Humanidades

Caminho da linguagem do cérebro humano muito mais antigo que o pensamento
Muitos cientistas pensavam que um precursor do caminho da linguagem havia surgido mais recentemente, hácerca de 5 milhões de anos, com um ancestral comum de macacos e humanos.
Por Sci-News - 22/04/2020

Doma­nio paºblico

Uma equipe internacional de pesquisadores liderada pela Newcastle University Medical School descobriu uma origem evolutiva anterior ao caminho da linguagem humana no cérebro, afastando sua origem em pelo menos 20 milhões de anos. Anteriormente, muitos cientistas pensavam que um precursor do caminho da linguagem havia surgido mais recentemente, hácerca de 5 milhões de anos, com um ancestral comum de macacos e humanos.

Fora§a e lateralização auditiva das vias dorsal e ventral em macacos, chimpanzanãs e humanos.  Esquerda: gra¡ficos de barras mostrando os resultados individuais e a contagem média de fibras para as vias dorsal e ventral esquerda e direita de cada uma das três espanãcies.  Adireita: resumo esquema¡tico da via dorsal (roxa) e ventral (verde escuro) resulta em macacos, chimpanzanãs e humanos, sobrepostos a observações anteriores (amarelo claro e verde claro).  Crédito da imagem: Balezeau et al., Doi: 10.1038 / s41593-020-0623-9.

Crédito da imagem: Balezeau et al. , Doi: 10.1038 / s41593-020-0623-9.
Fora§a e lateralização auditiva das vias dorsal e ventral em macacos, chimpanzanãs
e humanos. Esquerda: gra¡ficos de barras mostrando os resultados individuais e a
contagem média de fibras para as vias dorsal e ventral esquerda e direita de cada
uma das três espanãcies. Adireita: resumo esquema¡tico da via dorsal (roxa)
e ventral (verde escuro) resulta em macacos, chimpanzanãs e humanos,
sobrepostos a observações anteriores (amarelo claro e verde claro).

Para os neurocientistas, essa descoberta écompara¡vel a  descoberta de um fa³ssil que ilumina a história evolutiva.

No entanto, ao contra¡rio dos ossos, o cérebro não se fossilizou. Em vez disso, os neurocientistas precisam inferir como poderiam ter sido os cérebros dos ancestrais estudando exames cerebrais de primatas vivos e comparando-os aos humanos.

“a‰ como encontrar um novo fa³ssil de um ancestral perdido hámuito tempo. Tambanãm éempolgante que ainda exista uma origem mais antiga ainda a ser descoberta ”, afirmou o professor Chris Petkov, da Universidade de Newcastle, principal autor do estudo.

No estudo, o professor Petkov e seus colegas analisaram regiaµes auditivas e vias cerebrais em humanos, macacos e macacos.

Os cientistas confiaram em varreduras cerebrais de recursos compartilhados abertamente pela comunidade cienta­fica global. Eles também geraram novas varreduras cerebrais originais que são compartilhadas globalmente para inspirar novas descobertas.

Eles descobriram um segmento dessa via da linguagem no cérebro humano que interconecta o cortex auditivo com as regiaµes do lobo frontal, importante para o processamento da fala e da linguagem.

Embora a fala e a linguagem sejam únicas para os seres humanos, o va­nculo via via auditiva em outros primatas sugere uma base evolutiva na cognição auditiva e na comunicação vocal.

"Previmos, mas não saba­amos ao certo se o caminho da linguagem humana pode ter tido uma base evolutiva no sistema auditivo de primatas não humanos", disse o professor Petkov.

"Admito que ficamos surpresos ao ver um caminho semelhante se escondendo a  vista do sistema auditivo de primatas não humanos".

O estudo também ilustra a nota¡vel transformação do caminho da linguagem humana.

A principal diferença humana única éque o lado esquerdo dessa via cerebral era mais forte e o lado direito parece ter divergido do prota³tipo evolutivo auditivo para envolver partes não auditivas do cérebro.

Além disso, como os autores do estudo prevaªem que o precursor auditivo do caminho da linguagem humana pode ser ainda mais antigo, o trabalho inspira a busca neurobiológica de sua origem evolutiva mais antiga - o pra³ximo 'fa³ssil' do cérebro - a ser encontrado em animais mais distantes dos seres humanos.

"Essa descoberta tem um tremendo potencial para entender quais aspectos da cognição auditiva e da linguagem humanas podem ser estudados com modelos animais de maneiras que não são possa­veis com humanos e macacos", disse o professor Timothy Griffiths, da Universidade de Newcastle, autor saªnior do estudo.

Os resultados foram publicados na revista Nature Neuroscience .

 

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