Humanidades

Humanos e neandertais: menos diferentes que os ursos polares e marrons
Humanos antigos, neandertais e denisovanos eram geneticamente mais pra³ximos que ursos polares e marrons, e assim, como os ursos, foram capazes de produzir facilmente ha­bridos sauda¡veis ​​e fanãrteis, de acordo com estudo
Por Oxford - 03/06/2020

Crédito: Kennis & Kennis Reconstructions

O estudo, publicado hoje [3 de junho] na revista  Proceedings of the Royal Society B , mostra que os valores da distância genanãtica entre seres humanos e nossos parentes antigos eram menores do que a distância entre pares de espanãcies que são conhecidas por hibridizarem facilmente e terem filhotes fanãrteis. .

O professor Greger Larson, diretor da Rede de Pesquisa em Paleogena´mica e Bioarqueologia (PalaeoBARN), em Oxford, e principal autor do estudo, afirma: 'Nosso desejo de categorizar o mundo em caixas discretas nos levou a pensar nas espanãcies como unidades completamente separadas. A biologia não se importa com essas definições ra­gidas, e muitas espanãcies, mesmo aquelas que estãodistantes evolutivamente, trocam genes o tempo todo. Nossa manãtrica preditiva permite uma determinação rápida e fa¡cil de como éprova¡vel que duas espanãcies produzam filhos ha­bridos fanãrteis. Essa medida comparativa sugere que humanos, neandertais e denisovanos foram capazes de produzir jovens vivos e fanãrteis com facilidade.

"... humanos, neandertais e denisovanos foram capazes de produzir jovens vivos e fanãrteis com facilidade"


A longa história de acasalamentos entre neandertais, humanos e denisovanos são foi demonstrada recentemente atravanãs da análise de genomas antigos. A capacidade das espanãcies de mama­feros, incluindo humanos antigos, de produzir descendentes ha­bridos fanãrteis tem sido difa­cil de prever, e a fertilidade relativa dos ha­bridos continua sendo uma questãoem aberto. Alguns geneticistas disseram atéque os neandertais e os seres humanos estavam na "borda da compatibilidade biológica".

Assim, a equipe desenvolveu uma manãtrica usando distâncias genanãticas para prever a fertilidade relativa da primeira geração de ha­bridos entre duas espanãcies de mama­feros. Eles fizeram isso analisando dados de sequaªncias genanãticas de diferentes espanãcies que anteriormente haviam demonstrado produzir descendentes ha­bridos. Ao correlacionar a distância genanãtica com a fertilidade relativa da prole ha­brida, foi possí­vel mostrar que quanto maior a distância evolutiva entre duas espanãcies, menos prova¡vel éque a prole entre elas seja fanãrtil. Além disso, a equipe usou os valores de distância para determinar um limiar de fertilidade.

"... podera­amos ter previsto a existaªncia de neandertais e denisovanos em nossos genomas assim que as primeiras sequaªncias genanãticas foram geradas"


Quando os valores da distância entre humanos, neandertais e denisovanos foram calculados, eles eram ainda menores que os valores entre vários pares de espanãcies conhecidas e fa¡ceis de hibridar - incluindo ursos polares e ursos pardos, coiotes e lobos. Isso sugere que podera­amos prever a existaªncia de neandertais e denisovanos em nossos genomas, assim que as primeiras sequaªncias genanãticas foram geradas.

Esse proxy também pode ser usado para prever a probabilidade de que duas espanãcies de mama­feros possam dar a  luz ha­bridos vivos, uma ferramenta útil que pode ser usada nas decisaµes sobre a colocação de animais em zoola³gicos.

Richard Benjamin Allen, primeiro autor conjunto do estudo, afirma: 'Muitas decisaµes em biologia da conservação foram tomadas com base em que organismos relacionados que produzem ha­bridos em cativeiro devem ser impedidos de fazaª-lo. Tal abordagem não considerou o papel significativo que a hibridação teve na evolução na natureza, especialmente em populações sob ameaça de extinção. Nosso estudo pode ser usado para informar futuros esforços de conservação de espanãcies relacionadas, onde programas de hibridação ou barriga de aluguel podem ser alternativas via¡veis.

 

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