Uma análise recente de como os jornalistas lidaram com a anãtica da inteligaªncia artificial (IA) sugere que os repa³rteres estãofazendo um bom trabalho ao lidar com um conjunto complexo de perguntas - mas háespaço para melhorias.
Crédito: CC0 Public Domain
Se vocêquiser entender como as pessoas estãopensando (e se sentindo) sobre novas tecnologias, éimportante entender como os meios de comunicação estãopensando (e escrevendo) sobre novas tecnologias.
Uma análise recente de como os jornalistas lidaram com a anãtica da inteligaªncia artificial (IA) sugere que os repa³rteres estãofazendo um bom trabalho ao lidar com um conjunto complexo de perguntas - mas háespaço para melhorias.
Para saber mais sobre o trabalho, por que eles fizeram e por que éimportante, conversamos com os pesquisadores que fizeram o trabalho: Veljko Dubljević, autor correspondente do artigo e professor assistente de filosofia na NC State; Leila Ouchchy, primeira autora do trabalho e ex-graduação do NC State; e Allen Coin, co-autor do artigo e estudante de pós-graduação na NC State.
O artigo, "AI nas manchetes: o retrato das questões anãticas da inteligaªncia artificial na madia", foi publicado na revista AI & Society em 29 de mara§o.
Resumo: Este artigo foca, em parte, questões anãticas relacionadas a s tecnologias de IA que as pessoas usariam em suas vidas dia¡rias. Vocaª poderia me dar um ou dois exemplos?
Allen Coin: Provavelmente, a aplicação mais conhecida da IA ​​com implicações anãticas muito reais seria o carro auta´nomo. Se um carro auta´nomo estãoem uma situação em que, por exemplo, perdeu o controle de seus freios e deve colidir com uma criana§a ou um adulto, o que deve fazer? Se vocêestão'dirigindo' um carro auta´nomo e fica inconsciente, e o carro fica fora de controle e tem a opção entre colidir com um pedestre, salvar sua vida ou sair de um penhasco, sacrificando sua vida, o que deveria Faz? O que vocêgostaria que seu carro fizesse nessa situação?
Esses são os " problemas do carrinho " do mundo real, sobre os quais atéos seres humanos lutariam para tomar decisaµes morais e anãticas no calor do momento.
Outro exemplo um pouco mais insidioso seria como os preconceitos e preconceitos humanos aparentemente tendem a surgir nos aplicativos de IA que os humanos desenvolvem. Os algoritmos de aprendizado de ma¡quina, por exemplo, estãotocando cada vez mais áreas da vida humana. Mas esses algoritmos devem ser "treinados" em conjuntos de dados do mundo real. Se os conjuntos de dados representam um comportamento humano preconceituoso, mesmo que não seja imediatamente aparente ou vocêtente filtra¡-lo, isso pode significar que o software resultante não écapaz de agir objetivamente.
Um exemplo seria o software de RH para grandes corporações, que seleciona candidatos a emprego com base em caracteristicas semelhantes aos candidatos previamente bem-sucedidos, o que significa que, se houver um vianãs de gaªnero ou raça quando os seres humanos estiverem tomando as decisaµes de contratação, o "roba´" podera¡ continuar se comportando com aqueles preconceitos ao selecionar candidatos.
Para esta pesquisa, vocêanalisou especificamente como a madia noticiosa cobria essas considerações anãticas. Por quaª?
Leila Ouchchy: Analisamos especificamente a madia por causa do efeito que a notacia pode ter na opinia£o pública sobre novas tecnologias. A cobertura da madia sobre a anãtica da IA ​​tem o potencial de impactar como a IA éimplementada em nossa sociedade, desde os tipos de IA produzidos pelas empresas atéa maneira como a IA éregulamentada pelo governo.
Por que não examinar também as maneiras pelas quais a anãtica da IA ​​étratada na cultura popular, como a TV ou o cinema? Eles também não informam e refletem preocupações públicas?
Veljko Dubljević: A representação pública de questões anãticas na IA na ficção já recebeu mais atenção na comunidade acadaªmica, e isso ébom e ruim.
O bom disso éque temos algumas análises por aa, que podem ser aºteis.
O lado ruim, no entanto, éque isso não estãofirmemente fundamentado em fatos cientaficos e em tecnologias já disponaveis, o que o torna mais propenso a exageros utópicos e distópicos.
O que sua análise dos meios de comunicação encontrou? E o que isso significa?
Ouchchy: Houve um aumento acentuado no número de artigos publicados nos últimos anos, o que mostra que a quantidade de conteaºdo de madia sendo publicado sobre a anãtica da IA ​​tem aumentado continuamente e provavelmente continuara¡ a aumentar a medida que isso se torna um problema mais prevalente . Além disso, houve pouca discussão sobre estruturas e princapios anãticos baseados neles, o que sugere uma falta de participação ou influaªncia de especialistas em anãtica na discussão da madia. Por fim, descobrimos que os artigos tinham tons predominantemente neutros e focados em questões prática s e relevantes, embora suas recomendações não fossem muito especaficas. Isso mostra que a discussão da madia sobre a anãtica da IA ​​érelativamente sofisticada, mas ainda estãonos esta¡gios iniciais.
O que os repa³rteres poderiam ou deveriam estar fazendo de maneira diferente na cobertura de anãtica e tecnologias de IA?
Dubljević: Jornalistas podem se beneficiar contatando especialistas em anãtica e especialistas em IA para esclarecer os fatos e valores relevantes. A discussão pode ser relativamente sofisticada, mas certamente háespaço para melhorias.
Moeda: Para acrescentar a esse ponto, uma coisa que me impressionou com as descobertas desta pesquisa éque uma das "estruturas anãticas" mais citadas em artigos sobre anãtica em IA é" Traªs Leis da Roba³tica " de Isaac Asimov . Agora, certamente sou fa£ da ficção cientafica de Asimov, mas suas "Traªs Leis" não são uma estrutura anãtica formal. Tambanãm não émuito útil no contexto de discussaµes do mundo real sobre como a IA pode e deve se comportar de forma anãtica.
O utilitarismo também foi comumente discutido em artigos sobre anãtica da IA, então acho que háuma oportunidade de modernizar como estamos falando sobre a anãtica da IA. Especificamente, poderaamos - ou deveraamos - usar estruturas anãticas mais modernas, capazes de lidar com os meandros e a complexidade das aplicações do mundo real de agentes morais artificiais. Tambanãm concordo com Veljko que os jornalistas devem procurar os pesquisadores e especialistas em anãtica da IA ​​com mais frequência - acho que hámuitos especialistas que gostariam de falar com alegria de qualquer jornalista que deseja obter uma perspectiva anãtica detalhada de qualquer notacia relacionada a IA.