As quantias mobilizadas agora - trilhaµes de da³lares em apoio fiscal e moneta¡rio direto e garantias de empréstimos - superam o que foi oferecido em 2008 para resgatar os bancos de sua própria loucura.
Funciona¡rios esperam que inundar mercados com dinheiro ajude a
garantir que a economia não congele
As gigantescas quantias de resgate liberadas para combater a crise financeira de 2008 alimentaram reações populistas em muitospaíses, a medida que os contribuintes recebiam uma fatura gritante.
Desta vez parece diferente. Os governos e os bancos centrais estãocientes de que enfrentam um teste sem precedentes de um inimigo invisível que pode matar suas economias.
As quantias mobilizadas agora - trilhaµes de da³lares em apoio fiscal e moneta¡rio direto e garantias de empréstimos - superam o que foi oferecido em 2008 para resgatar os bancos de sua própria loucura.
O que hápara oferecer?
Todas as principais economias estãolutando para deter a carnificina nos mercados financeiros , intervindo diretamente para salvar empresas e empregos e indiretamente por meio de seus bancos centrais.
"Estamos testemunhando um movimento de pa¢nico em que mercados, como empresas, buscam liquidez a todo custo e vendem qualquer coisa que possa ser vendida", disse Agnes Benassy-Quere, professora da Escola de Economia de Paris.
"Nãoháoutra maneira senão emitir muita davida e garantir que ela seja comprada pelos bancos centrais", disse ela.
Enquanto o varus aparece contido na China, ospaíses europeus e os Estados Unidos estãocumprindo promessas de gastos para limitar as conseqa¼aªncias de seus pra³prios surtos.
O maior pacote de estamulo vem de Washington, onde os republicanos do Senado introduziram na quinta-feira um plano de US $ 1 trilha£o, de acordo com as demandas do presidente Donald Trump.
Os democratas não estãoconvencidos com algumas das listas de desejos de Trump. Mas, evitando a tradicional aversão republicana a davidas e danãficits, o lider da maioria no Senado, Mitch McConnell, ressaltou que "este não éum tempo comum".
O secreta¡rio do Tesouro, Steven Mnuchin, disse que o governo "não tem problema em emitir mais davidas" a taxas super baixas após intervenções recentes do Federal Reserve.
Qual éo custo?
O Fed e outros, incluindo o Banco Central Europeu, estãoenvolvidos em ta¡ticas de choque e admiração para tranquilizar os mercados e garantir que haja muito dinheiro disponavel para as empresas.
Suas ações, cortando as taxas de juros ou se engajando na compra imediata de davida do governo ("flexibilização quantitativa") finalmente trouxeram alguma calma aos mercados na sexta-feira.
Um benefacio para os governos - pelo menos os mais ricos, com acesso a mercados de capitais profundos - éque eles podem emitir tatulos de longo prazo agora a taxas fixas a um custo quase nulo.
"A única questãoéem 10 a 20 anos quando vocêprecisa refinanciar a davida", disse Charlie Robertson, economista-chefe global da Renaissance Capital em Londres.
"Ninguanãm paga a conta porque os custos dos empréstimos são pra³ximos de zero - édinheiro ma¡gico", disse ele, acrescentando que não hárisco de inflação, dada a escala do choque.
A situação émuito mais alarmante para economias em desenvolvimento que não tem acesso a empréstimos baratos e sistemas médicos avana§ados.
"Se a áfrica do Sul não puder controlar o varus, ele se espalhara¡ novamente. Nenhumpaís pode permitir que todos os outrospaíses proibidos de viajar", disse Robertson a AFP.
"Então, eu diria que deve haver uma solução de financiamento global para enfrentar essa crise de varus", disse ele, pedindo ações dospaíses do G7 e G20.
O que mais pode ser feito?
Enquanto a presidaªncia saudita do G20 prepara uma cúpula virtual, o economista-chefe da Allianz, Ludovic Subran, concordou que énecessa¡ria uma ação concertada para ospaíses mais pobres, especialmente na áfrica.
"Todas as medidas internacionais foram tomadas sem nenhuma coordenação, ésem precedentes", afirmou.
Christopher Dembik, chefe de pesquisa macroecona´mica do Saxo Bank, disse que as economias avana§adas deveriam imitar os Estados Unidos e Hong Kong ao oferecer dinheiro diretamente a s famalias.
"Devemos ir além do diferimento de impostos e das garantias estatais", afirmou, sugerindo também uma "queda tempora¡ria, poranãm dra¡stica, da tributação das empresas" para impedir que as empresas entrem em colapso em massa.
Além de casos ora§amenta¡rios extremos como a Ita¡lia, "não hábsolutamente nenhuma preocupação com a davida soberana" porque os pra³prios bancos centrais estãoacumulando as novas emissaµes, observou ele.
A Ita¡lia, que superou a China para registrar o maior número de mortes por coronavarus, quer que seus parceiros da UE avancem explorando o baaº de guerra de 410 bilhaµes de euros (440 bilhaµes de da³lares) da zona do euro.