base nesse mesmo experimento. No estudo recanãm-publicado, os pesquisadores desenvolveram um modelo para determinar por que a intervenção teve tanto sucesso.
" Os mecanismos pelos quais a intervenção funcionou podem ser que as sessaµes semanais melhorem as habilidades da criana§a ou que o programa altere o comportamento dos pais e a maneira como a criana§a éincorporada a rotina doméstica", disse Meghir, Douglas A Warner III, professor de economia. . "Descobrimos que a principal força do experimento vem da mudança do comportamento dos pais".
Os aumentos nas habilidades cognitivas e socioemocionais das criana§as podem ser quase inteiramente explicados pelo aumento do investimento dos pais em materiais de aprendizagem e na qualidade do tempo que passam com seus filhos, disseram os pesquisadores. As visitas das mulheres lideres locais foram significativas, acrescentaram, porque incentivavam os pais a fornecer mais livros e brinquedos para seus filhos, mas as visitas por si são não eram a razãopela qual as criana§as exibiam habilidades aprimoradas. Isso éimportante porque sugere uma prioridade polatica - ou seja, melhorar o comportamento dos pais - de acordo com os pesquisadores.
O fato de a intervenção não fornecer aos pais recursos adicionais e ainda assim conseguir mudar o comportamento dos pais levou os pesquisadores a investigar mais as crena§as dos pais sobre o desenvolvimento infantil.
" Sabemos que os pais tomam decisaµes baseadas em parte em suas crena§as sobre o processo de desenvolvimento infantil", disse Orazio Attanasio , professor de economia de Cowles em Yale e co-autor do estudo. “Um dos pais pode estar lendo muito para o filho, porque ela sabe que ébom para o filho. Outro pai pode não estar fazendo isso porque acha que éinútil. Informações sobre as crena§as dos pais sobre o processo podem ser muito importantes. â€
Um pra³ximo estudo de Attanasio e Meghir na andia éo primeiro a capturar as crena§as dos pais sobre o processo de desenvolvimento infantil ao longo do tempo e pode lana§ar mais luz sobre como essas crena§as influenciam as decisaµes de investimento. Esse estudo e o artigo recente fazem parte da sanãrie de pesquisas de Attanasio e Meghir sobre os efeitos das intervenções na primeira infa¢ncia no desenvolvimento do capital humano. Os autores são afiliados do Centro de Crescimento Econa´mico de Yale, que apa³ia a pesquisa econa´mica para promover o bem-estar das pessoas pobres e marginalizadas nospaíses em desenvolvimento.
Os co-autores do estudo foram Sarah Cattan (Instituto de Estudos Fiscais e IZA), Emla Fitzsimons (Instituto de Educação da UCL e Instituto de Estudos Fiscais) e Marta Rubio-Codina (Banco Interamericano de Desenvolvimento).